gototopgototop

Referência em Fisioterapia na Internet

Referência em Fisioterapia na Internet

Buscador - Artigos

Publicidade

Banner
Banner
Banner
Banner
Incidência de Quedas em Idosos Residentes em Casas de Apoio de União da Vitória - PR Imprimir E-mail
Avaliação do Usuário: / 2
PiorMelhor 


Trabalho realizado por:

Simone Cristina Vieira de Mello Borges.

* Trabalho de conclusão do curso de Fisioterapia das Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu, como critério parcial para obtenção de Grau de Bacharel em Fisioterapia.

Contato: simone.demello@hotmail.com

Orientador:

Prof. Marcos Vinícios Ruski.

 

Resumo

Com o envelhecimento o individuo sofre diversas mudanças em seu organismo e juntamente com as doenças, alteração na marcha, diminuição do equilíbrio e em conseqüência as quedas. O objetivo deste estudo foi verificar o índice de quedas entre homens e mulher num período de novembro de 2009 a abril de 2010, analisar os principais fatores geradores e identificar o índice de quedas. A pesquisa foi realizada em 4(quatro) casas de apoio, localizadas no município de União da Vitória, onde residem 61(sessenta e um) idosos com idade superior a 59 anos. Os dados foram coletados através do formulário constando 16 (dezesseis) itens cada, onde foram registradas as possíveis causas das quedas. O Formulário foi preenchido pelo responsável do local no dia da visita, pois a maioria dos idosos sofrem de distúrbios que impossibilita a resposta adequada das questões.Ao final do período de estudo e acompanhamento, foram registrados apenas 9 (nove) quedas.Estas, aconteceram 100% em ambiente interno das casas, onde em 44% dos casos quando estavam  deambulando e outros 77% ocorrem por motivos relacionados ao comprometimento da saúde do idoso. Como resultado do estudo, ficou evidenciado que a incidência de quedas entre os idosos residentes em casas de apoio é baixa, isso é conseqüência do apoio prestado pelos profissionais de fisioterapia a estas casas, que trabalham na reabilitação e na prevenção de quedas.   

Palavras chaves:
idoso, conseqüência do envelhecimento, queda.


Abstract

In the old age, the Human Being suffer several changes in his organism and together with this changes, to emerge illness, alteration of march and reduction of equilibrium and consequently the falls. The objective this study was verify the index of falls between men and women, in period of November of 2009 until April of 2010, to analyse the main generate factor and identify the index of falls. The search was accomplished in 4 (four) support’s houses, located in the city os Uniao da Vitoria-PR, where live 61(sixty-one) elderly, with age superior at 59(fifty-nine) years old. The information were collected through of form with 16(sixteen) itens each one, where  it was registered cause possible of falls. The form was accomplished for responsible person by place on day of visit, because the majority of elderly suffer of mental disorder, that prevent them of respond appropriately the questions. At end of period of study and accompaniment, was registered only 9 (nine) falls. This falls, happened  100% in the home environment, where in 44% of cases it occurred when they had walking and others 44% happened for motives related at health of elderly. How result of study became evidenced that the frequency of falls between the old resident in support’s houses is low and it is consequency of support served by professionals of physiotherapy for this houses, they worked in rehabilitation and prevention of falls.

Key words: Elderly, consequency of old age and falls.


1 Introdução


O envelhecimento é uma fase natural da vida, onde o organismo sofre vários transtornos devido às doenças, que vem associada com a perda do equilíbrio, diminuição da força muscular e também os problemas que causam alterações na memória.

Assim o envelhecimento descreve as mudanças ocorridas ao longo da vida, comprometendo a capacidade de resposta do nosso corpo aos problemas ambientais.

Freitas et al (2002, p.19) relata que: “estudos de mudanças relacionadas com a idade em primatas de laboratório sugerem que os números e os tipos de linfócitos mudam com a idade. A hipótese básica é que essa diminuição qualitativa e quantitativa se dá à involução inicial e ao envelhecimento do timo”.

Ao longo da próxima década, vamos testemunhar um crescimento no número e na proporção de idosos devido à redução na taxa de mortalidade infantil, à maior expectativa de vida e à melhora das condições de saúde (GALLO et al, 1999).
A capacidade de mobilidade de um idoso está diretamente ligada as suas capacidades de exercer as AVD`s. Portanto, a avaliação do equilíbrio e da marcha é critica (GALLO et al, 1999).

O controle postural ou equilíbrio pode ser definido como o processo pelo qual o sistema nervoso central (SNC) gera os padrões de atividade necessários para regular a relação entre o centro de massa (CdM) e a base de suporte (BdS)  (FREITAS et al, 2002).

Contudo, o trauma é apenas uma das conseqüências da falta de equilíbrio: onde um grande número de idosos convive diariamente com o medo de cair, a ponto de se tornarem recluso a seus próprios domicílios, limitando suas atividades físicas (GUIMARÃES, CUNHA, 2004).
Queda é um evento não intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais abaixo em relação a sua posição inicial (SIQUEIRA, 2008).

Segundo Barbosa (2001) “além das doenças e medicamentos que são considerados fatores intrínsecos, existem os fatores de risco extrínsecos, entre eles estão: iluminação inadequada, piso escorregadio, objetos, móveis em locais inapropriados, escadas, rampas e banheiro sem as devidas adaptações”.

Para Coelho Fabrício (2003) as lesões mais freqüentes de quedas foram: “de fêmur (62% das fraturas), seguidas pelas de rádio (12,5%), clavícula (6,25%) e outras, como coluna, úmero, escápula, patela e nariz. Após a ocorrência de fraturas, a conseqüência mais citada foi o medo de voltar a cair (44%)”.

A redução do risco de quedas e lesões deve ser ponderada em contraposição a uma diminuição da independência do indivíduo. Também o sucesso de um plano terapêutico é muitas vezes dependente do envolvimento dos familiares ou dos cuidadores, bem como do próprio paciente (FREITAS et al, 2002).


1.1 Justificativa

Em termos psicológicos, o envelhecimento é considerado o desenvolvimento do indivíduo dentro de papéis e expectativa específicas de cada idade e determinados culturalmente. Um exemplo de envelhecimento é a perda de neurônios no cérebro relacionada à idade, enquanto estados patológicos consistem em grande deficiência da memória, malignidade, catarata, e acentuado enrugamento da pele (REBALATTO; MORELLI, 2007).

O desequilibro é mais um dos fatores que afeta os idosos, pois devido ás doenças que aparecem com a idade, os mesmos acabam perdendo a sua força muscular e sua amplitude de movimento, e com isso acabam ficando mais propícios a quedas.
A queda é um dos fatores que impossibilita o idoso a exercer suas atividades normais, pois assim o medo de possíveis quedas, leva o mesmo á dependência de aparelhos de auxilio a marcha, onde o paciente se torna dependente e muitas vezes acabam se privando da sociedade (CRISTOFOLETTI, 2006).

Com isso podemos observar que além das causas ambientais e também das doenças, muitos dos idosos perdem a instabilidade devido o tratamento medicamentoso. Assim, nosso objetivo com o seguinte trabalho seria demonstrar o índice de quedas entre os idosos, para que possamos dar uma ênfase maior a este problema de saúde publica.


1.2 Problema

Diante disso, chegou-se ao seguinte problema de pesquisa: é possível verificar a incidência de quedas em idosos residentes em casas de apoio de União da Vitória?


1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral


•    Apontar a incidência de quedas em idosos residentes em casas de apoio de União da Vitória-PR.


1.3.2    Objetivos específicos


•    Verificar o índice de quedas entre homens e mulher em cada casa de apoio, num período de novembro de 2009 a abril de 2010.
•    Analisar os principais fatores que ocasionaram as quedas através do formulário.


2  Referencial Teórico


2.1 Envelhecimento

Freitas et al (2002, p.128) salienta que: “O envelhecimento normal engloba um declínio gradual nas funções cognitivas, onde processos neurológicos se alteram com a idade. As perdas de memória, que se reflete em dificuldade para recordar nomes, números de telefones e objetos guardados, são as que mais chamam a atenção das pessoas”.

É bastante comum encontrar caracterizações de alterações do processo de envelhecimento normal como sendo um estado patológico. Assim é fundamental o esclarecimento de duvidas a essas questões, conceituando como senescência as alterações próprias do envelhecimento natural e senilidade as alterações produzidas pelas várias afecções que podem acometer o idoso (REBELATTO; MORELLI, 2007).

O envelhecimento pode também ser conceituado como um processo dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas como funcionais bioquímicas e psicológicas que determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente (CARVALHO FILHO; PAPALÉU NETO, 2004).

O envelhecimento pode ser classificado por cada faixa etária:

•    Meia Idade: O período da meia idade engloba a segunda metade da carreira de trabalho de uma pessoa; os principais sistemas biológicos mostram uma perda da função de 10 a 30%, relativamente aos valores máximos observados quando essa pessoa era um jovem adulto (40 a 65 anos).
•    Velhice: A velhice, geralmente, refere-se ao período imediato após a aposentadoria. Existe um pouco mais de perda da função, mas não ocorre nenhum grande dano à homeostasia (65 a 75 anos, descrita como início da velhice).
•    Velhice Avançada: O indivíduo percebe um dano substancial das funções quando assume muitas atividades diárias; entretanto, o indivíduo ainda consegue ter uma vida relativamente independente (75 a 85 anos, descrita como velhice “mediana”).
•    Velhice muito Avançada: Neste estágio, cuidados institucionais, ou de enfermagem ou ambos, são geralmente necessários (acima de 85 anos) (SHEPHARD; ROY, 2003).

Acredita-se que cada espécie de vida apresente uma duração máxima de vida que seria determinada pelo seu padrão genético. No entanto, a avaliação da herança genética é difícil, pois o envelhecimento é um processo complexo, soma de vários fatores que agem durante a vida (CARVALHO FILHO; PAPALÉU NETO, 2004).

Siqueira (2008) salienta que:

O aumento da expectativa de vida nos países em desenvolvimento tem provocado preocupação com a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos. A população idosa (65 anos de idade ou mais) no Brasil vem crescendo de forma acelerada e tende a aumentar nas próximas décadas, gerando mudanças estruturais mais rápidas e profundas do que a ocorrida nos países desenvolvidos. Estima-se que no Brasil o número de idosos chegará a 32 milhões no ano de 2020. Recentemente, o Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu a atenção ao idoso como uma de suas prioridades.

Os idosos que vivem em asilos, casas geriátricas e clínicas apresentam características importantes que podem ter uma alteração ainda maior no processo de envelhecimento, entre eles estão: o aumento de sedentarismo, perda de autonomia, ausência de familiares, que contribuem para o aumento das prevalências das morbidades e co-morbidades relacionadas à autonomia (SIQUEIRA, 2008).
Todo idoso precisa viver em um ambiente domiciliar diferenciado, assim é preciso doze princípios de domicilio ambiental para funcionamento de asilos que abrigam idosos demenciados:

•    Assegurar a privacidade;
•    Dar oportunidade pra interação social;
•    Dar oportunidade para exercício de controle pessoal, liberdade de escolha e autonomia;
•    Personalizar tratamento, objetos e locais;
•    Facilitar a orientação espacial;
•    Garantir a segurança física;
•    Facilitar o acesso a equipamentos e o seu funcionamento no dia-a-dia;
•    Propiciar um ambiente estimulador e desafiador;
•    Facilitar a discriminação de estímulos visuais, táteis e olfativos;
•    Na medida do possível, planejar ambientes bonitos e agradáveis;
•    Adaptar o ambiente ao atendimento de novas necessidades;
•    Tornar o ambiente mais familiar por meio de referências históricas, objetos familiares, e contato com a natureza (LAWTON apud REBELATTO; MORELLI, 2007),

A velocidade exata do envelhecimento depende da herança genética, modificada pelas circunstâncias, tais como os bons tratos dados desde cedo, o comportamento (estilo de vida) e o ambiente (CONI et al, 1996).

Durante o envelhecimento a pessoa apresenta uma perda em estatura, a qual tem uma ordem de um cm por década e começa a estabelecer por volta dos 40 anos de idade. Segundo alguns autores essa perda se deve á diminuição dos arcos do pé, ao aumento das curvaturas da coluna vertebral devido á perda de água dos discos intervertebrais decorrente dos esforços de compressão a que são submetidos (REBELATTO; MORELLI, 2007).

A incidência de baixa acuidade visual também aumenta com a idade, especialmente por volta dos 75 anos de idade. As doenças mais freqüentes por essas alterações são Erros de Refração, Catarata, Retinopatia Diabética, Glaucoma e a Degeneração Muscular (JACOBI FILHO; AMARAL, 2005).

Os idosos são acometidos por grandes alterações físicas, a qualidade da pele, o embranquecimento e perda dos cabelos corporais. As pessoas idosas tendem a estar em pé com os joelhos e os quadris flexionados e encurvados. O andar é vagaroso com os passos mais curtos, de base alargada e movimento de braços reduzidos (CONI; DAVISON; WEBSTER, 1996).

A relação entre alteração da marcha e a ocorrência de quedas ainda é complexa, mas modificações na locomoção constituem um importante fator de risco para tombos. A marcha alterada constitui um fator de risco importante, com risco relativo médio de 3,0 (GUIMARÃES; CUNHA, 2004).


2.2 Marcha


A marcha humana é considerada como um transporte seguro e eficiente do homem no espaço terrestre, e também está entre os atos motores mais automatizados; a seqüência de eventos que geram o andar é altamente repetitiva de ciclo após ciclo e também entre diferentes sujeitos (CARVALHO; TANAKA, 2006).

Durante um ciclo da marcha, um dado pé está em contato com o solo (fase de apoio do ciclo da marcha), ou no ar (fase de balanço). A duração do ciclo da marcha de qualquer dos membros se da no momento em que o calcanhar faz contato com o solo (chamado golpe do calcanhar) até o momento em que o mesmo calcanhar faz contato com o solo (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997).

As fases de apoio e balanço de uma marcha normal podem ser divididas em subfases:

Fase de apoio:

1.    Contato inicial: contato do calcanhar ao solo.
2.    Aplainamento do pé: quando o restante do pé entra em contato com o solo.
3.    Médio apoio: quando o membro colateral em balanço passa à fase de apoio.
4.    Retirada do calcanhar: quando o antepé suporta todo o peso.
5.    Retirada dos dedos: quando o restante do pé sai do contato com o solo.

Fase de balanço:

1.    Fase de laceração: balanço inicial.
2.    Fase de balanço médio: correspondente ao apoio médio, quando os dois pés estão lado a lado.
3.    Fase de desaceleração: balanço terminal (CARVALHO; TANAKA, 2006).

Alguns padrões anormais da marcha são:

•    Apráxica: grande dificuldade de iniciar a marcha, pacientes com hidrocefalia ou doença cerebral difusa.
•    Marcha cruzada: pacientes com espasticidade bilateral nas pernas, com circundução a partir de ambas as pernas, produzem uma marcha em tesoura.
•    Marcha de passos pequenos: Parkinsonismo, velocidade reduzida, postura encurvada, oscilações deficiente dos braços, dificuldade em iniciar ou para a marcha, quando deambulam parecem cair para frente.
•    Marcha de base ampla: os pés são afastados para tentar ajudar o equilíbrio, daí a capacidade de caminhar com o calcanhar encostado à frente dos dedos, referindo perda da propriocepção (ataxia sensitiva), perda da coordenação (ataxia) (FULLER; MANFORD, 2002).

A marcha é dependente da capacidade de vários órgãos, especialmente os sistemas neurológico, músculo-esquelético e cardiovascular. A principal tarefa de controle motor durante a marcha envolve o controle do corpo durante os períodos de apoio unipodal. Esse período está diminuído em idosos, embora represente 74 a 80% do ciclo da marcha (FREITAS et al, 2002).

Pacientes com histórico de quedas atribuídas a marcha tem maior probabilidade de apresentarem hipodensidades identificadas na tomografia computadorizada do crânio. Entre as causas mais comuns de alteração da marcha merecem destaques as doenças de transtornos sensoriais, mielopatias, multi-infartos e doença de Parkinson (GUIMARÃES; CUNHA, 2004).

Os idosos após os 60 a 65 anos de idade tem a tendência de andar com o ritmo mais lento, confortável, com velocidades rápidas sendo efetuadas mais pelo aumento da cadência do que da extensão da passada. As execuções articulares e o comprimento da passada podem diminuir, e o período de duplo suporte pode aumentar, constituindo assim uma marcha estável (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997).
A dificuldade em transpor obstáculos durante o período de oscilação do ciclo da marcha e o relato de tropeços são situações mais comuns entre os idosos com quedas (GUIMARÃES; CUNHA, 2004).

A marcha pode estar dificultada no idoso por diversas razões: doenças físicas ou psíquicas, o próprio envelhecimento, ou razões sociais. Quando a marcha está bem acometida, é necessário, ou recomendável, a utilização de um meio de auxilio como, bengalas, muletas, andadores e outros (RUIPÉREZ; LLORENTE, 2002).

As doenças reumatológicas como a artrose ou a artrite reumatóide provocam quedas pela alteração da marcha, a dor ou a rigidez que as acompanham (RUIPÉREZ; LLORENTE, 2002).

A maior probabilidade dos idosos a sofrerem quedas se deve á alta prevalência de comorbidades presentes nessa população, associada o declínio funcional, aumento do tempo de reação e diminuição da eficácia de estratégias motoras do equilíbrio corporal; fenômenos característicos do processo de envelhecimento (REBELATTO; MORELLI, 2007).


2.3 Equilíbrio

A capacidade de andar com liberdade e segurança é o que a maioria das pessoas tem como coisa natural. As boas coisas da vida, como, por exemplo, a capacidade de andar sem esforço e sem pensar, só é apreciada quando ameaçadas ou perdidas (CONI; DAVISON; WEBSTER, 1996).     
A manutenção de uma postura ereta está vinculada à atuação de um grupo de fatores: ação muscular antigravitacional, propriocepção, informações visuais e do sistema vestibular, e a integração de todos eles no sistema central (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETO, 2004).

Como o equilíbrio depende dos sistemas sensoriais múltiplos, qualquer falha em um dos sistemas envolvidos pode causar desequilíbrio postural e, consequentemente, quedas. Este, provavelmente, é um dos mecanismos responsáveis pelo aumento da incidência de queda em idosos, podendo haver um declínio na capacidade de detectar e controlar a oscilação para frente e para trás do corpo (REBELATTO et al, 2008).
Segundo Christofoletti (2006):

O fato de os seres humanos serem bípedes e de se locomoverem com fases de apoio unipodal (deambulação), sem nenhum contato (corrida), ou permanecer parado com o contato de ambos os pés (ortostatismo), cria um desafio adaptativo aos sistemas que controlam o equilíbrio, tornando-se necessárias informações contínuas sobre a posição e o movimento de todas as partes do corpo. O controle da posição do corpo no espaço, como forma de promover estabilidade e orientação, é denominado de controle postural.

O sistema sensorial é o primeiro componente fisiológico no controle do equilíbrio, que é constituído também por três sistemas:

•   Visual: o qual fornece informações sobre o ambiente, localização, direção e velocidade de movimento do indivíduo; vestibular, é um sistema de receptores que fornece informações sobre o movimento da cabeça; e somatossensorial que fornece informações relacionadas ao contato e á posição do corpo por meio dos receptores cutâneos, musculares e articulares.
•    Processamento Central: é uma resposta postural automática provocada por situações nas qual o corpo é conturbado por um evento externo, como num deslizamento sobre um tapete.
Componente Efetor: o qual possui fatores de movimento, torque e força muscular, alinhamento postural, flexibilidade e resistência (LAWTON apud REBELATTO; MORELLI, 2007).

A parte vestibular (equilíbrio) do ouvido demonstra um declínio funcional menos severo que a parte coclear (a de ouvir). As queixas de tonturas em sujeitos mais velhos, afetam 40% dos homens e 60% das mulheres que passam de idade dos 65 anos (CONI; DAVISON; WEBSTER, 1996).
A estabilidade postural é alcançada através do repouso (equilíbrio estático), do movimento estável (equilíbrio dinâmico) ou pela recuperação da postura estática (equilíbrio recuperado). Nessas situações, o centro de massa do corpo deve estar projetado dentro dos limites da base de apoio e se faz fundamental a integração das informações sensoriais com os sistemas neuromusculares (CHRISTOFOLETTI, 2006).


3.1.1 Equilíbrio estático:


Equilíbrio estático é caracterizado por forças e torques balanceados (sem forças e sem torques efetivos). Sempre que um corpo fica completamente imóvel, encontra-se em equilíbrio estático (HALL, S.J., 2005)

No equilíbrio estático, a base de suporte se mantém fixa enquanto o centro de massa corporal se movimenta. Neste caso, o senso de equilíbrio deve manter o centro de massa corpórea dentro da base de suporte (REBELATTO et al, 2008).


3.1.2 Equilíbrio dinâmico:

Os corpos em movimento são considerados como encontrando-se em estado de equilíbrio dinâmico, com todas as forças resultando em forças inerciais iguais dirigidas em sentidos opostos ( HALL, S.J., 2005).

Em uma situação de equilíbrio dinâmico, tanto o centro de massa quanto a base de suporte se movimentam e o centro de massa jamais se alinha à base de suporte durante a fase de apoio unipodal do movimento (REBELATTO et al, 2008).

Os distúrbios da marcha e do equilíbrio prevalecem entre os idosos. Onde 85% dos indivíduos com idade entre 65 a 69 anos mencionam não possuírem dificuldades da marcha, somente em torno de 66% daqueles entre 80 a 84 anos e 51% acima de 85 anos são capazes de deambular sem limitações (FREITAS et al, 2002).

Desequilíbrio ou instabilidade da postura é um dos marcadores do idoso frágil, e são geralmente secundários a vários problemas de saúde, levando em conta problemas psíquicos e ambientais. É também um dos principais fatores de risco para quedas, que na terceira idade adquire etiologia multifatorial, sendo causa de medo de cair, isolamento social, lesões corporais, internações e morte (JACOBI FILHO; AMARAL, 2005).


2.4 Quedas

As quedas e suas conseqüências se fazem presentes em todas as épocas da vida, porém é encarado mais explicitamente como um problema na idade mais avançada, ou seja, os idosos são os mais acometidos (FREITAS et al, 2002).

Segundo Tinetti apud Coutinho (2002) explica que: As quedas entre pessoas idosas constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde pública devido à sua alta incidência. Aproximadamente 30% das pessoas de 65 anos ou mais caem pelo menos uma vez a cada ano.

A maior susceptibilidade dos idosos a sofrerem lesões decorrentes de quedas se deve a alta prevalência de comorbidades, associada ao declínio funcional, aumento do tempo de reação e diminuição da eficácia estratégia motora do equilíbrio corporal; fenômeno característico do processo de envelhecimento (REBELATTO; MORELLI, 2007).

A gravidade dessas quedas na população idosa significa mais do que uma questão de freqüências; pois os idosos debilitados estão predispostos a sofrerem lesões graves (GALLO et al, 2001).

Muitas vezes as quedas não são relatadas espontaneamente, devendo ser interrogadas na anamnese geriátrica. As causas são diversas, intrínsecas ou extrínsecas (ambientais), geralmente de etiologia multifatorial (BARBOSA, 2009).

Para Cunha, Guimarães apud Coelho Fabrício (2003): “a queda se dá em decorrência da perda total do equilíbrio postural, podendo estar relacionada à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e osteoarticulares envolvidos na manutenção da postura”.

Alterações fisiopatológicas características de algumas doenças também são responsáveis por quedas na população idosa. Entre elas, destacam-se as síndromes cerebelares, as vestibulopatias, os distúrbios osteomioarticulares e as patologias neurodegenerativas (CHRISTOFOLETTI, 2006).                                              

Cerca de 40% das quedas envolvem algum tipo de interação com um ambiente perigoso. Cerca de 10% estão relacionadas a quadros clínicos agudos, tais como pneumonia ou insuficiência cardíaca congestivas, apesar de alguns classificarem esse episódio como mulifatorial (GALLO et al, 2001).

Os idosos que vivem em asilos, casas geriátricas e clínicas apresentam características importantes como aumento de sedentarismo, perda de autonomia, ausência de familiares. Devido os agravos de quedas e o elevado custo social e aumento da dependência acabam em um asilo (SIQUEIRA, 2008).

A elevada incidência de fraturas reforça esta afirmativa, mas o trauma é apenas uma das seqüelas da falta de equilíbrio: muitos idosos com quedas convivem diariamente com o medo de cair, limitando progressivamente suas atividades (BARBOSA, 2009).

Cerca de 5% das quedas resultam em fraturas ou hospitalizações, e menos de 1% resulta em uma fratura do quadril. As fraturas mais comuns são as fraturas do úmero, do punho e da pelve (BARBOSA et al, 2001).

Freitas et al (2002, p.630) salienta que:

A maior parte das quedas ocorre em horas de atividade máxima no dia, e somente 20% ocorrem à noite. Nos meses de inverno e dias mais frios há um aumento da incidência de quedas em mulheres. Aproximadamente 65% das mulheres e 44% dos homens caem dentro de casa, e cerca de 25% dos homens e 11% das mulheres, no jardim de suas residências. As quedas ocorrem nos cômodos mais utilizados quartos, cozinha e sala de jantar.

Aproximadamente 10% das quedas ocorrem nas escadas, normalmente por elas serem pouco iluminadas ou não equipadas com corrimões, alem da deficiência visual do idoso ou da utilização de lentes bifocais (GALLO et al, 2001).

Os fatores de risco intrínsecos são caracterizados como:

•    Fatores hemodinâmicos: hipotensão ortostática, arritmias cardíacas, hipersensibilidade do seio carotídeo, lesões valvares, estados de hipovolemia;
•    Uso de Drogas: hipotensores, antiarrítmicos, hipnóticos, ansiolíticos, neurolépticos, hipoglicemiantes, antidepressivos, anti-Parkinsonianos, anticonvulsivantes;
•    Doenças neurológicas: lesões expansivas intracranianas, hidrocéfalo de pressão normal, doenças cerebrovasculares, neuropatias periféricas / doença de Parkinson e outros tipos de Parkinsonismo, quadros demenciais, estados depressivos;
•    Desordens neurosensoriais: alterações da visão, da propriocepção e labirintopatias;
•    Doenças osteomusculares: osteoartrose (joelhos e quadril), afecções dos pés, fraqueza muscular, miopatias, atrofias musculares, transtornos cervicais degenerativos (BARBOSA, 2009).

As pessoas que caem experimentam o medo de novas quedas. A perda de confiança decorrente em restrições de atividades representa um fator significativo para a transferência da vitima para um ambiente mais limitado e supervisionado como uma casa de repouso (FREITAS et al, 2002).

No Brasil, entre os anos de 1979 e 1995, cerca de 54.730 pessoas morreram devido a quedas, sendo que 52% delas eram idosos, com 39,8% apresentando idade entre 80 e 89 anos (FABRICIO, 2003).

Um evento letal diretamente relacionado com uma queda ocorre em aproximadamente dois por 1000 sujeitos com mais de 65 anos de idade por ano, sendo maior em homens que em mulheres. Quase todas as mortes são decorrentes de fraturas de colo de femoral (FREITAS et al, 2002).     

As quedas, além de produzirem importante perda da qualidade de vida nos idosos, exigem uma atenção redobrada dos familiares, onde irá mudar toda sua rotina em função da recuperação ou adaptação do idoso após a queda (COUTINHO, 2002).     

Muitos perigos podem ser evitados através de iluminações adequada, corrimões e barra de apoio, pisos com a superfície não-escorregadia e a remoção de obstáculos. As áreas de alto risco como banheiro e escadas devem exercer uma atenção especial (GALLO et al, 2001).
Segundo Gallo et al (2001, p. 558) salienta que:

Uma instrução cuidadosa, seguida de assistência domiciliar, fisioterapia ou terapia ocupacional, pode ser útil, melhorando a obediência às recomendações. Os pacientes também devem ser alertados a evitar atividades claramente perigosas e provavelmente desnecessárias, como subir em escadas de serviços, bancos ou poltronas e caminhar no gelo.

É importante lembrar que, embora muito possa ser feito para reduzir o risco de quedas em populações e indivíduos, não é possível prevenir todas as quedas, pois a independência e a qualidade de vida do paciente idoso devem ser os contrapesos na balança proteção e independência (FREITAS et al, 2002).


3 Metodologia


3.1 Tipo de pesquisa

Esta pesquisa segue um modelo de campo, de caráter descritivo e exploratório, com analise quanti-qualitativa das variáveis.

Para Maconi; Lakatos (2006, p.189) uma pesquisa de modo descritiva é onde: “Utilizam várias técnicas como entrevistas, questionários, formulários etc. e empregam procedimentos de amostras”.

Segundo Oliveira (2002, p.134) pesquisa exploratória é: “Ênfase dada à descoberta de práticas ou diretrizes que precisam modificar-se e na elaboração de alternativas que possam ser substituídas”.

Essa pesquisa caracteriza-se como quanti-qualitativa, onde segundo Righes et al (2007, p.3) “Uma pesquisa pode ser quanti-qualitativa ao mesmo tempo. Ambas as abordagens podem ser usadas conjuntamente em estudos mistos, quando o objetivo é fornecer mais informações do que poderia obter utilizando apenas um dos métodos isoladamente”.


3.2  População e amostra


Constou de 61 idosos, com idade acima de 59 anos, que sofreram quedas e residem nas casas de apoio de União da Vitória,

3.2.1 Critérios de inclusão


Foram incluídos idosos de ambos os sexos, com idades superiores há 59 anos, formando um total de 61 idosos que residem nas casas de apoio de União da Vitória-PR.

3.2.2 Critérios de exclusão


As casas de apoio não abrigam somente idosos e sim dependentes químicos e alcoólatras, assim foram excluídos da amostra 31 indivíduos, pois os mesmos possuíam idades inferior a 59 anos.

3.3    Coleta de dados

A pesquisa realizou-se no final de outubro, com uma breve conversa com os responsáveis em cada casa de apoio, onde foi esclarecido o objetivo do trabalho a ser realizado. Assim foram deixados para cada responsável formulários, onde os mesmos estariam coletam alguns  dos pacientes que sofreram quedas durante o mês.

Na primeira semana de dezembro a pesquisadora passou em cada casa de apoio,  conversando com tempo máximo de 30 minutos, para analisar e esclarecer juntamente com os responsáveis as 15 questões do formulário, após o mesmo era recolhido. Estas visitas foram realizadas sempre na primeira semana do mês seguinte ao da coleta, tendo como inicio na primeira semana de dezembro e término em maio. Já a coleta dos dados iniciou-se em novembro até abril, dando um total de seis meses.

O formulário (anexo 3) usado na coletas dos dados abordou questões como: faixa etária, número de pessoas que residem com a pessoa idosa, se possui alguma patologia, o número de medicamentos que toma continuamente, se necessita de aparelho de auxílio à marcha, o número de quedas que teve entre novembro de 2009 a abril de 2010, o motivo e o local da queda, a atividade que realizava no momento da queda, se teve alguma fratura decorrente da queda, a maior dificuldade depois da queda, se sente medo de cair e quando, se sai para realizar atividades de lazer, se pratica exercícios físicos, a situação ocupacional atual e se teve assistência fisioterapeutica depois da queda.

Além dos dados do formulário, foi analisado o índice de quedas entre homens e mulheres, e o índice de quedas em cada casa de apoio.
As questões foram respondidas pelos responsáveis por cada casa de apoio, não foi optado pelos idosos responder, pois muitos possuem doenças que afetam a memória e assim não conseguiriam responder adequadamente as questões.

3.4 Aspectos éticos

De acordo com o comitê de ética em pesquisa da instituição, o trabalho corresponde aos aspectos éticos necessários, sendo aprovado neste item com protocolo número 23/2009.

Para a realização do trabalho, foi entregue a cada pessoa responsável pelos idosos, das casas de apoio de União da Vitória, o termo de consentimento Livre e Esclarecido (anexo 01), e o termo de autorização (anexo 02).

4  Análise dos Resultados

A analise foi baseada através do formulário constituído por 16 itens, sendo estes importantes para diagnosticar os principais fatores que ocasionaram as quedas. Após foi verificado qual o índice de quedas entre homens e mulheres e também analisado em qual casa de apoio houve um índice maior de quedas. A pesquisa foi realiza em quatro casas de apoio, onde participaram 61 idosos entre homens e mulheres. Estes itens serão analisados e discutidos individualmente através de quadros e gráficos.

4.1 Formulário.

4.1.1 Faixa etária dos idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas.

Este item teve como objetivo, analisar em qual faixa etária a queda esteve mais presente. Estes dados foram elaborados através da coleta realizada pelo formulário, onde se verificou qual era a idade dos idosos residentes nas casas de apoio de União da Vitória que por algum motivo sofreram quedas.

 

Quadro 01: Faixa etária dos idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas.


Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 01: Faixa etária dos idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número um nos relata que a maior parte dos idosos que sofreram quedas está com idade entre 60 a 69 anos, que teve como porcentagem 44,44%, e com 22,22% está os idosos entre 70 a 80 anos, os idosos que estão com mais de 80 anos a porcentagem foi de 33,33%.

Através da faixa etária observamos que entre os idosos que sofreram quedas e residem nas casas de apoio de União da Vitória, o maior índice de quedas ocorreu em idosos com idade entre 60 a 69 anos, pois a maior parte dos idosos são abandonados e excluídos por seus familiares e pela sociedade muito cedo, muitos residem por longo período nessas casas de apoio. Estes idosos possuem uma vida mais ativa considerando os demais, assim estão sempre tentando fazer alguma coisa, onde muitas vezes não conseguem e acabam caindo.

Os idosos com idade superior a 70 anos sofreram menos quedas, pois estão com a saúde bem comprometida pelas doenças, onde vivem acamados e se encontram restritos em cadeira de rodas, pois devido às doenças neurológicas, muitos não têm noção do que fazer e acabam realizando ações inapropriadas. Devido estar nessa situação, onde se encontram inativos as atividades, estão menos propícios a sofrer quedas.

A cada ano, um terço dois idosos residentes na comunidade com idade acima de 65 anos sofrem quedas. Essa proporção aumenta para cerca da metade na idade de 80 anos. Em média a metade daqueles que sofrem quedas, acontece mais de uma vez (GALLO et al, 1999).

Estudos realizados em comunidades americanas mostram que 30% das pessoas com idade superior a 65 anos caem pelo menos uma vez ao ano, sendo que 40% delas têm idade acima de 80 anos. Além disso, esses estudos mostram que 50% dos idosos que moram em asilos ou casas de repouso já sofreram queda (FABRICIO, 2003).

“As quedas constituem grande causa de morbidade e mortalidade para pessoas com mais de 65 anos. Entre as pessoas com mais de 80 anos, aproximadamente 2/3 das mortes ligadas a lesões são decorrentes de quedas” (REBELATTO; MORELLI, 2007, p.167,168).

4.1.2    Quais as pessoas que residem com os idosos que sofreram quedas nas casas de apoio.

O objetivo deste item foi verificar quais as pessoas que residem com os idosos que sofreram quedas. Como a pesquisa foi realizada em casas de apoio, quem reside com os idosos são outros idosos, ou cuidadores, não vinculados à família, como mostra o quadro a seguir:

Quadro 02: Quais as pessoas que residem com os idosos.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 02: Pessoas que residem com os idosos.
Fonte: autora, 2010.


O quadro nos relata que 100% dos idosos que sofreram quedas moram com outras pessoas não sendo os familiares, por ser casas de apoio.
As casas de apoio abrigam várias pessoas, sendo a casa 1 abrigando somente pessoas do sexo feminino, a casa 2 abriga pessoas de ambos os sexos e idade, e as casas 3 e quatro abrigam somente pessoas do sexo masculino, também de ambas as idades, com qualquer tipo de doenças ou vício. Muitas quedas provêm dos idosos residirem longe de seus familiares, pois isso afeta muito o emocional dos mesmos e acabam ficando deprimidos e inseguros.

Os idosos passam a depender quase exclusivamente de sua vizinhança, de seus amigos, da comunidade, enfim, idosos sem familiares diretos, idosos abandonados pela família, idosos cujos parentes residem longe o suficiente para não manter contatos. Muitas vezes o único lugar alternativo para a sobrevivência são as casas asilares (FREITAS et al, 2002).

Um dos agravos mais importantes nesta faixa etária é a ocorrência de quedas, um problema de saúde pública devido a sua freqüência, as morbidades associadas e elevado custo social e econômico, sobretudo quando ocasiona aumento da dependência e o início da vida em um asilo (SIQUEIRA, 2008).

As diferenças entre a prevalência de quedas podem ser devido a vários fatores que se comportam de maneira diferente entre os diversos países, dependendo das condições de vida, diferenças sociais e culturais entre outras. Outro aspecto é o fato de que nos países desenvolvidos os idosos estão mais sob cuidado dos filhos e, portanto, mais protegidos em relação à ocorrência de quedas (SIQUEIRA, 2008).

4.1.3 Patologias presentes nos idosos que sofreram quedas.

É muito importante verificarmos quais as patologias mais presentes nos idosos, pois várias doenças associadas podem causar um desequilíbrio no organismo, onde as quedas não estão somente relacionadas com o ambiente e sim com as complicações causadas pelas doenças. As doenças podem trazer como conseqüência à fraqueza muscular, as deformidades, as vertigens, a perda da visão, perda do controle motor, perda de equilíbrio, podendo levar o idoso a quedas.

Quadro 03: Patologias presentes nos idosos que sofreram quedas.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 03: Patologias mais freqüentes em idosos.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número 3 nos relata as patologias mais comuns presentes nos idosos que participaram das pesquisas. Assim dos nove idosos que sofreram quedas, foi relatado que 33,33% dos idosos possuem Hipertensão Arterial Sistêmica, 11,11% possuem Diabetes Miellitus, 11,11% sofrem de Doenças Cardíacas, e sobre as doenças Osteo-articulares, Depressão, Osteoporose não teve nenhum relato, pois foi de 0%, já os que possuem outras doenças a porcentagem foi de 11,11%, e aqueles que não possui nenhuma das doenças citada foi de 33,33%. Estes itens estão ilustrados no gráfico número 3.

Durante o envelhecimento o indivíduo sofre vários transtornos em seu metabolismo, e a quantidade de doenças que os acometem é inúmera. Foi observado, que entre os idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas, a maior porcentagem foram de não possuírem nenhuma doenças, pois as quedas foram por motivos ambientais. Muitos idosos que participaram da pesquisa sofrem de Hipertensão Arterial Sistêmica, pois são idosos sedentários, onde não praticam nenhum tipo de atividade física, pois devido as doenças que afetam o equilíbrio e a marcha, ficam muito tempo parado em uma única posição, comprometendo seu equilíbrio.

Um modo de caracterizar a perda de equilíbrio é achar o contribuinte principal pela perda do controle postural, como, por exemplo, diminuição dos sinais sensoriais (visão, propriocepção ou sistema vestibular), diminuição do processamento do Sistema Nervoso Central (demência), ou diminuição da resposta motora (miastenia, osteoartrite)
(FREITAS et al, 2002).

Dentre as doenças que acometem a população idosa destacam-se as síndromes cerebelares, as vestibulopatias, os distúrbios osteomioarticulares e as patologias neurodegenerativas. Nesse último grupo, encontram-se a doença de Parkinson (DP) e a demência de Alzheimer (DA), dentre outras (CHRISTOFOLETTI, 2006).

As doenças que acometem a integração central sensorial e de resposta, como a doença de Parkinson, os acidentes vasculares e os quadros demências, foram associadas a um aumento da incidência de quedas (GALLO et al, 2001).

4.1.4 Número de medicamentos consumido continuamente pelos idosos que sofreram quedas.

O objetivo do seguinte item foi analisar as quantidades de medicamento utilizado por todos os idosos que sofreram quedas, pois como muitos autores citam a utilização de um ou mais medicamentos podem também ter como conseqüências as quedas. Com o passar do tempo o uso continuo de medicamentos pode ocasionar um descontrole no organismo, levando o individuo a adquirir outras doenças, e assim estando mais propícios ás quedas. Dependendo do medicamento, estes podem provocar sonolência, vertigens, favorecendo a quedas. Isto é observado no quadro a seguir:

Quadro 04: Número de medicamentos consumidos continuamente.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 04: Número de medicamentos usados pelos idosos.
Fonte: autora, 2010.


Como nos mostra o quadro, entre a quantidade de medicamentos usados pelos idosos da pesquisa, nenhum faz uso de apenas um medicamento com 0%, sendo o mais comum quatro medicamentos onde 44,44% usam, já o de dois e três medicamentos foram de 11,11%, e os que fazem uso de nenhum medicamento foi de 33,33%.

O gráfico ilustrado nos mostra a quantidade de medicamento que cada paciente toma, verificando que 44,44% dos idosos fazem uso de quatro ou mais.

Os idosos que residem nas casas de apoio e que sofreram quedas são idosos sedentários com várias doenças associadas, e assim necessitam do uso contínuo de medicamentos, onde a maior parte faz uso de quatro ou mais medicamentos. Isso demonstra que o idoso acaba ficando dependente dos medicamentos, tendo como conseqüências mudanças internas em seu organismo, podendo levá-los a quedas.

Já os que não fazem uso de nenhum medicamento, não possuem uma doença que necessite ser controlada com remédios, mas devido o sedentarismo e também por não realizarem nenhum tipo de atividade física, acabam perdendo a amplitude de movimento (ADM), possuindo fraqueza muscular, e assim acabam sofrendo quedas.

As múltiplas patologias que os idosos estão sujeitos são fatores importantes que compõem o quadro geral da maior sensibilidade desse grupo etário a efeitos colateral dos medicamentos e particularmente, maior risco de quedas (FREITAS et al, 2002).

Um aumento na incidência de quedas, que tem como conseqüência lesões ou até mesmo morte, pode ser apenas resultado do abuso de medicação como propósito de controlar pacientes em instituições clínicas ou para pessoas que necessitam de cuidados em longo prazo (REBALATTO, MORELLI, 2007).

O uso de quatro ou mais drogas associadas, em idosos, pode levar a maior risco de queda, devido ao fato de haver forte associação entre as drogas, onde o tratamento com polifármacos traduza uma condição de saúde precária (FABRICIO et al, 2003).

4.1.5 Entre os idosos que sofreram quedas, qual utiliza ou não algum aparelho de auxilio a marcha.

O objetivo do seguinte item foi analisar entre os idosos que sofreram quedas, se os mesmos fazem uso de algum aparelho de auxilio a marcha ou não. Esses aparelhos podem ser andadores, muletas, bengalas e cadeira de rodas. Muitas quedas poderiam ser evitadas com a utilização correta de algum aparelho, pois os idosos possuem muitas alterações na marcha devidas do sedentarismo e as doenças associadas, sendo demonstrada no quadro a seguir:

Quadro 05: Utilização de aparelho de auxílio à marcha.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 05: Idosos que fazem uso de aparelho de auxilio a marcha.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número quatro está nos mostrando que 33,33% dos idosos que sofreram quedas, fazem uso de aparelho de auxilio a marcha, e 66,66% não fazem uso.

Os 33,33% dos idosos que utiliza algum aparelho de auxílio á marcha, possuem doenças que alteram o equilíbrio e a marcha, e com o auxilio de alguns aparelhos, os mesmos se sentem independentes de outras pessoas para se locomoverem, e isso causa uma alta estima maior, pois muitos conseguem exercer suas necessidades de higiene sozinhas.

Como verificamos na pesquisa, relatou-se que a maior parte dos idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas, já utilizariam algum aparelho de auxilio a marcha, pois muitos ainda estão ativos, onde conseguem se locomoverem sozinhos e não necessitam mesmo de algum auxílio, e outros até necessitam, mas ignoram o uso, pois se utilizassem talvez diminuísse o índice de quedas.

Um estudo realizado com idosos asilados no município de Rio Grande (RG) relata que dos idosos que sofreram quedas e utilizam algum auxilio a marcha, teve como resultado onde: 13,5% fazem uso de bengala, 7,2% de andador, 6,1% de muletas, e os que necessitam de alguma pessoa para ajudar na marcha são de 15,0%, aqueles que não utilizam nenhum auxílio, a porcentagem foi de 49,4% (SIQUEIRA, 2008).      

A utilização de uma bengala ou de um andador pode ser útil ás vezes, porém esses aparelhos também podem contribuir para quedas se forem utilizados incorretamente (GALLO et al, 2001).


4.1.6 Qual o número de quedas que houve entre novembro de 2009 a abril de 2010.


Este item teve como objetivo analisar a quantidade de quedas sofridas pelos idosos, e também verificar a porcentagem de idosos que sofreram num período de seis meses. Sendo estas demonstradas no quadro a seguir:

Quadro 06: Número de quedas.
Fonte: da autora, 2010.

 

 

Gráfico 06: Número de quedas.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número 6 nos relata que a quantidade de idosos que sofreram quedas foi 14,75%, já os que não sofreram nenhuma queda foram de 85,24%.

Este resultado foi pouco esperado, pois vários autores nos relatam em estudos, que o índice de quedas entre os idosos é grande, devido o envelhecimento e suas conseqüências.  Neste trabalho o índice de quedas em idosos foi muito pequeno em relação ao trabalho realizado por Gimenes (2009) onde a incidência de quedas foi de 53,65%.

Foi verificado que os idosos residentes nas casas de apoio de União da Vitória, são idosos sedentário, mas apesar de não realizarem atividade física, a maior parte recebe assistência fisioterapeutica. A fisioterapia é realizada com idosos residentes em duas casas de apoio, onde os profissionais abordam um tratamento de reabilitação e prevenção de quedas. Foi relatado pelos responsáveis, que após o inicio do trabalho da fisioterapia, o índice de quedas diminuiu, pois os idosos sentem-se mais seguros ao deambular e ao realizar as suas atividades de vida diária.

Por motivos desconhecidos, alguns idosos entre os que sofreram quedas, se negam a receber assistência fisioterapeutica, e por possuírem alteração na marcha e no equilíbrio, acabam caindo. Verificou-se também que os responsáveis sentiam certo receio ao relatar sobre as quedas sofridas pelos idosos.

A queda é uma dentre outras causas externas que trazem mais problemas aos idosos, sendo considerada por muitas pessoas como um evento normal e próprio do envelhecimento. Espera-se que aproximadamente 30 a 40% das pessoas que vivem em asilos de idosos tenham caído ao solo ao menos uma vez na vida e que cerca de 25% sofrerão uma queda grave a cada ano ( SIQUEIRA 2008).
Siqueira (2007) relata que: “No Brasil, cerca de 30% dos idosos sofrem quedas ao menos uma vez ao ano”.


4.1.7 Motivo das quedas.

Este item teve como objetivo analisar qual foi o principal motivo das quedas, se esta foi ocasionada por algum problema que o idoso teve com o ambiente das casas de apoio, por problemas de saúde ou por alguma outra causa que não foi citado no formulário. Essas causas são importantes, pois através do resultado poderemos verificar quais os itens que devemos dar mais atenção para que possamos diminuir o índice de quedas. A seguir foram demonstrados estes motivos:

Quadro 07: Motivo das quedas sofridas pelos idosos.    
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 07: Motivo de quedas.
Fonte: autora, 2010.


O quadro nos mostra que entre os nove idosos que sofreram quedas, um dos principais motivos das quedas foram os problemas de saúde com 77,77% e com 22,22% estão os problemas ambientais. O gráfico nos mostra a porcentagem dos problemas que ocasionaram as quedas.

Com o envelhecimento o indivíduo está mais propicio a adquirir serias doenças devido os transtornos que o metabolismo sofre. Os idosos que participaram da pesquisa, são idosos sedentário com idade a cima de 60 anos, onde, muitos são abandonados devido às varias doenças associadas, pois os mesmo adquirem muitas alterações até no comportamento. Certas doenças acabam alterando o equilíbrio e a marcha, levando os idosos às quedas, algumas dessas doenças são: Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus, Parkinson e outras.

Os problemas ambientais também contribuem para as quedas, mas com relação a essa pesquisa, as doenças estão com maiores porcentagens, sendo isto devida do sedentarismo notado nas casas de apoio.

Alterações fisiopatológicas características de algumas doenças também são responsáveis por quedas na população idosa. Dentre elas, destacam-se as síndromes cerebelares, as vestibulopatias, os distúrbios osteomioarticulares e as patologias neurodegenerativas (CHISTOFOLETTI, 2006).

Muitos episódios sem causas evidentes são premonitórios de doenças agudas: a queda nestes casos se manifesta como sintoma prodrômico de eventos agudos como pneumonia, infecção urinária e insuficiência cardíaca (BARBOSA, 2009).

As doenças que integram o sistema nervoso central sensorial e de resposta, como a doença de Parkinson, os acidentes vasculares e os quadros demências, foram associadas a um aumento da incidência de quedas (GALLO et al, 1999).

4.1.8    Qual foi o local onde ocorreu a queda.


Através deste item verificou-se qual foi o local que os idosos estavam quando sofreram as quedas. Podendo ser no ambiente interno ou externo das casas de apoio, rua ou calçadas, residência de parentes ou amigos ou em algum outro lugar não citado no formulário.

Quadro 08: Qual foi o local da queda.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 08: Local que ocorreu a queda.
Fonte: autora, 2010.


O quadro oito explica em porcentagens e em números reais os locais que teve um maior índice de quedas, sendo o ambiente domiciliar interno foi o local que teve 100% das quedas e o restante ficou com 0%. Verifica-se no gráfico que, 100% dos idosos institucionalizados sofreram quedas dentro dos locais analisados.

Estes dados obtiveram esse resultado, devido os idosos freqüentarem mais o ambiente domiciliar interno, sendo os mesmos com medo de deambularem em ambiente externo, pela suas irregularidades.

As casas de apoio devem ter uma estrutura diferenciada para abrigar os idosos, como por exemplo, corrimões, rampas, altura dos móveis modificados com facilitações para os idosos, iluminação adequada, pisos antiderrapantes. Devido à falta de recursos financeiros para as reformas, as casas de apoio onde foi realizada a pesquisa não dispõem de todos esses objetivos, pois são lares mantidos por doações e por verbas vindas da prefeitura.

A demanda de cuidadores é muito pequena, pois são lugares que abrigam idosos bem comprometidos, onde são totalmente dependentes, e se não tiver alguém por perto para ajudá-los, realizar suas atividades, acabam por fim caindo. Devido estes motivos, o local interno do asilo teve o maior índice de quedas.

A maioria das quedas foi da própria altura e relacionadas a problemas com ambiente, tais como: piso escorregadio (26%), atrapalhar-se com objetos no chão (22%), trombar em outras pessoas (11%), subir em objetos para alcançar algo (7%), queda da cama (7%), problemas com degrau (7%) e outros, em menores números (FABRICIO, 2003).

Entre os fatores de risco extrínsecos citamos: iluminação inadequada / piso escorregadio / objetos, móveis em locais inapropriados / escadas, rampas / banheiro sem as devidas adaptações (BARBOSA, 2009).

A maior ocorrência do número de quedas no presente estudo ocorreu no ambiente do asilo (63%). O ambiente do quarto foi onde mais ocorreram quedas (23%), o que está de acordo com a literatura internacional e nacional. A maioria destas quedas acontece à beira da cama, quando o paciente está se deitando ou levantando (SIQUEIRA, 2008).

4.1.9    Qual é a atividade que o idoso realizava no momento da queda.

Este item teve como objetivo analisar qual era a atividade que os idosos estavam realizando no momento da queda, pois assim saberemos detectar qual atividade esta causando maior instabilidade entre os idosos da pesquisa, e levando os mesmos a sofrer quedas. Entre elas estão: deambular, sentar/levantar, banhar, limpar a casa ou alguma outra atividade que não contem no formulário. Como verificado no quadro a seguir:

Quadro 09: Atividade realizada no momento da queda.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 09: Atividade realizada no momento da queda.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número nove nos demonstra os valores reais sobre as atividades que os idosos estavam realizando no momento das quedas, onde podemos observar que a maior parte estava deambulando no momento da queda com 44,44%, com 22,22% estão os idosos que caíram quando estavam sentando,levantando ou estavam tomando banho durante a queda, e apenas 11,11% dos idosos estavam realizando alguma atividade diferente dos que contavam no formulário. O gráfico nos demonstra em porcentagens sobre a quantidade de idosos que sofreram quedas quando estavam: deambulando, sentando ou levantando, banhando-se, limpando a casa ou fazendo algo que não relatamos no formulário.

Com estas porcentagens podemos observar que a maior parte dos idosos estava deambulando durante as quedas, pois não conseguem ficar muito tempo parado em um único lugar, e sempre estão tentando andar ligeiro, mas devido às implicações que possuem não conseguem, e pelo piso ser escorregadio ou irregular acabam caindo.

Observou-se também que pelos idosos residirem nas casas de apoio, a maior parte não consegue comprar suas roupas e seus calçados, onde os mesmos são ganhos. O número incorreto de calçados acaba sendo um obstáculo a quedas, pois se o número for maior, o pé fica mais pesado levando aos tropeços, e se for pequeno, acaba formando bolhas, onde a dor causa uma alteração na marcha, levando os idosos a sofrer quedas.

A sensibilidade dos receptores periféricos do sistema vestibular diminui nessa etapa da vida, determinando que tais perdas vestibulares aumentem a possibilidade de o indivíduo oscilar em excesso ou cair, especialmente quando outros sistemas que ocorrem para a manutenção do equilíbrio (como a visão e o sistema somatossensorial) são comprometidos (REBELATTO, MORELLI, 2007).

A marcha vestibular é caracterizada por constante sensação de instabilidade ao caminhar. A marcha tem bases alargadas, com freqüentes tropeços laterais e ligeira tendência a caminhar em direção da disfunção vestibular, seguida de uma correção rápida na direção oposta (FREITAS et al, 2002).

Algumas das causas de risco no ambiente domiciliar frequentemente citadas são assoalhos escorregadios, tapetes soltos, rodapés, pequenos degraus, e banheiras escorregadias (GALLO et al, 2001).

4.1.10    Analisar se o idoso sofreu alguma fratura durante a queda.

O objetivo deste item foi analisar entre os idosos residentes nas casas de apoio, se os mesmos ao caírem sofreram alguma fratura ou não, e se sofreram identificar qual foi o local da fratura, na cabeça, tronco, membros superiores ou membros inferiores. Como visto na tabela a seguir:

Quadro 10: Fraturas ocasionadas pelas quedas.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 10: Incidência de fraturas durante as quedas.
Fonte: autora, 2010.


Podemos verificar no quadro dez que a ocorrência de fraturas entre os idosos da pesquisa, o resultado foi de 0% que tiveram quedas e de 100% que não tiveram fraturas durante a queda.

Como podemos observar na ilustração do gráfico número nove, os idosos residentes nas casas de apoio não tiveram nenhuma fratura quando caíram, pois as quedas foram leves e não foi com gravidade, sendo que essa pesquisa obteve dados diferentes entre outras pesquisas realizadas com quedas, e uma delas foi da pesquisa realizada no Rio Grande (RS) por Siqueira (2008), onde dos 180 idosos que sofreram quedas, 27% sofreram algum tipo de fraturas.

Estes números podem ser explicados pelo motivo que, os responsáveis por cada local, foi quem respondeu as questões, e por motivos desconhecidos podem ter omitidos algumas informações.

Os dados encontrados na literatura sobre quedas resultando em fratura mostram que, em idosos que vivem no Japão, 10% sofrem fratura como decorrência de quedas; estudo realizado na Bélgica indica prevalência de 17% de fratura. As diferenças socioeconômicas e culturais em relação aos idosos podem ser um dos principais motivos da maior prevalência encontrada no presente estudo (SIQUEIRA, 2008).

Entre 10 e 15% dos idosos que caem são acometidos por lesões graves, 2/3 delas fraturas ósseas, sendo a de quadril a mais comum (25%) e de conseqüências devastadoras, com elevada taxa de mortalidade (25% morrem, nos seis primeiros meses após a fratura) e incapacidade para realização das funções habituais (60%) (REBELATTO, MORELLI, 2007).

Na região do quadril as fraturas mais comuns entre os idosos são as do colo do fêmur e as fraturas transtrocanterianas, nos indivíduos idosos estas fraturas ocorrem por traumatismos mínimos, como quedas da própria altura (CARVALHO FILHO, PAPALÉU NETO, 2004).

4.1.11    Qual a maior dificuldade sofrida pelos idosos após as quedas:

Com o presente item foi analisado qual a maior dificuldade após as quedas sofrida pelos idosos residentes nas casas de apoio de União da Vitória. Se os mesmos sentem dificuldade ao andar, sentar/levantar, sair de casa, limpar a casa, atividades de lazer, ou alguma outra atividade não citada no formulário.  

Quadro 11: Dificuldade depois da queda.

Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 11: Dificuldade depois da queda.
Fonte: autora, 2010.


Sobre as dificuldades após as quedas, o quadro número onze demonstra que 88,88% dos idosos sentem medo de sair de casa e 11,11% sentem medo de sentar ou levantar.

O gráfico nos mostra quais as maiores dificuldades que os idosos apresentaram depois das quedas, onde a maior parte dos idosos relatou sentir medo de sair de casa, pois os mesmos sentem medo de cair novamente.

Apesar de não sofrerem fraturas, mas devido às escoriações, os idosos sentem muitas dores nos membros inferiores, e não conseguem elevar muito os pés para deambular. Assim, os idosos relatam sentir dificuldades de sair de dentro das casas de apoio, no caso para passear no jardim, pois os jardins possuem muitos obstáculos, como por exemplo, degraus, raízes de árvores e pedras.

Após as quedas os idosos sentem inseguros em saírem de seus lares. Isto se deve também ao medo de cair, pois as calçadas estão desestruturadas, não sentem seguranças, e as ruas não possuem um lugar de acesso seguro para atravessar. Ao sair de casa os idosos necessitam de um acompanhante, mas por residirem em casas de apoio, fica difícil ter um cuidador para cada idoso, assim dificultando o passeio fora da residência.

Quarenta por cento dos pacientes que caem possuem alguma limitação de atividades, seja por lesões físicas decorrentes ou por medo de queda. Alguns idosos podem não conseguir levantar sem assistência, e corre o risco de desidratação, pneumonia, ulceras de pressão (FREITAS et al, 2002).

As atividades de vida diárias mais prejudicadas após a queda foram deitar/levantar-se da cama, caminhar em superfície plana, tomar banho, caminhar fora de casa, cuidar de finanças, cortarem unhas dos pés, realizarem compras, usar transporte coletivo e subir escadas (FABRICIO, 2003).

As suas complicações das quedas lideram as causas de mortes em pessoas acima de 65 anos e promove deficiência física, psicológica e social, pois leva à dependência e à redução das atividades diárias e da confiança, alterando o estilo de vida desses idosos(

4.1.12    Qual o índice de idosos, que após ter caído uma vez, sente medo de cair novamente e quando sentem medo de cair.

Este item teve como objetivo analisar entre os idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas, quais sentem medo de cair novamente. Dos que sentem medo de cair será analisado qual atividade os mesmos sentem receio de realizar, por medo de cair, como demonstrado no quadro a seguir:

Quadro 12: Medo de cair.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 12: Medo de cair.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 13: Quando sentem medo de cair.
Fonte: autora, 2010.


O quadro nos mostra que 77,77% dos idosos sentem medo de cair e apenas 22,22% não sentem medo. A maior parte dos idosos sente medo de sair de casa (55,55%), pois temem a se desequilibrar e cair novamente, isso se deve pelo motivo das casas de apoio obter jardins com declínio no terreno e pela existência de rampas ou escadas sem corrimões.

Outra porcentagem significante entre os idosos residentes nas casas de apoio foi o medo de cair ao banhar-se (11,11%), por já terem caído nesse local e por ser um lugar escorregadio, ficando mais propicio a quedas. Com 11,11% estão o medo de levantar-se e sentarem-se, esses idosos são aqueles que caíram devidos alguma patologia, que cause tontura, transtorno na marcha ou desequilíbrio como a Diabete a Hipertensão Arterial e Parkinson.

Os idosos sentiriam mais seguros, se tivessem um cuidador sempre ao seu lado, pois assim temeriam menos as quedas, e saberiam que se acontecesse algo, teria alguém por perto para ajudar, mas devido às casas de apoio possuir grande número de idosos, a demanda de funcionários ainda não é suficiente para cumprir as necessidades de cada idoso.

Foi verificado que os idosos quase não fazem uso de aparelho de auxilio a marcha, pois se utilizassem talvez sentissem mais segurança ao deambular, e assim diminuiria o medo de cair novamente.

A metade daqueles dos que sofreram quedas relatam temer a ocorrência de outros episódios, e um em cada quatro deles admite ter limitado as atividades de vida diária (GALLO et al, 2001).

O trauma é apenas uma das seqüelas da falta de equilíbrio: muitos idosos com quedas convivem diariamente com o medo de cair, limitando progressivamente suas atividades (BARBOSA, 2009).

São várias as complicações ocasionadas pelas quedas, entre elas estão mortes, lesões ósseas e de tecidos moles, medo de cair, decúbito de longa duração, imobilismo, redução das atividades e da independência (REBELATTO; MORELLI, 2007).

Vários estudos apontam para uma relação entre equilíbrio e o número de quedas (8, 33) e, além disso, as alterações de equilíbrio nos idosos provocam o medo de cair, o que diminui a participação destes indivíduos em tarefas domésticas e atividades sociais (REBELATTO et al, 2008).

4.1.13 Idosos que saem para praticar alguma atividade de lazer.

Este item teve como objetivo analisar se os idosos saiam de seus lares para realizar alguma atividade de lazer. Onde será mostrado no quadro a seguir.

Quadro 13: Idosos que saem para atividades de lazer.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 14: idosos que saem para atividade de lazer.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número 13 nos mostra que entre os idosos que sofreram quedas, 100% não saem para realizar atividade de laser.

Uma atividade diferenciada seria de grande importância para os idosos, onde poderiam se distrair e aumentar a sua auto - estima, melhorando a qualidade de vida. Mas por residirem em casas de apoio não conseguem sair para realizar qualquer atividade, pois são dependentes de um cuidador, e possuem grandes alterações na saúde, dificultando a saída dos mesmos destes locais.

Encorajar os idosos a permanecer ativos, seja na comunidade ou mesmo no desempenho de atividades básicas da vida diária em uma instituição, leva a uma melhora da auto-estima, do tônus muscular, e do interesse (GALLO et al, 2001).

Programas para a terceira idade têm sido cada vez mais aceitos e divulgados nas sociedades. Estes programas incluem trabalhos manuais, coral, aulas, palestras, passeios, bem como programas de atividade física adaptada para o grupo (FREITAS et al, 2002).

Os ambientes sociais onde as atividades são realizadas e os eventos são desenvolvidos possibilitam para os idosos a opção de escolha, tal como fariam na comunidade externa, da companhia de amigos com os quais sintam compatibilidade (GALLO et al, 2001).

4.1.14    Entre os idosos que sofreram quedas, quantos praticam alguma atividade física.

Neste item foram analisados entre os idosos que sofreram quedas, quais praticam alguma atividade física. A atividade física é muito importante, pois pode atuar na prevenção das quedas. Estes dados serão mostrados o quadro a seguir:

Quadro 14: Idosos que praticam alguma atividade física.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 15: Idosos que praticam alguma atividade física.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número quatorze nos mostra em números reais que, entre os idosos que sofreram quedas 100% não praticam algum tipo de atividade física, e o gráfico nos ilustra as porcentagens.

Os idosos residentes nas casas de apoio de União da Vitória não praticam nenhuma atividade física, pois muitos não conseguem deambularem sozinhos, e as casas não disponibilizam nenhum profissional que se disponha a exercer uma atividade diferenciada com os mesmos. A pratica de uma atividade física diferenciada para os idosos, seria muito importante, pois os exercícios poderiam ser direcionados a prevenir as quedas.

A situação atual dos idosos é aposentada e não tem nenhuma ocupação social, esse também é um dos motivos de estarem residindo em casas de apoio.

A atividade física modesta e regular pode proporcionar aos idosos um aumento da força muscular, da coordenação e do equilíbrio, ocasionam a redução do risco de quedas (GALLO et al, 2001).

O exercício de força muscular é o mais completo dentre os treinamentos físicos, apesar de melhorar a resistência aeróbica. Os problemas gerados pela instabilidade articular, como artrite e quedas, podem ser amenizadas pelo fortalecimento dos músculos inseridos nas articulações (FREITAS et al, 2002).

Para eliminar os riscos de quedas, é necessário um treinamento físico, que deve ser realizado diariamente. Deve-se, portanto, associar a execução de exercícios que podem ser realizados no próprio domicílio com orientação de um fisioterapeuta sob a supervisão dos cuidados (REBELETTO; MORELLI, 2007).

4.1.15 Qual a ocupação atual dos idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas.

É importante analisar a ocupação atual dos idosos, para verificar se algum ainda trabalha. Pois os idosos que realiza alguma atividade, possuem um menor risco de sofrerem quedas. O quadro a seguir nos mostra que:

Quadro 15: Ocupação atual dos idosos.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 16: Situação atual dos idosos.
Fonte: autora, 2010.


O quadro nos relata que 100% dos idosos residentes nas casas de apoio que sofreram quedas não possuem nenhuma ocupação atual e são aposentados. O gráfico está nos mostrando estes resultados em porcentagens.

Muitas casas de apoio não recebem idosos que ainda não possui uma aposentadoria, pois os gastos com remédio e com a saúde dos idosos acabam tendo um custo muito alto, e se não possuírem uma aposentadoria não podem ficar nas casas de apoio ou em asilos. Também devido à idade dos idosos, por lei, todos devem ter sua aposentadoria.

Por outro lado, alguns idosos ajudam no transporte de idosos, alimentação, vestuário, higiene, e na própria instituição, com serviços gerais.
Quando o mau estado de saúde incapacitante para o trabalho é citado como causa da aposentadoria, especialmente aposentadoria precoce, a probabilidade de morte dentro de dois anos da aposentadoria está aumentando em cerca de 4% devida das doenças físicas e da incapacidade funcional (GALLO et al, 2001).

A aposentadoria costuma ter jornada dupla, de modo que vivenciam, mais uma perda de função remunerada do que de trabalho, conservando-se ativas nas tarefas domésticas, enquanto as condições de saúde os permitir (FREITAS et al, 2002).

4.1.16 Qual a porcentagem de idosos que receberam assistência fisioterapeutica após as quedas.

Este item serviu para verificar a porcentagem dos idosos que receberam assistência fisioterapeutica após as quedas. A assistência da fisioterapia é também muito importante, tanto após as quedas quanto na prevenção das mesmas. A fisioterapia pode atuar com um programa diferenciado com os idosos, com exercícios de alongamento, fortalecimento, treino de marcha e treino de equilíbrio, sendo esses exercícios com objetivo e prevenção de quedas, também de qualquer patologia que acometa os idosos.

Quadro 16: Idosas que receberam assistência fisioterapeutica após a queda.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 17: Idosos que realizaram fisioterapia após a queda.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número dezesseis nos mostrou em porcentagem e em números reais a quantidade de idosos que realizaram fisioterapia após as quedas. 44,44% dos idosos realizaram fisioterapia e 55,55% não realizaram fisioterapia após as quedas. O gráfico está ilustrando a porcentagem de idosos que sofreram quedas e que tiveram alguma assistência fisioterapeutica.

Como verificamos, a maior parte dos idosos que sofreram quedas não teve assistência fisioterapeutica, pois as quedas não foram tão graves. Por motivos desconhecidos muitos idoso se recusam a realizar fisioterapia e talvez se realizassem muitas quedas poderiam ser evitadas.

Em uma das casas estudadas existe profissional que atua duas vezes por semana, realizando fisioterapia com os idosos, e em outra casa estão atuando durante três dias na semana, estes são os dois lugares que tiveram índice de quedas. Talvez se estes profissionais não estivessem atuando o índice de quedas poderia ser bem maior.

A fisioterapia é muito importante para os idosos residentes nas casas de apoio, sendo os exercícios realizados de grande importância na prevenção das quedas e das doenças que os acometem. Muitos idosos ficam tristes quando não há sessão de fisioterapia, pois o trabalho realizado não é somente físico e sim com brincadeiras, respeito e dedicação, acabam criando um vínculo de amizade entre profissional e paciente, pois são pessoas carentes que necessitam de carinho e atenção.

O profissional de fisioterapia, por ter a possibilidade de passar mais horas por semanas com os pacientes, conhece suas preocupações, seus anseios e suas angústias, podendo encaminhá-los a outros profissionais que também auxiliam na prevenção da ocorrência de quedas e no tratamento de suas decorrências (REBELATTO; MORELLI, 2007).

O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo, retardar ao máximo a mobilidade, melhorar a flexibilidade dos movimentos, melhora a capacidade cardiorespiratória, melhorar a percepção do próprio corpo, orientar os aspectos posturais, promover o lazer, melhorar a criatividade e espontaneidade (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2004).

A marcha humana é um dos componentes básicos à independência funcional, motivo pelo qual preservar a deambulação e a mobilidade individual na velhice é uma das principais diretrizes dos tratamentos fisioterápicos (FREITAS et al, 2002).

A fisioterapia e a atividade física constituem ferramentas importantes para prevenir e/ou minimizar déficits de equilíbrio em idosos. Benefícios da intervenção motora foram constatados nos sistemas cardiovasculares, neuromuscular e sensorial (CHRISTOFOLETTI, 2006).

4.2 Qual o índice de quedas entre homens e mulheres.

Este item tem como objetivo analisar o índice de quedas entre homens e mulheres residentes nas casas de apoio de União da Vitória, num período de novembro de 2009 a abril de 2010. Como mostra a tabela 17:

Quadro 17: Índice de quedas entre homens e mulheres entre novembro de 2009 e abril de 2010.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 18: Índice de quedas entre homens e mulheres entre novembro de 2009 a abril de 2010.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número dezessete nos explica em porcentagem e em números reais a quantidade de quedas que os idosos sofreram desde novembro de 2009 a abril de 2010. O resultado obtido foi que 100% das quedas acorreram em mulheres e 0% em homens. O gráfico está ilustrando em porcentagens.

Como muitos autores nos relatam, as mulheres estão mais propícias a quedas que os homens, pois isso está relacionado ao desequilíbrio hormonal da mulher, onde a mulher acaba sofrendo mais com as doenças osteoarticulares.

O resultado da pesquisa foi de 100% de quedas em mulheres, pois as mesmas estão mais preocupadas com os afazeres de casa, e mesmo não podendo realizá-los estão sempre tentando. As idosas que ainda conseguem andar acabam ajudando as cadeirantes a ir ao banheiro, tomar banho de sol, comer, também muitas ajudam na cozinha como, por exemplo, lavar e secar as louças, coisa que os homens não fazem. Os homens residentes nas casas de apoio se encontram mais ativos, realizando atividades mais na parte externa da instituição, muitos se caíram, podem não ter relatado, muitas vezes por machismo.

Podemos observar no estudo feito por Campbell apud Freitas et al (2002, p.630), que aproximadamente 65% das mulheres e 44% dos homens caem dentro de casa, e durante o inverno e dias mais frios há um aumento na incidência de quedas e fraturas em mulheres.

Foi realizada uma pesquisa com mulheres acima de 80 anos onde um grupo faria atividade física e o outro não. O número de quedas das mulheres que praticaram exercício físico foi de 88 e as que não praticaram nenhuma atividade física foi de 152 quedas (PETERSOM; SIQUEIRA, 2004).

A diferença de sexo encontrada nos índices de quedas está de acordo com os relatos da literatura, com prevalência de quedas de 26,5% nos homens e 40,1% nas mulheres (SIQUEIRA, 2007).

4.3 Índice de quedas em idosos, entre as quatro casas de apoio de União da Vitória, num período de novembro de 2009 a abril de 2010.

O objetivo deste item foi analisar em qual casa de apoio o índice de quedas entre os idosos foi maior. A casa um é formada somente por idosas, onde atualmente residem 11 idosas. Na casa dois residem homens e mulheres, num total de 24 idosos. A casa três e casa quatro abrigam somente homens, incluindo entre dependentes químicos e alcoólatras, onde reside um total de 26 idosos, como visto na quadro a seguir:


Quadro 18: Índice de quedas em cada casa de apoio de União da Vitória.
Fonte: autora, 2010.

 

 

Gráfico 19 : Índice de quedas em cada casa de apoio de União da Vitória.
Fonte: autora, 2010.


O quadro número dezoito está explicando que índice de quedas na casa um foi de 54,54%, na casa dois foi de 12,5% e na casa três e quatro não teve nenhum relato de quedas e foi de 0%. O Gráfico nos mostra a quantidade de quedas que aconteceu em cada casa de apoio entre novembro de 2009 a abril de 2010, e também demonstrando a quantidade de idosos residentes em cada casa de apoio.

Na casa um foi onde ocorreram mais quedas com 54%, sendo um local com estrutura pequena, onde não ocorre adaptação correta para os idosos, os pisos são escorregadios e não possui uma área externa onde os idosos possam deambular, mas possui uma grande quantidade de funcionários, onde atuam profissionais de enfermagem e fisioterapia. É uma entidade particular mantida por empresários da cidade, onde abriga só idosas do sexo feminino, sendo elas bem acometidas por doenças que alteram o equilíbrio e a marcha, estando assim mais propícias a quedas.

Com 12,5% está a casa dois, que é um lugar com ampla estrutura, abrigando uma maior quantidade de idosos, tanto do sexo masculino quanto do sexo feminino. Os idosos que ali residem, se encontram bem debilitados, com muita alteração na marcha e no equilíbrio devido às doenças. A casa foi adaptada para idosos com: corrimões, rampas, facilitações nos banheiros, e também possuem sala de refeições e uma área de lazer.

O grande problema é o pequeno número de cuidadores, pois a quantidade de funcionários muitas vezes não consegue atender corretamente a demanda manter uma atenção necessária, assim os idosos tentam realizar alguma atividade, acabam se desequilibrando e caindo.

A casa três e quatro são casas de apoio que abrigam não apenas idosos e sim jovens que necessitam de alguma ajuda, pois muitos são alcoólatras e dependentes químicos. A casa três é um lugar com pouco espaço físico, onde os idosos que ali residem estão em situação de saúde bem precária, a maior parte fica acamada, por isso não foi relatado nenhum índice de quedas.

A casa quatro possui um amplo espaço interno e externo onde os idosos podem deambular, esses idosos possuem um estado de saúde bom comparado com os demais, pois ajudam nos afazeres domésticos, e assim por serem mais ativos e do sexo masculinos, não  relatado a existência de quedas nesse local.

Embora a Política Nacional do Idoso priorize o atendimento familiar ao asilar, as casas de repouso e os asilos constituem alternativas de cuidados para os idosos que por várias razões não vivem em suas residências (FREITAS et al, 2002).

A prevalência de quedas entre idosos asilados é alta. Embora alguns dos possíveis fatores associados sejam passíveis de prevenção, ainda acontecem muitas quedas em locais que deveriam ser considerados seguros, como o asilo e o quarto do idoso (SIQUEIRA, 2008).

Estudos realizados em comunidades americanas mostram que 30% das pessoas com idade superior a 65 anos caem pelo menos uma vez ao ano, sendo que 40% delas têm idade acima de 80 anos. Além disso, esses estudos mostram que 50% dos idosos que moram em asilos ou casas de repouso já sofreram queda (FABRÍCIO, 2003).

5 Considerações Finais


Diante dos resultados obtidos neste estudo, pode se concluir que o índice de queda entre os idosos residentes nas casas de apoio não foi tão alto quanto o esperado. Onde dos 61 idosos, incluindo homens e mulheres, apenas 9 sofreram quedas, ou seja, 14,75% do total.

A maior parte dos idosos que sofreram quedas teria idade entre 60 a 69 anos. Muitos destes idosos possuem uma vida mais ativa que os demais, e como mostram as literaturas, os idosos que ainda estão realizando alguma atividade têm a tendência de quedas menor.

Entre os idosos que sofreram quedas 77,77% possuíam algum tipo de doença, e os que faziam uso de quatro ou mais medicamentos foi de 44,44%,  muitos autores relatam que o uso de medicamentos contínuos está sendo um dos principais motivos que leva o idoso a quedas, pois o organismo sofre vários transtornos em conseqüência dos medicamentos.  

Todas as quedas ocorreram no ambiente interno das casas de apoio, sendo a que maior parte dos idosos deambulava durante a queda, por serem quedas mais leves nenhum dos mesmos sofreu algum tipo de fraturas. A maior dificuldade depois da queda seria o medo de sair de casa, ou seja, sair ao jardim, pois os terrenos são irregulares e com algumas escadas, sentindo-se inseguros.

Os idosos residentes nas casas de apoio não praticam nenhuma atividade física, pois devido o sedentarismo e as doenças associadas não conseguiam realizar muitas atividades sozinhos, onde as casas não possuíam uma pessoa que pudesse exercer uma atividade física diferenciada com os mesmos. A prática de uma atividade física, seria muito importante na prevenção das quedas, pois assim os idosos poderiam adquirir uma agilidade maior para exercer qualquer movimento pois é comprovado por vários autores que a atividade física tem grande importância na vida diária dos idosos.

A maior parte dos idosos não teve assistência fisioterapêutica após as quedas, pois somente na casa 01 existe uma profissional de fisioterapia que atende duas vezes por semana, na casa 02 existem os estagiários de fisioterapia da Uniguaçu, mas nem todos fazem fisioterapia, alguns se negam a receber a assistência. O trabalho da fisioterapia seria mais um método eficaz na reabilitação e na prevenção das quedas, pois os exercícios podem ser realizados especificamente com fortalecimento, treino de equilíbrio, alongamento e métodos de facilitações para que os mesmos possam exercer suas higiene pessoal e suas atividades de vida diária sozinhos.

Foi verificado também o índice de quedas entre homens e mulheres, o resultado obtido foi de 100% de quedas em mulheres. Como muitos autores nos mostram, as mulheres sofrem mais transtornos no organismo do que os homens, devido às alterações hormonais sofridas com o envelhecimento, em conseqüência disso, as mulheres ficam mais frágeis podendo estar mais propícias a quedas.

Entre o índice de quedas em cada casa de apoio, a casa 01 teve 54,54% de quedas, relacionadas a um total de 11 idosos residentes na mesma. O local ainda não foi corretamente adaptado para os idosos, como por exemplo, com corrimões, pisos não escorregadios, adaptação dos banheiros com uma altura que proporcione maior conforto para os idosos. Por isso o índice de quedas nesta casa ainda é um pouco elevado em comparação as outras instituições.

Sendo que na casa 02 o índice de quedas foi de 12,5%, este local possui um maior conforto para os idosos com várias adaptações, mas por estarem com grandes acometimentos na saúde, ao realizar qualquer atividade acabam perdendo o equilíbrio e caindo.

Verificamos que são inúmeros os motivos que leva o idoso a sofrer quedas, sendo eles extrínsecos ou intrínsecos. Portanto, devemos redobrar a nossa atenção, para que assim, os cuidadores juntamente com os profissionais de fisioterapia e outros, possam contribuir na prevenção das quedas e garantir aos idosos um envelhecimento mais tranqüilo.


7    Referências

BARBOSA, M.T. Como avaliar quedas em idosos, 2001. Disponível em http:// www.scielo.com.br. Acesso em: 21/08/09.

BUENO, S. Silveira Bueno: minidicionário da língua portuguesa. São Paulo: FDT, 2000.

CARVALHO FILHO, E.T.; PAPALÉU NETO, M. Geriatria: Fundamentos, Clínica e Terapêutica. São Paulo: Atheneu, 2004.

CARVALHO, F.R.C.; TANAKA, C. Método de Avaliação Clínica e Funcional em Fisioterapia: Silvia Maria e Amado - João. Rio de Janeiro: Guanabara koogan S. A., 2006.

CHRISTOFOLETTI, G. Risco de quedas em idosos com doença de Parkinson e demência de Alzheimer: um estudo transversal, 2006. Disponível em http://www.scielo.com.br. Acesso em: 21/08/09.

CONI, N.; DAVISON, W.; WEBSTER, S. O envelhecimento. São Paulo: Experimento, 1996.

COURINHO, E.S.F. Demência como fator de risco para fraturas graves em idosos, 2002. Disponível em http:// www.scielo.com.br. Acesso em: 21/08/09.

FABRICIO, S. C. C (2003). Causas e conseqüências de quedas de idosos atendidos em hospital público. Disponível em http:// www.scielo.com.br. Acesso em: 21/08/09.

FREITAS, E. M. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara koogan S. A, 2002.

FULLER, G.; MANFORD, M. Neurologia: um texto ilustrado em cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2002.

GALLO, J.J. et al. Reichel: Assistência ao Idoso. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A, 2001.

GIMENES, N.B. Índice de quedas em idosos e seus determinantes na cidade de Porto União. União da Vitória, 2009.

GUIMARÃES, M. R; CUNHA, U.G.V. Sinais e Sintomas em Geriatria. 2 ed. São Paulo:Atheneu, 2004.

JACOBI FILHO, W.; AMARAL, G. Avaliação Global do Idoso: manual do liga do gamia. São Paulo: Atheneu, 2005.

JUNIOR, P. R; RODRIGUES, S.F. Desenvolvimento motor ao longo da vida, 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

LAKATOS, E. M; MACONI, M.A. Fundamentos de metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

OLIVEIRA, S.L.de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 2002.

REBELATTO, J. P; MORELLI, J.G.S. Fisioterapia Geriátrica: A Prática da Assistência ao Idoso. 2 ed. Baruiri- SP: Manole, 2007.

REBELATTO. L. J. et al. Equilíbrio Estático e Dinâmico em Indivíduos Senescentes e o Índice de Massa Corporal. 2008. Disponível em http:// www.scielo.com.br. Acesso em: 21/08/09.

RIGHES, A.C. M et al. Manual de Normas Técnicas: estilo e estrutura para trabalho acadêmico, 2 ed. União da Vitória: Cleber Algusto dos Santos, 2007.

RUIPÉREZ, I.; LLORENTE, P. Geriatria: Guias Práticos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Mcgrawhill, 2002.

SIQUEIRA, V.F. Prevalência de quedas em idosos asilados do município de Rio Grande, RS, 2008. Disponível em http:// www.scielo.com.br. Acesso em: 21/08/09.

SIQUEIRA, V.F. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados, 2007. Disponível em http:// www.sielo.com.br. Acesso em: 21/08/09.

SHEPHARD, R.J. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: Phorte, 2003.

SMITH, K.L.; WEISS, L. E.; LEHMKUHL, D.L. Cinésiologia Clínica de Brunnstrom. São
Paulo: Manole, 1997.

THOMAS.C.L. Dicionário médico enciclopédico: Taber, São Paulo: Manoli, 2000.



Glossário


Aplainamento: Ação de aplainar, nivelamento, alisamento.

Ansiolíticos: que se opõe ou diminui a ansiedade. Isto pode ser obtido pela terapia medicamentosa, social ou psiquiátrica.

Autonomia: Faculdade de se governar por si mesmo; direito ou faculdade de se reger por leis próprias; emancipação; independência.

Cognitivas: Referente ao conhecimento; intelectivo.

Etiologia: Ciência que estuda as causas, as origens das coisas.

Glaucoma: Endurecimento do globo ocular causada pelo aumento da pressão interna do olho.

Hipnóticos: Agente que induz ao sono ou que embota os sentidos, como o hidrato de cloral. Medicamentos que causam insensibilidade à dor.

Hipovolemia: Diminuição do volume de sangue.

Homeostasia: Estado de equilíbrio do ambiente interno do corpo, que é mantido por processos dinâmicos de feedback e regulação. A homeostase é um equilíbrio dinâmico.

Intencional: Determinado; propositado.

Laceração: Ferimento; dilaceração.

Morfológicas: tratamento das formas que a meteria pode tomar; parte da gramática que estuda a estrutura, processos de formação, flexão e classificação das palavras.

Neurolépticos: Agente ou medicamento que modifica o comportamento psicológico. Em geral, o termo é sinônimo de antipisicóticos. Indicativo de uma condição produzida por um agente neuroléptico.  

Ortostática: Concernente a posição ereta.

Refração: Ato de refratar ou refranger; mudança de direção dos movimentos vibratórios que passam de um meio a outro em que a velocidade de propagação é diferente.

Retinopatia: qualquer distúrbio da retina.

Sedentário: Que está quase sempre sentado; que anda ou se exercita pouco; inativo.

Senescência: processo de envelhecimento. O período da senilidade.

Senilidade: Enfraquecimento intelectual devido à velhice, velhice, decreptude.

Susceptibilidade: Condição de ser suscetível ou sensível.  



Anexos


Anexo 01 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido


Termo de Consentimento Livre e Esclarecido:

Eu, _____________________________, por intermédio do presente termo de consentimento livre e esclarecido, concordo plenamente em participar do Projeto de Pesquisa intitulado:_____________________________
Que tem por objetivo_____________________________________________
Tenho conhecimento que o estudo, projeto, procedimento não provoca nenhum dano físico ou emocional, que não há risco em participar da pesquisa.
Concordo também que minha participação no projeto se dê a título gratuito, não recebendo, portanto nenhum honorário ou gratificação referente ao projeto de pesquisa, bem como, não estou sujeito a custear despesas para a execução do projeto.
Tenho conhecimento que tenho o direito de me retirar do projeto a qualquer momento desde que faça comunicação ao coordenador da pesquisa, por escrito, previamente.
Concordo com a possibilidade de as informações relacionadas ao estudo serem inspecionadas pelo orientador da pesquisa e pelos membros do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP/UNIGUAÇU, que qualquer informação a ser divulgada em relatório ou publicação, deverá sê-lo de forma codificada, para que a confidencialidade seja mantida.
Assim sendo, acredito ter sido suficientemente informado(a) à respeito das informações que li ou que foram lidas e explicadas para mim, descrevendo o estudo. Ficaram claros para mim os propósitos da pesquisa, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes.
Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia de acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo. Concordo em participar, voluntariamente, deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que possa ter adquirido.

União da Vitória,                   de                                   de


__________________________________     ________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa         Assinatura do Responsável legal do
(maior de dezoito anos de idade)          Participante da Pesquisa

Nome completo:                  (quando menor de dezoito anos de idade)
CPF/MF:                      Nome completo:
Endereço:                      CPF/MF:
Cidade:                          Endereço:
Telefone:                       Cidade:
Telefone:

_______________________
Assinatura do(a) pesquisador(a)



Anexo 02: Termo de Autorização


Autorização


A _____________________________________________________, pessoa jurídica devidamente inscrita no CNPJ nº _________________________, com sede à Rua ________________________________ nº _____________, na cidade de ___________________, Estado ________________, fone/fax: (___) _____-______; neste ato representada por seu responsável legal _____________________________, brasileiro, solteiro/casado, profissão, portador da C.I./R.G nº _____________________ e inscrito no CPF/MF nº __________________, e-mail: _________________________ por intermédio da presente autoriza a realização, em suas dependências e fora delas, do Projeto de Pesquisa intitulado: _______________________________________________________________________ que tem por objetivo__________________________________________________________________.
Autoriza expressamente a divulgação da pesquisa, do nome da empresa, de fotos do projeto e, do resultado.
Declara que tem conhecimento e que concorda plenamente que a participação da empresa que representa se dá à título gratuito, não recebendo, portanto nenhum honorário ou gratificação referente ao projeto de pesquisa.

Concorda com a possibilidade de as informações relacionadas ao estudo serem inspecionadas pelo orientador da pesquisa e pelos membros do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP/UNIGUAÇU.


União da Vitória,       de                                   de        .

Empresa:   _______________________________________
CNPJ:        _______________________________________
Nome completo do responsável legal:  _________________________________
CPF/MF: _______________________________________


_________________________
Assinatura do (a) pesquisador(a)



Anexo 03: Formulário

Formulário

Nome:
Data de Nascimento:
Qual a sua faixa etária?  (   ) 60 a 69 anos   (   ) 70 a 80 anos      (   ) mais de 80 anos
2. Qual o número de pessoas em sua companhia na residência?
(   ) sozinho     (   ) cônjuge      (   ) filhos        (   ) outros
3. Possui alguma doença?
(   ) Hipertensão Arterial Sistêmica   (   ) Diabete Mellitus  (   ) Doença Cardíaca    
(   ) Doença ósteo-articular  (   ) Depressão   (   ) Osteoporose
(   ) Outras Doenças      (   ) Nenhuma doença
4. Qual o número de medicamentos que toma continuamente?
(   ) Um   (   ) Dois    (   ) Três    (   ) Quatro ou mais  (   ) Nenhum
5. Necessita de aparelho de auxílio à marcha?  (   ) SIM      (   ) NÃO
6. Qual o número de quedas que teve entre novembro de 2009 e abril de 2010?
(   ) Nenhuma   (   ) Uma     (   ) Duas    (   ) Três      (   ) Quatro ou mais
7. Qual o motivo da queda?
(   ) Ambiental   (   ) Problema de saúde     (   ) Outros       (   )NDA
8. Qual o local da Queda?
(   ) Ambiente domiciliar interno  (   ) Ambiente domiciliar externo
(   ) Rua/calçada (  ) Residência de parentes/amigos   (   ) Outros   (   ) NDA
9. Que atividade realizava no momento da queda?
(  ) Deambulava (  ) Sentava-se/levantava-se (  ) Banhava-se (  ) Limpava a casa ()NDA
10. Teve alguma fratura? (   ) SIM  (   ) NÃO   Onde?
(   ) Cabeça    (   ) Tronco    (   ) Membros inferiores    (   ) Membros Superiores
11. Qual a maior dificuldade depois da queda?
(   ) Andar (   ) Sentar/levantar  (   ) Sair de casa    (   ) Limpar a casa    
(   ) Atividades de lazer   (   ) Outros  (   ) NDA
12. Sente medo de cair?  (   ) SIM        (   ) NÃO    Quando?
(   ) Ao sentava-se/levantava-se  (   ) Ao sair de casa (   ) Ao banhar-se
(   ) Todo o tempo    (   ) Ao subir escadas    (   ) Outros
13. Pratica alguma atividade física?   (   ) SIM        (   ) NÃO
14. Sai para realizar alguma atividade de lazer?  (   )SIM    (   )NÃO   
15. Qual a situação ocupacional atual? (   )Ativo     (   ) Aposentad  
16. Recebeu assistência fisioterapêutica após a queda? (   ) SIM (   ) NÃO ( )NDA

 

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo é de sua autora.

- Publicado em 26/07/2011.


Artigos Relacionados:
 
 
Joomla 1.5 Templates by Joomlashack