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Papel do Fisioterapeuta na reabilitação de pacientes com Esclerose Múltipla: Revisão de Literatura Imprimir E-mail
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Role of the physiotherapist in the rehabilitation of patients with Multiple Scleroses: Literature Review

 

Trabalho realizado por:

Anderson Azevedo de Lima.

Contato: andersonaovivo_1@hotmail.com

Eliane Primo.

Contato: nalaiprimo@hotmail.com

Emilton de Quevedo.

Contato: quevedo.fisio@hotmail.com

Leivan Edy Gomes da Silva.

Contato: leivan_edsilva@hotmail.com

Marcele Camila Neles.

Contato: marcele.neles@gmail.com

Thamara Martins.

Contato: thamarasm2@gmail.com

* Acadêmicos da Faculdade Alvorada, Bacharelado em Fisioterapia. Brasília-DF.

 

Resumo

A Esclerose Múltipla é uma patologia que engloba vários sintomas e faz com que o paciente fique debilitado rapidamente. Essa doença afeta a substância branca do sistema nervoso central (SNC), causando a desmielinização do neurotransmissor, os surtos podem deixar sequelas irreversíveis ao portador de EM, atacando jovens entre 20 e 40 anos, aparentemente com saúde normal, em boa forma, praticantes de exercício, essas sequelas podem ser amenizados com a ajuda do profissional de fisioterapia. A importância do Fisioterapeuta dentro dessa patologia é de extrema responsabilidade, por que com os tratamentos que ele executa nos pacientes, ocorre uma melhora muito significativa, tanto de movimentação quanto de conscientização do paciente e da sua família para poder lidar com a EM, com também para o andamento de outros tratamentos médicos e de equipes multidisciplinares.

Palavras- chave: Esclerose Múltipla, Fisioterapia, Mielina, Papel do fisioterapeuta, Desmielinização.

Abstract

Multiple Sclerosis is a disease that encompasses many symptoms and causes the patient to rapidly weakened. This disease affects the white matter of the central nervous system (CNS), causing demyelination of the neurotransmitter, outbreaks can leave irreversible consequences for patients with MS, attacking young people between 20 and 40 years, apparently in normal health, in good shape, practitioners exercise, these sequelae can be minimized with the help of professional physiotherapy. The importance of the physiotherapist in this pathology is of utmost responsibility, because the treatments he performs in patients has a very significant improvement in both movement and awareness of the patient and his family to cope with MS, as well as the progress of other medical treatments and multidisciplinary teams.

Key-words: Multiple Sclerosis, Physiotherapy, Myelin, Role of the physiotherapist, Demyelization.

 

Introdução

Mostraremos com este o que é Esclerose Múltipla, o que ela causa no corpo humano e que tipo de pessoa ela afetará. Abordaremos com maior ênfase o papel do fisioterapeuta no tratamento de paciente portador de EM. Quais são os tratamentos que o fisioterapeuta pode executar para o a melhora do paciente. Mostrar como se da à reabilitação dos pacientes focando na necessidade de cada um e respeitando a individualidade (FURTADO e TAVARES, 2005; FRANKEL, 2004; THOMPSON, 2001), sempre visando à melhora do mesmo. O papel do fisioterapeuta é amenizar o processo da doença que afeta o sistema nervoso central (SNC), esse profissional trabalha com a plasticidade que consiste em um sistema normal tentando compensar o outro que está lesado, já que o (SNC) não se regenera.

O que é a esclerose múltipla, essa doença se define como a destruição da bainha de mielina que é a proteção das células nervosas, com a destruição desta, a propagação do impulso que antes percorria todo o axônio de forma saltatória, agora será diminuída ou impedida de chegar ao seu destino final, ocorrendo assim o descontrole e a perda gradativa de movimento, deixando o portador frágil e dependente de outras pessoas.

Como a desmielinização pode ocorrer em qualquer região do SNC, as manifestações clínicas da EM são variadas e determinadas pela localização das lesões (NEVES et al, 2007; TEJEDA e PÉREZ, 2004). Causando o comprometimento funcional, ocorrendo dificuldade para a marcha, alteração de equilíbrio, fraqueza muscular e fadiga. Ocasionada pela perda de continuidade do comando enviado pelo cérebro, para efetuar tal movimento como, por exemplo, andar ou pegar algo.

A síntese do assunto seria o tratamento que o fisioterapeuta irá aplicar, obtendo a melhora significativa do paciente portador de esclerose múltipla e também da sua família com o entendimento das complicações ocasionada pela EM.

Por que a escolha deste tema, por ser um assunto pouco falado hoje em dia na sociedade e ter uma grande incidência principalmente em pacientes jovens de 20 aos 40 anos (O’CONNOR, 2002). Afetando duas vezes mais mulheres do que homens. (MILLER, 2002; GRZESIUK, 2006).

 

Metodologia

Trata-se de uma revisão de literatura, usando artigos científicos em site como Scielo, BrasilEscola e Google acadêmico. As palavras chave utilizadas foram esclerose múltipla, fisioterapia, mielina, papel do fisioterapeuta e desmielinização.

Papel do Fisioterapeuta na reabilitação de paciente com Esclerose Múltipla


• Tecido do sistema nervoso

O tecido nervoso é sensível a vários tipos de estímulos, capaz de conduzir impulsos nervosos de maneira rápida. O sistema nervoso esta dividido em: sistema nervoso central (SNC), encéfalo e medula; sistema nervoso periférico (SNP), nervos espinhais, receptores sensoriais, gânglios nervosos, nervos periféricos e plexo entérico. Esses tecidos são compostos por neurônios e neuroglias. Neurônio são responsáveis pelos impulsos nervosos, com os dendritos que tem a função de captar estímulos e os axônios que tem função de transmitir o impulso nervoso através do terminal axônal. As neuroglias com função de nutrir e envolver os axônios, as principais são as células de Schwann que forma a bainha de mielina no SNP e os Oligodendrócitos que formam a bainha de mielina no SNC, podendo haver a variedade dos axônios como mielínicos o impulso sendo bem mais rápido (saltatório) e amielínicos o impulso sendo mais lento (ponto a ponto). No axônio existem três tipos de bainhas que o envolve; a bainha de mielina (natureza lipídica), bainha de Schwann e endoneuro. (ARAGUAIA, 2012)


• Transmissão do impulso

As sinapses são regiões de conexões químicas estabelecidas entre um neurônio e outro (interneurais); entre um neurônio e uma fibra muscular (neuromusculares) ou entre um neurônio e uma célula glandular (neuroglandulares). Existe entre eles um microespaço, denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite o impulso nervoso para outro através da ação de mediadores químicos ou neurormônios, gerando assim o potencial de ação, que consiste em polarizar e despolarizar a membrana da célula, ocorrendo à sinapse nervosa. (ARAGUAIA, 2012).


• Fisiopatologia

A aparência macroscópica da superfície externa do cérebro geralmente é normal. Nos casos de evolução prolongada há com frequência evidência de atrofia e alargamento dos sulcos corticais, com aumento dos ventrículos laterais e do terceiro ventrículo. Os cortes cerebrais revelam numerosas e pequenas áreas acinzentadas e áreas rosadas em lesões agudas na massa branca, frequentemente no ângulo lateral dos ventrículos laterais. Áreas descoradas semelhantes são também encontradas no tronco cerebral e no cerebelo (MILLER, 2002).


• A Esclerose Múltipla

Está entre uma das mais vulneráveis doenças neurológicas e como uma das mais preocupantes, devido a sua cronicidade. EM é uma doença crônica e progressiva que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC), principalmente a substância branca onde se encontra neurônios mielínicos, causando lesões desmielinizantes nos axônios desses neurotransmissores, retardando ou impedindo a chegada do impulso nervoso ao seu local de descarga.

Tem como característica a evolução por surtos, nos quais os sintomas ocorrem de acordo com a localização da lesão. Fazendo com que os portadores de EM fiquem debilitados ou ate mesmo percam rapidamente os movimentos e o controle dos músculos. (TOMAZ et al, 2005; O´CONNOR, 2002; FERREIRA et al, 2004). De acordo com O’Connor (2002) a maior incidência e principalmente em pacientes jovens, na faixa etária de 20 aos 40 anos. Afetando duas vezes mais mulheres do que homens. (MILLER, 2002; GRZESIUK, 2006)


• A destruição da bainha de mielina

A bainha de mielina tem função de condução nervosa, além de proteger o axônio. A destruição dessa estrutura torna a transmissão neural mais lenta, ou até mesmo pode levar a um bloqueio no transporte do impulso nervoso. (GARCÍA e SALAVERRI, 2006; MILLER, 2002; CARR e SHEPHERD, 2008).

Causando o comprometimento funcional dos pacientes com EM ocorrendo dificuldade para a marcha, tremores, descoordenação motora, alteração de equilíbrio, fraqueza muscular e fadiga. Ocasionada pela perda de continuidade do comando enviado pelo cérebro, para efetuar tal movimento como, por exemplo, andar ou pegar algo. Esses e outros sintomas reduzem a habilidade para desempenho nas atividades diárias, deixando- os dependentes de outros.

Como a desmielinização pode ocorrer em qualquer região do SNC, as manifestações clínicas da EM são variadas e determinadas pela localização das lesões, incluindo paresia; distúrbios sensitivos como a parestesia; espasticidade; fadiga; dor musculoesquelético; distúrbios da marcha; ataxia que é tremor nos membros superiores e inferiores; distúrbios visuais, disartria, déficits cognitivos, distúrbios vesicais e intestinais, além da instabilidade emocional. (NEVES et al, 2007; TEJEDA e PÉREZ, 2004).


• As complicações

De acordo com Miller (2002), o mau prognóstico relacionado à EM se dá pelo curso evolutivo da doença, e a morte do paciente geralmente se dá por complicações secundárias decorrentes da imobilidade, da broncopneumonia após aspiração ou insuficiência respiratória. Outras causas incluem insuficiência cardíaca, afecções malignas, úlceras de decúbitos, infecções e até mesmo o suicídio.


• Fisioterapia na Esclerose Múltipla

Os pacientes são indicados à fisioterapia logo quando perdem a capacidade de realizar atividades funcionais ou grande parte dela, quando a doença já causou danos irreversíveis ao SNC. O fisioterapeuta trabalha com a plasticidade que consiste em um sistema normal tentando compensar o outro que está lesado, já que o (SNC) não se regenera. Mesmo a fisioterapia não revertendo esses danos já causados, trabalha no melhoramento da funcionalidade, em sintomas específicos.

Devendo o tratamento ser variado e individualizado de paciente para paciente. (FURTADO e TAVARES, 2005; FRANKEL, 2004; THOMPSON, 2001).

Os objetivos gerais da fisioterapia como parte de uma equipe multiprofissional devem ser aperfeiçoar o desempenho nas atividades e habilidades de vida diária do paciente; maximizar a habilidade funcional, prevenir incapacidades e desvantagens melhorar a qualidade de vida do indivíduo. (CARR e SHEPHERD, 2008)

Para Jiménez e Cuerda, (2007); Terré-Boliart e Orient- López, (2007) outras funções da fisioterapia na reabilitação dos pacientes com EM são, preservar a integridade músculo esquelética, manter e ganhar mobilidade articular; melhorar a estabilidade postural; minimizar alterações do tônus muscular; melhorar a fadiga e prevenir déficits secundários, como as contraturas articulares causadas pela espasticidade.

Além disso, faz-se importante estimulando ao máximo o retorno social e trabalhistado portador. Ajudando também na conscientização do próprio, no entendimento sobre a doença e o que ela causa no SNC, sempre incentivando e elevando a autoestima do paciente com EM, não somente do paciente como também dos familiares, ensinando com lidar com os surtos e as complicações decorrente desses.


• Sinais, Sintomas e Melhoramento de marcha.

O cerebelo e as conexões com o tronco cerebral geralmente são comprometidos causando dismetria, ataxia da marcha e tremor, além da incoordenação do tronco e membros. Na marcha ela se apresenta como um padrão titubeante, base alargada, mau posicionamento dos pés, e por uma progressão lenta e descoordenada do movimento recíproco dos membros inferiores (MILLER, 2002).

Para reeducar a marcha na EM é importante melhorar o alinhamento do corpo, aumentar a estabilidade postural e conseguir padrões de movimentos normais ou o mais perto disso possível. A terapia deve abranger treino dirigido de tarefas funcionais, aumento do passo, diminuição da base de sustentação, giros, subir e descer escadas e obstáculos. À medida que o paciente vai realizando as tarefas aumenta-se gradativamente o número de repetições e a dificuldade das mesmas.

Devido à grande variação de localidade das lesões nos pacientes com EM, as manifestações variam de um indivíduo para outro. Os sintomas podem se desenvolver rapidamente, em horas, ou lentamente durante vários dias ou semanas.

São mais comuns os sintomas se desenvolverem em media 6 a 15 horas, embora a rapidez de aparecimento dos sintomas dependa do local e tamanho da lesão de fundo. A incidência dos sintomas iniciais é 1° fraqueza motora, 2° neurite retrobulbar, 3° parestesia, 4° marcha instável, 5° visão dupla, 6° vertigem, e 7° distúrbio da micção (MILLER, 2002), (FRANKEL, 1994).

 

Conclusão

Conclui-se com este, que com a variabilidade de sinais e sintomas apresentados pelos portadores de Esclerose Múltipla, as condições e limitações de tratamentos oferecidos para estes são muito desproporcionais, tanto na área da fisioterapia quanto em relação a uma equipe multidisciplinar, não impedindo que ocorram novos surtos. Isso provavelmente e decorrente da falta de estudos sobre essa doença e pela sua etiologia idiopática. Mas dentro dessas condições, a fisioterapia se destaca, incentivando e fazendo com que esse paciente melhore gradativamente a sua coordenação motora, normalização do tônus e principalmente melhorando as funções da vida diária.

 

Referências

ARAGUAIA, Mariana. Tecido nervoso. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/tecido-nervoso.htm>. Acesso em 28/05/12 às 22:50h.

BARRETO, Danielle M.; RODRIGUES, Fayanny M. F.; DUTRA, Geane Alves; et al. Esclerose múltipla: considerações gerais e abordagem fisiterapêutica. Governador Valadares, MG. Disponível em: <http://srvwebbib.univale.br/pergamum/tcc/Esclerosemultiplaconsideracoesgeraiseabordagemfisiotera

peutica.pdf>. Acesso em 20:21h.

CARDOSO, Fabrizio A. G. Atuação fisioterapêutica na esclerose múltipla forma recorrente-remetente. 3. ed. Uberaba, MG. 2010. Disponível em: <http://www.nee.ueg.br/seer/index.php/movimenta/article/viewFile/336/314>. Acesso em 12/06/12 às 19:50h.

LOPES, Josiane; KAIMEN-MACIEL, Damacio R. Abordagem fisioterapêutica da hiperatividade detrusora na Esclerose Múltipla: revisão de literatura. Londrina, PR. Revista Neurociências,2011. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/inpress/669%20revisao%20inpress.pdf>. Acesso em 10/06/12 às 16:30h.

SILVA, Izabelle B. C. M da; MOREIRA, Priscila Rodrigues; MOURA, Gabriela M. de.

A Atuação da fisioterapia na esclerose múltipla. Araçatuba, SP. 2010. p. 205. Disponível em: <http://www.salesiano-ata.br/faculdades/noticias/592/FISIO/TCC_2007.pdf>. Acesso em 12/06/12 às 20:09h.

 

 

Obs:

- Todo direito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em 01/04/2013.


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