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Biomecânica da Articulação Coxo-Femoral E-mail
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Trabalho realizado por:
Janice Martins Gomes
Mariana Pires da Rocha

* Alunas da Universidade Salgado de Oliveira

 

* Anatomia

A articulação da coxo-femoral é formada pela cabeça do fêmur, que roda dentro do acetábulo formado pelos ossos da bacia;, a cabeça do fêmur e o acetábulo são recobertas por uma camada de cartilagem, que é uma substância branca com aproximadamente 3 milímetros de espessura. 

Geralmente não é possível identificá-la com precisão, pois encontra-se em meio a grandes massas musculares, o que o torna dificilmente perceptível.


* BIOMECÂNICA DA COXO-FEMORAL

O quadril é uma articulação proximal do membro inferior, é uma articulação muito importante para a tomada do peso da marcha .Seus movimentos realizados por uma única articulação, denominada articulação coxo - femoral, esta possui três eixos e três graus de liberdade.

>> Um eixo transversal: situado no plano, onde se efetuam os movimentos de flexão e extensão;

>> Um eixo vertical: este eixo longitudinal permite os movimentos de rotação externa e rotação interna.

>> Um eixo ântero: posterior: situado no plano sagital , onde efetua-se de abdução e adução.

O ângulo entre o eixo do colo femoral e o corpo do fêmur normal é 125 graus. Um ângulo patologicamente maior é chamado de coxa valga e um ângulo patologicamente menor coxa vara. 


* MOVIMENTOS

1) FLEXÃO: A amplitude da flexão é variável de acordo com vários fatores. A flexão ativa do quadril é menos ampla que a flexão passiva. 

A posição do joelho intervém igualmente na amplitude da flexão , enquanto o joelho está estendido , a flexão não é maior que 90 graus enquanto que com o joelho fletido , ela atinge ou ultrapassa os 120 graus.

Se as duas articulações do quadril são fletidos passiva e simultaneamente, enquanto os joelhos são fletidos, a face anterior das coxas entram em contato com o tronco pois, na flexão das articulações coxo femurais, associa-se a báscula do quadril para trás pela retificação da lordose lombar.

2) EXTENSÃO: A extensão leva o membro inferior para trás do plano frontal. O músculo extensor do quadril estão situados atrás do plano frontal que passa pelo centro da articulação, os extensores do quadril tem a função de estabilizar a pelve no sentido ântero-posterior. Na marcha normal a extensão do quadril é realizada pelos ísquios-tibiais, na corrida ou caminhada em terreno aclive o glúteo maior é indispensável.

Quando há o tensionamento do ligamento ílio-femoral . A extensão ativa é menos ampla que a passiva, quando o joelho está estendido a extensão é 20 graus mais ampla do que quando esta fletido. Isso se deve ao fato do músculo ísquios-tibiais perderem a sua eficiência enquanto realizam a extensão do quadril, pois eles utilizam grande parte de seu percurso para flexão do joelho.

A extensão passiva é de somente 20 graus na abertura anterior, ela atinge 30 graus quando o membro inferior é fortemente puxado para trás. A extensão do quadril é notavelmente aumentada pela báscula anterior da pelve, graças a uma hiperlordose lombar.

Essas amplitudes dadas referem-se a um indivíduo não treinado , pois elas podem ser aumentadas pelo exercícios e pelo treinamento.


3) ABDUÇÃO: A abdução leva o membro inferior diretamente para fora e o afasta do plano de simetria do corpo. Os músculos abdutores do quadril estão situados por fora do plano sagital que passa pelo centro da articulação e cujo trajeto passa por fora e acima do eixo ântero-posterior de adução e abdução contido neste plano. 

Para obter uma abdução direta, sem nenhum componente parasita é necessário que toda musculatura entre em contração antagonista-sinérgica equilibrada. 

A abdução de um quadril é acompanhada automaticamente de uma abdução igual no outro quadril, ficando nítido a partir de 30 graus, amplitude na qual se começa a observar a báscula da pelve . Observa-se que nesta posição cada um dos quadris está com 15 graus de abdução . 
No graus de abdução máximo o ângulo entre os membros inferiores é de 90 graus, assim cada quadril está em um ângulo de 45 graus A abdução está limitada pelo apoio ósseo do colo femoral sobre a borda coloideana, mas antes disso intervém os músculos adutores e os ligamentos ílio e pubo-femorais.

Com o exercício e o treinamento é possível aumentar notavelmente a amplitude pois os indivíduos treinados podem atingir os 180 graus que na realidade, não se trata mais da abdução pura, pois para distender os ligamentos, temos a báscula para frente da pelve.


4) ADUÇÃO: A adução leva o membro inferior para dentro e o aproxima do plano de simetria do corpo. A adução do quadril é realizada por movimentos combinados como; adução e extensão do quadril, adução e flexão do quadril, adução com flexão e rotação externa, sendo esta a posição mais instável, e adução de um quadril e abdução do outro . 

Estes movimentos são necessários para assegurar o equilíbrio do corpo.

Os músculos adutores são numerosos e fortes , passam por baixo e por dentro do eixo ântero - posterior de abdução-adução, situado no plano sagital.

Estes movimentos de adução combinada, a amplitude máxima de adução é de 30 graus.

5) ROTAÇÃO: Os movimentos de rotação longitudinal do quadril efetuam-se em torno do eixo mecânico do membro inferior

A rotação externa é o movimento que leva a ponta do pé para fora, enquanto que a rotação interna leva a ponta do pé para dentro. 

Estando o joelho completamente estendido, não existe a seu nível nenhum movimento de rotação, e somente o quadril é responsável por esse movimento.

Em decúbito ventral, a posição de referência é obtida quando a perna fletida em ângulo reto está vertical

A partir desta posição quando a perna se inclina para fora, mede-se rotação interna, cuja a amplitude total é de 30 a 40 graus. 

Quando a perna se inclina para dentro mede-se rotação externa, cuja amplitude total é de 60 graus. 

Em posição de ¨Buda¨ a rotação externa combina-se com a flexão que ultrapassa 90 graus de uma abdução

Os músculos rotadores externos do quadril são numerosos e potentes cujo seu trajeto cruza por trás do eixo vertical do quadril, os músculos rotadores internos são mais fracos, e seu trajeto passa anteriormente ao eixo vertical do quadril. 


6) CIRCUNDUÇÃO: Como para todas as articulações de três graus de liberdade, o movimento de circundução do quadril define-se como sendo a combinação dos movimentos elementares simultaneamente em trono dos três eixos.

Plano sagital, no qual efetuam-se movimentos de flexão-extensão.

Plano frontal, no qual acontece o movimento de abdução e adução e plano horizontal.

A circundução levada a sua amplitude extrema, forma no espaço um cone irregular, cujo o vértice é ocupado pelo centro da articulação coxo-femoral. É o cone de circundução.


* ESTABILIDADE

Os músculos representam um papel importante e essencial na estabilidade do quadril , desde de que a sua direção seja transversal.

Os músculos cuja direção é semelhante à do colo do fêmur forçam a cabeça do fêmur para o acetábulo, isso também é verdadeiro para os pelvitrocanterianos e o obturador externo, isto também acontece com os glúteos, principalmente o pequeno e o médio cujo componente de coaptação é importante e que devido a sua potência representam papel primordial, por esta razão nós o denominamos músculos sustentadores do quadril.



* BIBLIOGRAFIA

SETTINERI, Luiz Irineu Cibils - Biomecânica - Noções Gerais - Editora Atheneu - 1988.

 

Obs.:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
- Publicado em 11/08/05

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