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Fungos em Bordas de Piscinas de Hidroterapia: Revisão Bibliográfica Imprimir E-mail
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Trabalho realizado por:

Leonardo Duarte Rocha de Oliveira.

Contato: nuck3d@hotmail.com

* Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado ao curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Paulista – UNIP, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia - Goiânia - 2011.

 

Orientador:

Prof. Dr. Xisto Sena Passos.

 

Resumo

Introdução: As superfícieis aquáticas ou bordas de piscinas utilizadas para hidroterapia ou uso recreativo, são ambientes suscetíveis de contaminações por leveduras, dermatófitos e outras espécies de fungos. Alguns pesquisadores fazem uso de métodos eficazes para identificação de fungos associados a várias doenças como a aspergiloses, candidoses, asmas e alergias, influenciando nos tratamentos de fisioterapia, banho com fins lúdicos, desportivos ou lazer. Objetivo: Este estudo tem como objetivo buscar a classificação de fungos e suas ações; indentificando doenças relatadas adquiridas dentro de piscinas e levando em consideração meios de prevenção. Métodos: Revisão de literaturas de artigos científicos nos bancos de dados SCIELO, OMS, PUBMED, MEDLINE e LILASC. Resultados: A identificação de fungos em piscinas e seus arredores, verificando suas reações diretas e indiretas com as pessoas, relacionando os fungos mais comumente encontrados com suas doenças relacionadas. Conclusão: Para combater os fungos e bactérias e obter uma boa qualidade das piscinas de natação para fins terapêuticos ou não, o cloro e seus derivados são usados como reagente contra microrganismos, devido ao seu baixo custo e ações eficazes contra fungos e bactéricas, atingindo valores ainda abaixo dos níveis permitidos.

Descritores: Hidroterapia; Fungos; Prevenção.



Abstract

Introduction: The water surfaces or pool edges used for hydrotherapy or recreational use are susceptible environments for contamination by yeasts, dermatophytes and other fungal species. Some researchers make use of effective methods for identification of fungi associated with various diseases such as aspergillosis, candidiasis, allergies and asthma, influencing physiotherapy treatments, recreational baths, sporting or leisure. Objective: This study aims to seek fungal classification and their actions, identifying reported diseases acquired inside the pool and considering prevention means. Methods: Literature revision of scientific articles in SciELO, WHO, PUBMED, MEDLINE and LILASC databases. Results: The fungi identification in pools and their surroundings, verifying their direct and indirect reactions with the individuals, relating the most commonly fungi found with its related diseases. Conclusion: To fight fungus and bacteria and obtain good quality in swimming pools for therapeutic purposes or not, chlorine and its derivatives are used as a reagent against microorganisms due to its low cost and effective actions against fungi and bacteria, reaching values even below the permitted levels.

Descriptions:
Hydrotherapy; Fungi; Prevention.



Introdução

A Organização Mundial da Saúde1 (OMS) afirma que a saúde é como um estado de pleno bem estar fisico, mental e social, nos quais exemplifica que não há formas de sobrevivência sem a existência da água.

Elias Fries2 (1794 – 1878), considerado o pai da micologia, possibilitou o estudo da ciência dos fungos, mas somente em 1969, o cientista Whittaker classificou a parte estes microrganismos no reino Fungi .

Os fungos3 têm sua importância nas atividades econômicas, ecológicas e médicas e às vezes são visualizados a olho nu (bolores, cogumelos). São seres ubíquos, eucarióticos, com um só núcleo (levedura) ou multinucleados (filamentosos), encontrados em animais, seres humanos, em dentritos ou até mesmo no solo.

Os meios4 de disseminações de fungos advêm de alterações climáticas e ambientais favoráveis, como temperatura do ambiente, água e umidade do ar. Os microrganismos encontrados em piscinas podem ser de origens fecais, mucosas, salivares ou até mesmo pedaço de pele contaminada de fácil disseminação acarretando em lesões cultâneas.

Os fungos5 são classificados em fungos leveduriformes e filamentosos. Os fungos filamentosos por sua vez ramificam-se em dermatófitos; não dermatófitos e demaciáceos. Os fungos filamentosos possuem estruturas denominadas hifas, cujo conjunto constitui o micélio.

Os fungos6 utilizam do oportunismo para causar reações infecciosas, em indivíduos imunodeprimidos ou que possuem fissuras ou feridas expostas, como por

exemplo, o pé de atleta - tinea pedis – uma micose oriunda de fungos dermatófitos que podem causar processos inflamatórios ocorrendo nos dedos, espaços interdigitais e/ou planta do pé. Não obstante, a tinea pedis é uma doença ligada às pessoas que praticam atividades esportivas como natação e futebol.

O processo5 de nutrição e metabolismo dos fungos baseam-se na absorção de produtos hidrolizados para obtenção de energia, pois como são microrganismos heterotróficos e não possuem clorofila, necessitam da glicose como fonte energética proveniente da oxidação de compostos orgânicos.

Há falar-se5 que um dos métodos de identificação dos fungos consiste da junção de produtos catabólicos e substratos livres para o exterior, mostrando a reação individual de cada fungo conforme as suas características.

O objetivo do estudo será de indentificar nos autores os principais fungos encontrados no interior das piscinas que realizam hidroterapia. Podemos dizer que os microorganismos encontrados em bordas de hidroterapia têm a incluência da simultaneidade de pacientes, que, portanto, é necessário que haja fatores ligantes entre o agente, hospedeiro e o meio para que ocorra a contaminação.

Entretanto, pacientes saudáveis que procuram a hidroterapia, podem adquirir algumas doenças secundárias do tipo: candida sp, thichophyton rubrum, aspergilose, e pode agravar também doenças vasculares periféricas e problemas respiratórios.

Portanto, para fisioterapia vinculada ao uso da piscina existe inúmeras indicações médicas para o tratamento como: patologias de coluna; pré e pós-cirurgicos de ligamentos; reabilitação postural, da marcha e dos movimentos propcepitivos, entre outros, que exigirão uma maior prevenção de bactérias e fungos para realização do tratamento.

Por fim, no decorrer do tratamento fisioterapeutico, poderá ou não haver uma interrupção do mesmo devido à má qualidade da água, acarretando num declínio do tratamento e resultados negativos devidos fatores extrínsecos como a influência dos fungos.

Revisão de Literatura

A multiplicação e reprodução dos fungos5, 7 fazem-se através de dois modos: sexuada e/ou assexuada. A reprodução dos fungos de forma sexuada é dividida em zigomicota, ascomicota e basiomicota; nessa forma sexuada há união de dois órgãos sexuais compatíveis, ou seja, utiliza-se de dois modos reprodutivos ou até mesmo isoladamente.

Conquanto5, a forma assexuada é a mais freqüente e simples, envolve a divisão do núcleo por mitose, podendo assim distinguir em esporos endógenos e exógenos. Entretanto, podemos mencionar os gêneros de fungos como leveduriforme e filamentosos (dermatófitos, não dermatófitos e demaciáceos).



Fungos Leveduriformes

As leveduras são oportunistas de um grupo heterogêneo de fungos de desenvolvimento unicelular nos quais as maiorias das leveduras obtêm-se da reprodução assexuadamente.

As leveduras desprovidas de clorofila (soprófitas) em algumas condições tornam-se patogênico para o Homem. Entretanto a principal levedura de importância para micologia medica são: Candida, Cryptococus, Geotrichum, Rhodotorula, Torulopsis e Trichosporon.

A Candida é uma espécie de zigomicetos e são fortemente conhecidos como causadores de doenças como endocardites, infecções pulmonares, ceratires entre outras em pacientes imonudeprimidos.

A onicomicose é um exemplo de infecção fúngica ungueal (unha), porém não só de origem Leveduriformes, mas também pode ser causada por fungos filamentosos não dermatófitos ou dermatófitos. Os agentes causadores de onicomicoses dado pelo aumento da freqüência de leveduras destacam-se no uso de drogras antibacterianas, fatores genéticos e entre os mais conhecidos dos onicomicoses o tinea pedis.

A Anvisa alerta que deve haver um interesse maior para identificação de certas leveduras para evitar uma epidemiologia. O episódio de infecção hospitalar pode ter um forte marcador como as Candidas no qual têm menor sensibilidade a antifúngicos azólicos dificultando seu controle e facilitando uma epidemiologia temporal e espacial de infecções.

A tinea pedis não é considerada uma patologia grave, mas pode chegar a provocar mal estar, seqüelas físicas e psicológicas em pacientes. Além disso, haverá dificuldade em calçar sapatos, andar ou praticar atividades físicas. Portanto, elas são contagiosas e pode afetar diretamente quando há tranferência entre dois indivíduos ou indiretamente quando a transferência se der através de objetos.

Associam-se as onicomicoses as infecções cutâneas, infecções secundárias como mucocutânea crônica e salientam-se a Candida sp por ser considerado patógeno primário pacientes com doenças vascular periférica e síndrome de Cushing .

Existe um rol de doenças provocadas por fungos no interior das piscinas como: micoses, infeccções de nariz, infecções de garganta e ouvidos e infecções ginecológicas – afetando globalmente vias respiratórias e irritação na pele e mucosas.



Fungos Filamentosos

Fungos Dermatófitos

Dentre as classes de fungos filamentosos temos os Dermatófitos. Os fungos dermatófitos são parasitas primários, causam infecções no couro cabeludo, unhas e pele. Obtêm-se como espécie a Epidermophyton, Microsporum e Trichopyton.

Os fungos dermatófitos tem seu habitat natural o solo, espécie zoofílicas e antropofílicas. Considerado também como causador da dermatomicoses, esses fungos penetram em tecidos superficiais queratinizados, pele, unhas ou pêlos.

O thichophyton rubrum é dado como principal responsável por dermatofitoses. A possível identificação é feita macroscopicamente e microscopicamente. O T.rubrum é tratado com antifúngico tópico por ser o causador de dermatofitoses crônicas, mas pelo aspecto de demostrar uma possível cura, pode haver uma falsa impressão suspendendo o medicamento e ocorrendo uma recaída.

Os agentes etiológicos do tinea pedis são Trichophyton rubum, Epidermophyton floccosum e Trichophyton mentagrophytes, conhecidos como fungos dermatófitos comumente encontrados e isolados em piscinas.

A exposição do corpo humano com a umidade do ar e temperatura são fatores que podem iniciar um processo de proliferação de fungos, sendo uma das mais encontradas no seres humanos é o Thichophyton rubrum que frequentemente ocasiona lesões nas unhas e pele.



Fungos Filamentosos não Dermatófitos

Os Fungos filamentosos não dermatófitos são oportunistas e têm seu habitat as plantas, solos e fequentemente vêm causando onicomicoses ungueais. São fungos oportunistas e/ou queratinofílicos pertecentes a diversificado grupo e heterogéneo taxados nomeadamente de Alternaria, Aspergillus spp, Penicilium, Cladosporium, Fusarium sp. e Phoma, Acremonium sp., Fusarium oxysporum, Onychocola canadensis, Scopulariopsis spp entre outros.

Ha que verificar-se que as lesões provocadas pelos fungos filamentosos não dermatófitos vem aumentando nas lesões superficiais, assim como os Scopulariopsis brevicaulis atinge unhas e pés os dos gêneros Fusarium solani e Fusarium oxysporum provoca onicomicoses, dermatomicoses e infecções sistêmicas.

Os fungos filamentosos não dermatófito têm a maior patologia as onicomicoses que envolve de imediato a unha do hálux. Os Fungos filamentosos não dermatófitos tem um potencial considerável de patogenicidade que frequentemente os mais encontrados são Alternaria, Aspergillus, Cladosporium, Fusarium, Geotrichum, Penicillum e Phoma .

Os tratamentos de fungos filamentosos não dermatófitos é bastante complexo pois nem sempre se obtém a cura e são frequentemente recidivas. A infecção ungueais trás um gasto considerável ao sistema de saúde por se tratar de uma micose superficial mais difícil de tratamento.



Fungos Demaciáceos


Esta classe de fungo está relacionada com fungos filamentosos não dermatófitos. É um grupo heterogéneo em seu habitat e o desenvolvimento acontece de forma rápido e lenta, nos quais podemos separa-los quando estiverem em toda parte na natureza como Alternaria, Cladosporium, Aureobasidium, Chaetomium, Curvalaria, Phoma e Ulocladium.

Quando de forma lenta tem o gênero os Exophiala, Phialophora, Cladophialophora, Fonsecaea, Phaeoannelomyces, Phaeococcomyces, Rhinocladiella e Wangiella. Os fungos dermaciáceos possuem sua pigmentação escura devido a presença de complexo melanínico na sua parede celular.

A melanina destes fungos é formada pelo polímero Diidroxinaltaleno que é produzido no citoplasma e excretado na parede celular. Este polímero faz interação com lipídeos, proteínas e carboidratos da parede, formando o complexo melanínico. As lesões acometidas desse tipo Cromoblastomicoses ( couve-flor) causada pelo fungo negro Fonsecaea pedrosoi.



Fatores principais do Desenvolvimento dos Fungos

Os principais fatores envolvidos são ambientais, temperatura, humidade, pH, oxigênio, luz e nutrientres disponíveis para formação de fungos . Os fungos estão por toda parte, não havendo uma temperatura nem humidade específica para sua colonização.

O cloro residual da água deverá estar entre 0,5mg/L e 0,8mg/L e seu controle de acidez(pH) entre 6,7 e 7,9; respeitando as quantidades máxima de fungos e bactérias segundo a Norma Técnica Especial (NTE) relativa a piscinas do Decreto n° 13.166/ 79, para uso recreativo e/ou terapêuticas.

Segundo as normas do decreto acima, sabe-se hoje, que o uso do cloro como mecanismo combatente dos fungos, é eficaz no tratamento da água, não se sabe o quanto exatamente seria essa frequência de higienização para o controle do mesmo. São citados o cloreto de benzalcônio, fenol e cloro para combate de atividades fungicas, porém o cloro é o mais utilizado devido seu baixo custo.

Não obstante, podemos concluir que o tratamento convecional (cloro) em piscinas é um composto organico que reduz os níveis de bactérias e fungos, principalmente os mais encontrados como o Trihalometanos.

Os trhialometanos obtêm-se com a possível formação da água com o cloro, resultando assim num composto chamado “demanda de cloro”, após essa demanda, há a reação com amônia dando à origem as cloraminas inorgânicas e por fim, o surgimento do cloro livre em que são ácidos hipocloroso e de íons hipoclorito que tais formações podem surgir o trihalometanos.

Segundo o Ministério da Saúde – portaria 1.469 de 29 de dezembro de 2000 deu-se o limite máximo de 100 microgramas por litros de trhialometanos em águas para o uso humano. Em piscinas tratadas com cloro a substancia mais encontrada é o trihalometanos (TAMs), um subproduto formado pela fusão dos compostos orgânicos da água e cloro.



Discussão

Considera que há um aumento mundial de onicomicoses causando infecções ungueais e os principais fatores de contaminação se dá pela relação de idade com doenças cronicas como a diabete e deficit da circulação periférica.

Entretanto relata outros meios de contaminação fúngicas adquiridos através de superfícies balneários, piscinas, areias das praia e estabelecimento hospitalares.

Em contra partida cita os principais fatores que geram a onicomicoses é o aumento da freqüência de leveduras destacando-se o uso de drogras antibacterianas, fatores genéticos.

Acredita-se também que por mais que existam um tratamento ideal para piscinas designadas à tratamento fisioterapeutico, lazer ou esporte, pelo fato de haver uma simultaneidade de pessoas, existe sempre contaminação da água.

Autores exemplificam os habitat natural dos fungos e seus hospedeiros. As espécies existente no solo decorrem de forma patogênicas para o Homem e animais; quanto as zoofílicas obtêm-se os animais como hospedeiros mais que não isenta de contaminar seres humanos e por fim, as antropofílicas contaminantes inter-humana direta e/ou indiretamente.

A autora define a origem da tinea pedis quando decorrem de indivíduos que realizam esportes, utilizam sapatos fechados, apertados, trafegam frequentemente descalços. Entretanto14 relatam que o fator esta voltado para a idade avançada e doenças periféricas.

Vários autores relatam que as onicomicoses são um exemplo de infecção fúngica ungueal (unha), porém não só de origem Leveduriformes, mas também pode ser fungos filamentosos dermatófitos e não dermatófitos.

Apontamos15 que não é a presença de fungos que irá acontecer as reações nos indivíduos, é necessário que estejam presentes condições suficientes para que ele tenha sua ação, pois a infecção depende de variáveis ligadas ao agente,hospedeiro e ao ambiente.

Afirmamos que os fungos dermatófitos do gênero Epidermophyton, Microsporum e Trichopyton foram encontrados em bordas de piscinas de hidroterapia. A lesão que mais acometeu os pacientes é a espécie Trichopyton rubrum, cujo este fungo desenvolve uma micose chamada tinea pedis provocando lesão nas regiões plantares e palmares.

Contudo existem algumas diferenças entre autores acima sobre os dermatófitos, em relação que no fato dos Epidermophyton, Microsporum e Trichopyton prejudicarem a pele do paciente, o Microsporum pode não infectar as unhas e Epidermophyton não infectar o cabelo em determinados pacientes, variando de caso a caso.

Dentre os fungos relacionados aos gêneros dermatófitos não filamentosos, os mais encontrados em bordas de piscinas de hidroterapia foram os Aspergillus, Cladosporium, Fusarium, Geotrichum, Penicillum e Phoma. Já no caso dos leveduriformes, foram entrados além da espécie Cândida albicans, o Thichosporon.



Considerações Finais

Consideramos que, nos estudos, há sempre uma abordagem quanto o surgimento dos fungos nas piscinas de hidroterapia podemos chegar a uma conclusão que, os procedimentos de lavagem e desinfecção e dos produtos utilizados não são totalmente eficazes devido ocorrer contaminações cruzadas entre os pacientes.

Um dos assuntos mais abordados pelos autores é a onicomicose, proveniente de espécies de fungos, acomentendo lesões nas unhas das mãos e pés; além de causar dor; desconforto; limitações físicas; ocupacionais; fatores psicológicos e emocionais nos pacientes.

Embora vários usuários de piscinas não possuírem nenhuma patologias, ao se submeter a tratamentos, poderá adquirir espécies de fungos. Salientamos para os orgãos sexuais nos quais indivíduos do sexo feminino, pela sua anatomia, são passíveis de adquirirem a espécie Cândida sp pelo fato dos órgãos serem internamente.

São conhecidos os riscos de contaminação fúngicas em piscinas pela tinea pedis, mais conhecido pelo nome “pé de atleta” que podem provocar contaminações de forma direta ou indireta. Pode originar a disseminação quando o individiuo trouxer a patologia e dissiminar no meio aquático durante o seu tratamento fisioterapeutico, acasionando assim a contaminação de indivíduos e a possível formação de fungos na piscina e arredores.

No Brasil, há fatores ambientas como a alta temperatura favorecendo o desenvolvimento dos fungos. Portanto quando se trata de lesões por levedura ou filamentosos que se utilizam dessas humidades e temperaturas, temos como freqüência traumatismos nas unhas; couro cabeludo, pregas interdigitais plantares e palmares; freqüentar piscinas, ginásios ou chuveiros públicos sem as devidas precauções.

As principais doenças acometidas relacionadas com a incidência de fungos em piscinas hidroterapeuticas - as síndromes respiratórias, alergias, micoses, disfunções do sistema periférico, endocartite, infecção de ouvido, infecção de garganta, problemas no tracto-gastro-intestinal e genitais -, estão ligadas a cada espécie diferentes de fungos.

Contudo, deverá haver um controle de índices de níveis bacteriológicos e fungicos confome a Norma Técnica Especial (NTE) relativa a piscinas do Decreto n° 13.166/ 79, para uso recreativo e/ou terapêuticas. A hidroterapia exige água com temperatura em média de 32° a 35°, 30/40 minutos de permanência e durante 2 a 3 vezes por semana, facilitando uma provável contaminação de espécies devido o tempo de permanência, freqüência e temperatura.

Portanto, temos algumas medidas preventivas como desinfecção da água, lavagem freqüentes de filtros, limpeza e desinfecção regular do sistema de tratamento, educação dos utilizadores, prevenção/proibição a entrada de animais ou até mesmo nas proximidades da piscina, uso de retentores de pêlos, bombas, dosadores de produtos químicos, filtros, equipamentos de cloração e canalização de água limpa dificultando a proliferação de fungos no meio aquático.

Conclui-se que para combater os microorganismos e possuir uma boa qualidade da água das piscinas que realizam hidroterapia ou afins, o cloro e seus derivados são eficazes e utilizados como reagentes contra bactérias e fungos.



Referências

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15. Veigas, C.S.C – Tese de doutoramento em Saúde Pública na especialidade.

 

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seu autor.

- Publicado em 16/11/2011.


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