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Inserção da Auriculoterapia em Atividades em Grupo de Algias Crônicas de Coluna no PSF Imprimir E-mail
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Trabalho realizado por:

Marina Chaves Carneiro - Acadêmica do Curso de Fisioterapia do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE, Ponta Grossa – PR, email: marinacarneiro2009@hotmail.com

Carla Denise Scheremeta - Docente do Curso de Fisioterapia do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE, Ponta Grossa – PR, email: carlasche@gmail.com

 

Resumo: Este trabalho teve como objetivo identificar a eficiência da auriculoterapia no alívio das algias crônicas de pacientes que participam do grupo de coluna da Unidade de Saúde de Ponta Grossa (PR). A auriculoterapia é uma terapia complementar que vem ganhando força como coadjuvante no tratamento da medicina convencional. Age no microssistema a partir de mecanismos de reflexologia. Participaram do estudo, seis pacientes que participam do grupo da coluna da UBS de Ponta Grossa (PR), onde se realiza cinesioterapia específica para os quadros apresentados. As pacientes foram avaliadas utilizando a Escala visual analógica (EVA) em cinco momentos distintos. Na presente pesquisa, com um período reduzido de aplicação da auriculoterapia foi possível constatar expressiva melhora no grupo de pacientes com registros de diminuição das algias.

Palavras – Chave: Coluna, PSF, Auriculoterapia.

 

INSURANCE OF AURICULOTHERAPY IN ACTIVITIES IN A GROUP OF CHRONIC CHRONICLES OF COLUMN AT PSF

 

Abstract: The purpose of this study was to identify the efficiency of auricular therapy in the relief of conical pains of patients who participate in the group of the Health Unit of Ponta Grossa (PR). Auriculotherapy is a complementary therapy that is gaining strength as a coadjuvant in the treatment of conventional medicine. It acts on the microsystem from reflexology mechanisms. Six patients participating in the UBS Ponta Grossa (PR) group participated in the study. Patients will be evaluated using the Visual Analogue Scale (VAS) at three different times. In the present research, with a reduced application of auriculotherapy, it was possible to observe a significant improvement in the group of patients with loss of pain.

Key words: Column, PSF, Auriculotherapy.

 

Introdução

Segundo a Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP), a dor é considerada como uma experiência desagradável, sensitiva e emocional, associada ou não ao dano real ou potencial de lesões dos tecidos e relacionada com a memória individual e também com as expectativas e as emoções de cada indivíduo, podendo ser aguda ou crônica (CELICH, GALON, 2009).

A dor é classificada como aguda ou crônica. A dor aguda ocorre de forma súbita para alertar o indivíduo ao perigo de uma possível lesão. A dor crônica ocorre com duração maior de seis meses e pode ultrapassar o período usual de recuperação esperado para a causa desencadeante da dor (CELICH, GALON, 2009).

A dor está entre os principais fatores limitadores da possibilidade do indivíduo manter seu cotidiano de maneira normal, impactando negativamente na qualidade de vida, prejudicando de algum modo à realização das atividades de vida diária (CELICH, GALON, 2009).


MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma técnica milenar. Afirma que a doença é sempre uma desorganização ou desarmonização da energia funcional que controla e dinamiza os órgãos. Esses padrões de desarmonia são mudanças patológicas internas e externas associadas, ou seja, clima, emoções e estilo de vida (FERNANDES; FAGÁ, 2010)

A partir destes conceitos existem três teorias básicas: a teoria do Yang/ Yin, dos cinco elementos e dos Zang Fu (órgãos e vísceras). Ambas baseiam se nos fatores que causam as doenças, diagnóstico, tratamento e prevenção (LUZ, 1999).

Os “órgãos” denominam-se de “Zang” e as “vísceras” são denominadas “Fu”. Os cinco Zang (órgãos) são: o Coração, o Fígado, o Baço, o Rim, o Pulmão. Os seis Fu são: o Intestino Delgado, o Estômago, o Intestino Grosso, a Bexiga, a Vesícula Biliar, o Triplo Aquecedor (FERNANDES; FAGÁ, 2010).

Segundo Fernandes e Fagá (2010) na visão da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), todas as disfunções e doenças são resultado de um desequilíbrio no corpo.

 

AURICULOTERAPIA

A auriculoterapia faz parte das técnicas da MTC. É a utilização do pavilhão auricular com fins terapêuticos, para avaliação e tratamento das disfunções emocionais, orgânicas e dores em geral. O pavilhão auricular relaciona-se com todas as partes do corpo humano, através da projeção de uma imagem de um feto, cuja cabeça fica localizada no lóbulo da orelha, enquanto as mãos e os pés no cume da orelha (NOGIER, 1998).

 

Figura 1. Modelo da analogia de um feto com a orelha externa

 

Existe a auriculoterapia francesa e a chinesa. Na técnica chinesa é levada em conta a influência dos meridianos que passam próximo a orelha, onde é praticada habitualmente a tonificação e sedação, estimulando determinados pontos para reequilibrar o organismo. São feitos estímulos com pressão (esferas de ouro ou prata, sementes), com pequenas agulhas em forma de espiral ou também estímulos com raio laser ou outros aparelhos que provocam uma pequena descarga elétrica sobre os pontos específicos (SOUZA, 2007).

 

Figura 2. Auriculoterapia Chinesa

 

Com isso, é importante considerar que a busca por terapias complementares como a auriculoterapia e a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) melhorando a qualidade de vida da paciente, aliviando a dores da coluna e tratando o paciente como um todo (corpo, mente, espírito), considerando que é uma técnica de baixo custo e sem efeitos colaterais e acessível à população.

Este estudo teve como objetivo realizar a auriculoterapia em pacientes que participam do grupo de coluna do PSF na UBS, juntamente com os exercícios cinesioterapêuticos focados no tratamento da coluna, visando a melhoria das dores da coluna,  ansiedade,  insônia e depressão, permitindo-lhe uma melhoria das atividades diárias e qualidade de vida.

 

Materiais e métodos

O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, com procedimentos técnicos qualitativos.

Foram convidados a participarem desta pesquisa pacientes que participam do grupo de algias crônicas de coluna de uma ESF dentro da UBS localizada em Ponta Grossa – Paraná mediante autorização, respeitando os seguintes critérios de inclusão: queixa de algia crônica na coluna e estar participando no grupo de algias de coluna da UBS, submetidas a avaliação cinético funcional. Foram adotados como critérios de exclusão, pacientes portadores de doenças que sejam contraindicadas para a prática de auriculoterapia, tais como infecção, feridas ou qualquer outra alteração no pavilhão auricular. Também foram considerados critérios de exclusão, pacientes que se recusem a participar e pacientes que não estejam participando do grupo de coluna na UBS.

A auriculoterapia foi realizada com sementes de mostarda fixadas por um adesivo microporoso permanecendo por no mínimo 3 (três) dias onde a paciente recebeu instrução de estimular os pontos pelo menos 3 (três) vezes ao dia.

Os pontos escolhidos foram: shenmen, ansiedade 1, ansiedade 2, neurastenia, relaxamento muscular geral, simpático e pontos da coluna (cervical, torácica e lombar).

Para análise dos dados da coleta foi realizada média das idades e resultados da escala. Os dados foram apresentados através de gráficos para melhor visualização

 

Resultados e discussão

De acordo com os critérios de inclusão foram selecionadas seis pacientes do grupo que se dispuseram a participar pela UBS, todas do sexo feminino, com idades que variam de 40 a 80 anos.

Das seis participantes, três possuem faixa etária entre 60 a 70 anos, uma entre 40 e 50 anos, uma entre 50 e 60 anos e uma entre 70 e 80 anos, tendo como maior percentual pacientes com idade entre 50 a 70 anos.

A dor, quando presente na vida do idoso, enfraquece e o limita, prejudicando a sua autonomia na realização das atividades de vida diárias, autonomia e independência, bem como limitando sua capacidade de interação e convívio social.

 

ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR – EVOLUÇÃO


Gráfico 1

 

Analisando a escala utilizada no estudo (Escala visual analógica), pode-se observar que o gráfico 1 representa a avaliação realizada sobre o estado atual da paciente desde a primeira aplicação da auriculoterapia até a quinta e ultima aplicação.

Observa-se na primeira aplicação, os valores da EVA citados pelas pacientes estavam entre 8 e 10, indicando dor intensa. Na quinta aplicação, pode-se constatar diminuição da algia, tendo média de valores da EVA entre 4 a 6, indicando dor moderada.

Foram realizadas 5 aplicações de auriculoterapia em cada paciente, uma vez por semana, totalizando período de tempo de aplicação em 5 semanas. Observa-se que houve redução do quadro álgico de todas as pacientes que participaram deste estudo.

O alívio da dor pela auriculoterapia ocorre pela liberação de neurotransmissores. O estímulo da dor pela pressão realizado num ponto de acupuntura promove resposta neuro-humoral do organismo, fazendo com que  as células liberem endorfina, serotonina e encefalina, espécies de analgésicos naturais que propiciam o alívio de dores e a sensação de bem-estar (TOLENTINO, 2016).

CONCLUSÃO

Dentro dos recursos da Fisioterapia, cabe encontrar terapias que, em conjunto com tratamentos especificamente cinesioterapêuticos, proporcionem diminuição das dores na coluna, melhorando as amplitudes de movimento e a qualidade de vida dos pacientes. A auriculoterapia apresenta-se como um sistema terapêutico que se enquadra nesta contribuição.

Na presente pesquisa, com um período reduzido de aplicação da auriculoterapia foi possível constatar expressiva melhora no alívio da dor, esclarecendo que é possível inserir a auriculoterapia dentro do programa da Fisioterapia para a coluna, juntamente com os testes específicos de coluna, exercícios cinesioterapêuticos de forma a controlar a algia e contribuir que o paciente tenha melhora nas amplitudes de movimento e flexibilidade.  Entretanto, sugere-se um período mais longo de tratamento para confirmação dos resultados encontrados.

REFERÊNCIAS

Celich, KLS; Galon, C. Dor crônica em idosos e sua influência nas atividades da vida diária e convivência social. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., 2009; 12(3):345-359

Fernandes, EI.; Fagá, PM. Acupuntura no Tratamento da Náusea e Vômito Pós Quimioterapia no câncer de Mama. 2010. 39p. Monografia (Especialização em Acupuntura). Faculdade de Educação, Ciência e Tecnologia – UNISAÚDE/Centro de estudos Firval de São José dos Campos. 2010.

Luz, MMR. O que o paciente deve saber sobre Acupuntura. Editora: Escola Paulista de Medicina. 1999

Nogier, PMF. Noções Práticas de Auriculoterapia. Editora Andrei. 1998

Souza, MP. Tratado de Auriculoterapia. Brasília. Marcelo Pereira de Souza, 2007.

Tolentino, F. Efeito de um tratamento com auriculoterapia na dor, funcionalidade e mobilidade de adultos com dor lombar crônica. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” unesp instituto de biociências – rio claro. 2016.

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em JANEIRO/2019.

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