O que é Retinoblastoma?
Retinoblastoma é um tumor ocular maligno que incide em crianças, por volta do 1º ano de vida. Desenvolve-se na região posterior da retina, podendo crescer em várias direções, envolvendo o nervo ótico e o sistema nervoso central. O tumor origina-se de células embrionárias da retina e cerca de 20% dos casos manifestam-se por fatores hereditários. Estes costumam apresentar vários focos de tumor no mesmo olho, com grandes chances de ocorrência nos dois olhos. O gene Rb, responsável pelo risco de desenvolvimento deste tumor também está associado à incidência de outros tipos de câncer, que poderão surgir ao longo dos próximos anos do paciente.
Sinais e sintomas mais freqüentes Geralmente o primeiro sinal é a leucocoria, um reflexo esbranquiçado do olho, popularmente chamado de "olho de gato". Redução visual ou cegueira também podem ocorrer. Em casos avançados, o tumor costuma provocar dores e irregularidades na pupila. Como é feito o diagnóstico Um médico especialista (oftalmologista) fará um exame de fundo de olho (fundoscopia), geralmente com a criança sedada. Em seguida, será feita uma tomografia computadorizada, para avaliar a extensão do tumor e detectar possíveis calcificações.
A ressonância magnética permite verificar com precisão se há comprometimento do nervo ótico. Para saber se o retinoblastoma tem caráter hereditário, é feito um exame de sangue em busca do gene Rb, cuja presença confirma a hereditariedade do tumor. Tratamentos O procedimento padrão para a doença unilateral é a remoção cirúrgica do globo ocular (enucleação), seguida de quimioterapia e/ou radioterapia. Crioterapia (técnica de congelamento) e irradiação externa são medidas mais apropriadas para os casos de lesão única ou lesões múltiplas pequenas. Quando o tumor é pequeno, de modo que o paciente ainda apresente boa visão, dá-se preferência à irradiação. O tratamento quimioterápico aplicado isoladamente não é utilizado em tumores localizados. Tem eficácia quando há resíduo tumoral após a enucleação ou presença de metástase. Os locais mais freqüentes de metástases são o crânio, ossos longos, medula espinhal, vísceras e gânglios linfáticos. Para os tumores bilaterais, indica-se a enucleação do olho mais comprometido. Procura-se preservar o máximo de visão, em pelo menos um dos olhos, usando radioterapia e/ou crioterapia. O sucesso do tratamento é medido pela erradicação da doença com preservação da visão. Prognóstico A taxa de sobrevida em 5 anos ultrapassa 90%. Quando a manifestação da doença é hereditária, a sobrevivência cai bastante na terceira e quarta década de vida, devido à freqüência com que surgem outras malignidades, como osteossarcoma, principalmente. Importante: O exame oftalmológico de rotina desde o período neonatal e durante os primeiros anos de vida é extremamente importante para o diagnóstico em fases iniciais da doença, aumentando as chances de cura.
fontes: CancerBACUP U.K. Johns Hopkins Oncology Center National Cancer Institute
Obs.: - Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores. - Publicado em 17/11/03 - fonte: Instituto Day Care Center - http://www.daycare.com.br/
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