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Cinesioterapia como Recurso Terapêutico no Equilíbrio de Idosos Institucionalizados no Recanto do Idoso de Concórdia - Santa Catarina E-mail
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How to appeal in therapeutic kinesiotherapy balance recanto institutionalized elderly in the elderly in concordia – Santa Catarina

 

Trabalho realizado por:

Carolina Dimbarre.

Contato: carolis_dj@hotmail.com

Acadêmica do Curso de Fisioterapia - UnC.

Orientadora:

Profª Daniela R. S. D Oliva.

Mestre em Envelhecimento Humano.

 

Resumo

Introdução: Os acidentes são a quinta causas de morte entre os idosos e as quedas são responsáveis por dois terços destas mortes acidentais. A Queda é um evento frequente e limitante, sendo considerado um marcador de fragilidade, morte, institucionalização e de declínio na saúde de idosos. Uma das formas de tentar amenizar a queda é a prática da cinesioterapia como meio de treinamento para o equilíbrio. Objetivo: Averiguar o equilíbrio estático e dinâmico de um grupo de idosos institucionalizados, antes e após a prática de cinesioterapia. Método: Pesquisa quantitativa e qualitativa, na qual contou com uma amostra de cinco idosos de ambos os sexos, institucionalizados em um lar de idosos de Concórdia, Santa Catarina, em Julho de 2012, com integridade de compreensão e possibilidades de ficar em pé, a fim de responder ao questionário e realizar os exercícios propostos. Foi utilizada a Escala de equilíbrio de BERG e um protocolo de cinesioterapia voltada à recuperação de equilíbrio estático e dinâmico. Os testes foram aplicados antes e depois de dez sessões. Resultados: Observou-se que dos 5 (100%) idosos submetidos à intervenção, sendo 3 do sexo masculino (60 %), e 2 do sexo feminino (40 %). Obteve-se o plano de tratamento baseado na cinesioterapia e mostrou ter efeito benéfico perante o equilíbrio postural dos idosos, porém dando continuidade no plano de tratamento diariamente visando o treino a manutenção e consequentemente melhoria dos resultados.

Palavras-chave: Idoso, Equilíbrio postural, Fisioterapia, Instituição de Longa Permanência para Idosos, Acidentes por Quedas.

 

Abstract

Introduction: Accidents are the fifth cause of death among the elderly and falls account for two thirds of these accidental deaths. The Fall is a frequent event and limiting, and is considered a marker of frailty, death, institutionalization and decline in health of the elderly. One way to try to soften the fall is the practice of kinesiotherapy as a means of training for the balance. Objective: To evaluate the static and dynamic balance of a group of elderly subjects before and after the practice of exercise. Method: Quantitative and qualitative research, which involved a sample of five patients of both sexes institutionalized in a nursing home in Concordia, Santa Catarina, in July 2012, with integrity, understanding and possibilities of standing, the order to answer the questionnaire and conduct the exercises. The Scale BERG balance of exercise and a protocol aimed at recovery of static and dynamic balance. Testing was done before and after ten hours. Results: By analyzing the data showed that the 5 (100%) elderly underwent intervention, and 3 males (60%), and two females (40%), which found that the plan so treatment based on kinesiotherapy has a beneficial effect to the postural balance of older people, but plan on continuing daily treatment intended to maintain and therefore improve performance.

Keywords: Aged, postural balance, Physiotherapy, Institution of Long Term Elderly Care, Accidental Falls

Introdução

Hoje o envelhecimento é a diminuição da reserva funcional e a resistência populacional, com a diminuição da resistência às agressões e o risco de morte aumentam. Segundo levantamento de dados do IBGE, a população brasileira é constituída por 10,2% de indivíduos acima de 60 anos de idade. Nas próximas décadas, o número de idosos na população tende a crescer no mundo todo. Em 2025, a população atingirá 14% de indivíduos idosos, colocando o Brasil em sexto lugar mundial em número de habitantes com mais de 60 anos de idade. (TOIGO; LEAL JUNIOR; ÁVILA; 2008).

FIRMINO (2006), diz que o envelhecimento fisiológico compreende uma série de alterações nas funções orgânicas e mentais devido exclusivamente aos efeitos da idade avançada sobre o organismo, fazendo com que o mesmo perca a capacidade de manter o equilíbrio homeostático e que todas as funções fisiológicas gradualmente comecem a declinar. Cooper (2002) defende a idéia que o idoso tem suas habilidades regenerativas limitadas apresenta também mudanças físicas e emocionais que expõe a perigo a qualidade de vida, podendo levar à Síndrome da Fragilidade (conjunto de manifestações físicas e psicológicas) que poderá desenvolver apartir daí outras doenças.

Com o passar dos anos, as alterações funcionais sofridas com o envelhecimento, diminui a vitalidade e resistência, contribuindo para o aparecimento de doenças degenerativas e de condição crônica, como doenças osteoarticulares e cardiovasculares. Muitos sistemas que contribuem para o “equilíbrio interno”, chamado também de homeostase, sofrem com envelhecimento, porém os sistemas que atuam no equilíbrio humano assumem maior importância na vida do idoso devido à sua correlação com maior morbimortalidade, devido à ocorrência de quedas e consequentes fraturas, que no idoso são de difícil resolução. (BILAC, 2009).

O equilíbrio humano é definido como aquela situação na qual o corpo adota uma determinada posição em relação ao espaço, na qual a cabeça é dirigida para cima e a face para frente com ereção do corpo todo com o intuito de posicionar a cabeça na parte alta, essa posição em pé é a posição ortostática ou ereta. Para que a postura ereta seja mantida, os sistemas somatossensorial, visual e vestibular devem funcionar em sincronia. Sendo assim, mesmo um comportamento cotidiano como a manutenção da posição ereta, ao contrário do que parece, é uma tarefa complexa que envolve um complexo relacionamento entre informação sensorial e atividade motora (BARBOSA, 2005).

Segundo Oliveira (2006), a visão é importante no controle do equilíbrio, postura e propriocepção de qualquer indivíduo. Com o decorrer da idade, ocorrem degenerações oculares, como a catarata, levando ao decréscimo visual e contribuindo diretamente para a instabilidade postural. A acuidade da capacidade visual reduzida leva à perda do equilíbrio, e o reflexo visual não reage rapidamente, favorecendo as quedas. O reconhecimento da real função visual é importante, pois na maior parte das vezes, essas deficiências posturais, a perda do equilíbrio e da propriocepção podem ser corrigidas com a interferência fisioterapêutica.

O sistema somatossensorial (ou proprioceptivo) contribui para o equilíbrio ao fornecer informação acerca da localização das partes corporais. Este sistema fornece informações sobre o alinhamento dos segmentos do corpo em relação uns aos outros e a superfície de apoio, descrevendo o estiramento muscular e a posição articular do tornozelo ou de articulações mais proximais. O sistema somatossensorial é particularmente sensível aos movimentos rápidos, como os produzidos por perturbações repentinas nas posições articulares. A informação proveniente desse sistema tem origem em fontes periféricas como músculo, cápsula articular e outras estruturas de tecidos moles e é retransmitida ao bulbo e o tronco cerebral através da via medial-leminiscal da coluna dorsal. Essa informação ajuda a coordenar os movimentos dos olhos, da cabeça e do pescoço, a fim de estabilizar o sistema visual e manter as posturas e os padrões do movimento. (POSSAMAI 2003).

Estímulos proprioceptivos são importantes para a manutenção do equilíbrio corporal também são as informações proprioceptivas, que segundo Ganong (1998) a orientação do corpo no espaço também dependem de impulsos de proprioceptores nas cápsulas das articulações, que enviam dados sobre a posição relativa das várias partes do corpo e impulsos de exteroceptores cutâneos, especialmente os de tato e pressão. Por exemplo, os ajustamentos de equilíbrio adequado devem ser feitos sempre que o corpo se angula no tórax ou no abdome, ou em qualquer outro local, todas essas informações são algebricamente somadas no cerebelo e na substância reticular e núcleos vestibulares do tronco cerebral, determinando ajustes adequados nos músculos posturais (GUCCIONE, 2002).

As alterações do equilíbrio do corpo podem manifestar-se de várias maneiras: sensação de tontura, desequilíbrio, instabilidade, desvio da marcha ao andar, dificuldade de fixação do olhar, acompanhadas ou não de náuseas ou vômitos. Existem várias maneiras de se detectar as causas do desequilíbrio. O médico especialista (Otorrinolaringologista) é o responsável por esse diagnóstico e pela decisão do tratamento mais adequado para cada caso (CARVALHO FILHO e PAPALÉO NETTO, 2000).

A queda pode ser oriunda de fatores extrínsecos acidental, como piso molhados e escorregadios, tropeções entre outros, e contrapartida, a queda recorrente, expressa a presença de fatores etiológicos intrínsecos como doenças crônicas, poli farmácia, distúrbios do equilíbrio corporal, déficits sensoriais, dentre outros.

A queda, geralmente, é responsável pelas perdas da autonomia e da independência do idoso, mesmo que por tempo limitado. Suas consequências mais comuns são: as fraturas, a imobilidade, a restrição de atividades, o aumento do risco de institucionalização, o declínio da saúde, prejuízos psicológicos, como o medo de sofrer novas quedas, e, também, o risco de morte, além do aumento dos custos com os cuidados de saúde e prejuízos sociais relacionados à família. Um idoso dependente mudará a dinâmica familiar, e terá dificuldade de interação com a comunidade, na qual está inserido. (SILVA; 2007).

Segundo Gazzola (2005), os exercícios cinesioterápicos possuem eficácia significativa na melhora do equilíbrio estático e dinâmico nos idosos, diminuindo o risco de quedas e melhorando a qualidade de vida. Esses aspectos são de extrema importância, pois a duração do período de morbidade tem implicações sociais, pessoais e médicas de amplas dimensões. Para o indivíduo representa sofrimento psicológico e físico e para a sociedade representa falência devido os altos custos com os serviços sociais e de saúde.

Os exercícios na cinesioterapia podem ser passivos ou ativos. No passivo, o terapeuta realiza o movimentos sem ajuda do paciente. A cinesioterapia passiva engloba os meios e as formas em que o doente tem participação passiva; o movimento é executado que manualmente por outro indivíduo, quer através de aparelhagens especiais, que imitam os movimentos fisiológicos ou realizam-se manipulações de diferentes segmentos ou tecidos, com o auxílio de diversas metodologias. Enquanto que, na cinesioterapia ativa, o paciente realiza o movimento, sem a ajuda do terapeuta. É caracterizada pela participação ativa e consciente do paciente, que executa voluntariamente os movimentos. O exercício ativo se divide em três tipos: ativo-assistido, este é realizado pelo paciente quer receber ajuda parcial do terapeuta; ativo livre, realizado pelo paciente com ou sem a ação da força da gravidade, e ativo resistido, quando o movimento é realizado contra a resistência manual, mecânica ou fluida (TEIXEIRA; 2000).

Como acadêmica em Fisioterapia e estar realizando estágio voluntário pela Universidade na Instituição Recanto do Idoso, verifiquei a necessidade em proporcionar aos idosos, exercícios capaz de tratar o déficit de equilíbrio que os acomete, diminuindo quedas e prevenindo lesões.

Para tanto surgiu a seguinte indagação: Qual a influência da cinesioterapia no equilíbrio postural de idosos institucionalizados em um lar de idosos do oeste de Santa Catarina?

Constatando como se encontravam o equilíbrio desses idosos, pôde-se traçar estratégias fisioterápicas capazes de intervir na postura dos mesmos, proporcionando-os maior autonomia e satisfação física e emocional.

O objetivo do estudo foi averiguar a influência de um protocolo de cinesioterapia como recurso terapêutico no equilíbrio estático e dinâmico em indivíduos institucionalizados em um lar de idosos do oeste de Santa Catarina.

 

Material e Método

Esta pesquisa trata-se de um estudo quanti-qualitativo, com abordagem descritiva onde foram incluídos 5 participantes acima de 60 anos de idade de ambos os sexos, residentes no lar de idosos “Recanto do Idoso”, no município de Concórdia Santa Catarina, no período de Julho de 2012.

A pesquisadora participou no período de abril de 2011 à agosto de 2012 realizando estagio no “Recanto do Idoso” como estagiaria, com a supervisão da Fisioterapeuta da Instituição cumprindo horas previstas pelo edital da bolsa.

Foi marcada uma reunião com os idosos para a explicar sobre os procedimentos da pesquisa, sendo que seus objetivos, baseou–se no esclarecimento de dúvidas, também foi apresentado o Termo De Consentimento Livre e Esclarecido e coletado as assinaturas dos mesmos. O termo foi criado seguindo a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Pesquisa em Saúde.

O presente estudo baseou-se em um questionário com algumas questões investigativas elaboradas pela pesquisadora, baseado na leitura dos capítulos de equilíbrio de Kisner e Colby (2010) e O´Sullivan (2010), apresentados no Quadro 1. Este roteiro de entrevista conteve perguntas referentes aos dados de identificação, alterações do equilíbrio e doenças associadas ao envelhecimento.

Foi utilizada também a Escala de Berg ou Berg Balance Scale. A escala de Berg, foi desenvolvida e validada por Berg et al (1992), apresentadas no Quadro 2 e adaptado transculturalmente para sua aplicação no Brasil (Miyamoto, 2003; Miyamoto et al, 2004). Cada item possui uma escala ordinal de cinco alternativas que variam de 0 a 4 pontos (sendo 0 com maior comprometimento do equilíbrio e 4 com menor comprometimento do equilíbrio). Portanto, a pontuação máxima pode chegar a 56. Para os números obtidos com a Escala de Berg, a pro¬babilidade de queda aumenta com a diminuição da pontuação. O escore máximo que pode ser alcançado é 56 pontos. Na amplitude de 56 a 54 cada ponto a menos é associado a um aumento de 3 a 4% no risco de quedas. De 54 a 46, a alteração de um ponto é associada ao aumento de 6 a 8%, sendo que, abaixo de 36 pontos, o risco de quedas é quase de 100%.

Após foi aplicado um protocolo de exercícios para o equilíbrio baseado na monografia de “Aplicação de exercícios proprioceptivos em idoso para estimulo do equilíbrio dinâmico na execução de atividade de vida diária.” (DRESSENO;2007).

 

Quadro I – Questionário no Equilíbrio e na Prevenção de Quedas em Idosos.

1- Tem dificuldade para levantar e caminhar?

2- Usa as mãos como ajuda para sentar?

3- Já caiu?

4- Desce e sobe escada sozinho?

5- Desce e sobe rampa sozinho?

6- Toma banho sozinho?

7- Tem dificuldade de caminhar acelerado?

8- Tem dificuldades para girar o corpo?

9- Tem dificuldade de se trocar sozinho?

Fonte: Autor da pesquisa, 2012, Adaptado de Kisner e Colby (2010) O´Sullivan (2010).

 

Quadro II – Escala de Equilíbrio de Berg

1. Sentado para em pé

2. Em pé sem apoio

3. Sentado sem apoio

4. Em pé para sentado

5. Transferências

6. Em pé com os olhos fechados

7. Em pé com os pés juntos

8. Reclinar à frente com os braços estendidos

9. Apanhar objeto do chão

10. Virando-se para olhar para trás

11. Girando 360 graus

12. Colocar os pés alternadamente sobre um banco

]

13. Em pé com um pé em frente ao outro

14. Em pé apoiado em um dos pés

Total de Pontos: 56

 

Fonte: Miyamoto, 2003



Resultados e Discussão

Em relação aos resultados deste estudo, da amostra de cinco idosos (100%) institucionalizados, 3 são mulheres (60%) e 2 (40%) são homens, apresentados no gráfico 01.

Gráfico I– Refere-se ao número e idade de idosos homens e mulheres que participaram da pesquisa

Fonte: Autor da Pesquisa (2012).

 

Na análise das respostas do questionário, observa-se que dos cinco idosos indagados, 3 do sexo feminino e 2 do sexo masculino todos numa faixa etária acima de 60 anos de idade.

Este roteiro de entrevista conteve perguntas referentes aos dados de identificação e alterações do equilíbrio e quedas.

Quando se refere a equilíbrio, especifica-se aquela situação na qual o corpo adota uma determinada posição em relação ao espaço, o qual a cabeça é dirigida para cima e a face para frente com ereção do corpo todo com o intuito de posicionar a cabeça na parte alta, essa posição em pé é a posição ortostática ou ereta (DOUGLAS, 2002).

Com o passar dos anos, o corpo humano sofre alterações funcionais, diminuindo a vitalidade e resistência, contribuindo para o aparecimento de doenças degenerativas e de condição crônica, como doenças osteoarticulares e cardiovasculares. Muitos sistemas que contribuem para o “equilíbrio interno”, chamado também de homeostase, sofrem com envelhecimento, porém os sistemas que atuam no equilíbrio humano assumem maior importância na vida do idoso devido à sua correlação com maior morbimortalidade, devido à ocorrência de quedas e consequentes fraturas, que no idoso são de difícil resolução. (BILAC,2009).

Segundo Delma,(2003), a visão é importante no controle do equilíbrio, postura e propriocepção de qualquer indivíduo. Com o decorrer da idade, ocorrem degenerações oculares, como a catarata, levando ao decréscimo visual e contribuindo diretamente para a instabilidade postural. A acuidade da capacidade visual reduzida leva à perda do equilíbrio, e o reflexo visual não reage rapidamente, favorecendo às quedas. O reconhecimento da real função visual é importante, pois na maior parte das vezes, essas deficiências posturais, a perda do equilíbrio e da propriocepção podem ser corrigidas com a interferência fisioterapêutica.

Comparando-se os resultados da avaliação inicial e avaliação final, criou-se a tabela I, abaixo, como segue:

 

Tabela (1)Resultados do Questionário sobre Equilíbrio e Quedas.

ATIVIDADES

1

2

3

4

5

AV 1

AV2

AV1

AV2

AV1

AV2

AV1

AV2

AV1

AV2

DIFICULDADES DE LEVANTAR E CAMINHAR

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

USA AS MÃOS COMO AJUDA PARA SENTAR

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

JÁ SOFREU ALGUMA QUEDA

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

ENTRE AV1 E AV2 SOFREU QUEDAS

--

NÃO

--

NÃO

--

NÃO

--

NÃO

--

NÃO

SOBE E DESCE ESCADA

SIM

SIM

NÃO

NÃO

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SOBE E DESCE RAMPA

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

TOMA BANHO SOZINHO

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

SIM

CAMINHA ACELERADO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

TEM DIFICULDADES DE GIRAR O CORPO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

NÃO

DIFICULDADES EM SE TROCAR SOZINHO

NÃO

NÃO

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

SIM

SIM

 

Fonte: Autor da Pesquisa (2012).

Legenda:

AV1 - Aplicação do questionário pré intervenção de exercícios fisioterápicos.

AV2 - Aplicação do questionário pós intervenção de exercícios fisioterápicos.

Siqueira et al relata que em estudo com 4.003 idosos, constataram que a prevalência com as quedas está relacionadas com a idade avançada, sendentarismo, autopercepção de saúde ruim e maior numero de medicações referidas para o uso continuo. Houve relação direta entre o numero de medicamentos e a ocorrência de quedas.

Segundo Rubeintein e Josephson (2002), os acidentes são a quinta causas de morte entre os idosos, e as quedas são responsáveis por dois terços destas mortes acidentais. Aproximadamente 75% das mortes decorrentes de quedas nos Estados Unidos ocorrem em 14% da população acima de 65 anos de idade, e o índice de mortalidade aumenta dramaticamente após os 70 anos, principalmente em homens.

Dos que caem a cada ano, entre 5% a 10% dos idosos residentes na comunidade tem como conseqüência lesões severas como fratura, traumatismo craniano e lacerações sérias, que reduzem sua mobilidade e independência, aumentando as chances de morte prematura. Cerca de metade dos idosos hospitalizados por fratura de quadril não recuperam a mobilidade prévia ao evento (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2000).

Tabela (2) - Valores Obtidos em cada item da Escala de Equilíbrio de Berg

Voluntário 1

Voluntário 2

Voluntário 3

Voluntário 4

Voluntário 5

AV 1

AV2

AV 1

AV 2

AV 1

AV 2

AV 1

AV 2

AV 1

AV 2

Posição Sentado para em Pé

3

4

4

4

4

4

4

4

3

3

Em Pé sem Apoio

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

Sentado Sem Apoio

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

Em Pé para Sentado

3

4

4

4

4

4

4

4

3

3

Transferências

3

4

4

4

4

4

4

4

3

3

Em Pé com os Olhos Fechados

3

3

3

4

3

4

4

4

3

4

Em Pé com os Pés Juntos

2

4

4

4

3

4

4

4

4

4

Reclinar à Frente com os Braços Estendidos

2

3

3

4

3

4

3

3

3

4

Apanhar Objeto do Chão

4

4

4

4

4

4

4

4

4

4

Virando -se para Olhar para Trás

2

4

3

4

3

4

3

4

2

3

Girando 360º

1

2

4

4

2

4

2

2

2

2

Colocar os Pés Alternadamente sobre um Banco

0

1

1

1

3

4

1

2

0

1

Em Pé com um Pé em Frente ao Outro

3

3

1

2

3

4

2

3

1

2

Em Pé Apoiado em um dos Pés

1

1

1

2

3

4

1

2

1

2

TOTAL

35

45

44

49

47

56

44

48

37

43

 

Fonte: Myamoto 2003

 

- AV1- Aplicação do questionário contendo os pontos de cada questão na pré intervenção de exercícios Escala de Equilíbrio de Berg

- AV2 – Aplicação do questionário contendo os pontos de cada questão na pós intervenção de exercícios da Escala de Equilíbrio de Berg

 

Sobre a avaliação física do equilíbrio, de acordo com os escores obtidos por meio da Escala de Berg obteve-se diferentes resultados, que são demonstrados um a um.

A Voluntária numero 1, do Sexo feminino, 68 anos, relatou ter medo de cair por já ter sofrido 2 quedas. Na avaliação inicial apresentou 35 pontos dos 56 possíveis na Escala de Equilíbrio de Berg. Após as 10 sessões, houve melhora de 10 pontos totais. No entanto encontrou-se redução do déficit de equilíbrio, com consequente diminuição do risco de quedas. Já a Voluntária 2, de Sexo feminino, 83 anos, relatou ter medo de cair por já ter sofrido 1 quedas. Na avaliação inicial apresentou 44 pontos dos 56 possíveis na Escala de Equilíbrio de Berg. Após as 10 sessões, houve melhora de 5 pontos totais. No entanto encontrou-se redução do déficit de equilíbrio, com consequente diminuição de risco de quedas. A Voluntária 3 Sexo feminino, 85 anos, relatou ter medo de cair por já ter sofrido 3 quedas. Na avaliação inicial apresentou 47 pontos dos 56 possíveis na Escala de Equilíbrio de Berg. Após as 10 sessões, houve melhora de 9 pontos totais. No entanto encontrou-se redução do déficit de equilíbrio, com consequente diminuição de risco de quedas. O Voluntário 4 Sexo masculino, 75 anos, relatou ter medo de cair por já ter sofrido 3 quedas. Na avaliação inicial apresentou 44 pontos dos 56 possíveis na Escala de Equilíbrio de Berg. Após as 10 sessões, houve melhora de 4 ponto total. No entanto encontrou-se pouca redução do déficit de equilíbrio e risco inerente de recorrentes quedas. Finalizando com o Voluntario 5 Sexo masculino, 75 anos, relatou ter medo de cair por já ter sofrido 3 quedas. Na avaliação inicial apresentou 37 pontos dos 56 possíveis na Escala de Equilíbrio de Berg. Após as 10 sessões, houve melhora de 6 pontos totais. No entanto encontrou-se redução do déficit de equilíbrio, e possível diminuição no risco de quedas.

Dias et al avaliou o equilíbrio de 55 idosos, com a Escala de Equilíbrio de Berg, dividindo-o em dois grupos, sendo o primeiro composto por 30 idosos com faixa etária entre 65 e 79 anos e o segundo, com 25 com a idade 80 e 94 anos. Observou-se que a faixa etária acima de 80 foi a que apresentou maior desequilíbrio com, com a pontuação indicativa de limite para isco de quedas, dados também relatados no estudo de Maciel et al.

No estudo de Zambaldi et al realizados com 6 idosos, no período de 8 semanas no total de 16 sessões, utilizando a mesma escala de avaliação do equilíbrio, todas as voluntarias apresentaram melhora na pontuação dos itens avaliados exceto, no apoio unipodal.

Neste estudo pode-se comprovar que obteve melhora em todos os aspectos de equilíbrio avaliados, porem com uma margem menor referente a questão de numero 12 da Escala de Equilíbrio de Berg.

Em relação às questões da Escala de Equilíbrio de Berg para melhor visualização os resultados antes e depois da intervenção, estão demonstradas no Gráfico 2:

 

Gráfico (2)- Refere ao valor da avaliação 1 e 2 de cada voluntário antes e depois da intervenção da Escala de Equilíbrio de Berg.

Fonte: Autor da pesquisa (2012).

 

Conclusão

Conclui-se, portanto que o plano de tratamento baseado na cinesioterapia tem efeito benéfico perante o equilíbrio postural dos idosos. Porém dando continuidade no plano de tratamento diariamente visando o treino e a manutenção, consequentemente ocorrerá a melhoria dos resultados.

Os resultados obtidos nessa pesquisa não são extrapoláveis e significamente representativos, uma vez que foi realizado com um número reduzido de voluntários, mas dão subsídios para novos estudos que objetivem a avaliação da efetividade de programas de fisioterapia diante do risco de quedas em idosos.

 

Referencias

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Obs:

- Todo direito e responsabilidade do artigo são de sua autora.

- Publicado em 03/12/2012.


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