gototopgototop
Influência da Eletroestimulação Neuromuscular com "FES" na atividade Muscular do Reto Femoral e Vasto Lateral de paciente com fratura de Femur Distal e Tíbia Proximal Imprimir
Avaliação do Usuário: / 13
PiorMelhor 

Influence of Eletric Stimulation Neuromuscular with "FES" in the Muscular activity of rectum Femoral and Vast Lateral of patient with breaking of Femur Distal and Tibia Proximal

 

Trabalho realizado por:

Eduardo Corrêa Martins
Aline Russo
Fabrina Bambozzi
Carla Carrilo.


Resumo

Este trabalho comparou o recrutamento de fibras do Reto femoral (RF) e Vasto lateral (VL), por meio da eletromiografia (EMG), antes e após o uso da eletroestimulação (FES).

EMG - os eletrodos foram colocados no músculo Reto femoral e vasto lateral do membro inferior direito, a Paciente M.F.S.M. realizou uma contração Isométrica de quadríceps contra a resistência do fisioterapeuta por 5 segundos. O valor coletado no EMG em 02/03/2007, em RF foi: Valor máximo – 105,96µV, Valor Médio – 25,37µV, e em VL foi: Valor Máximo – 126,39µV e o Valor Médio – 24,43µV.

Após 5 (cinco) sessões de 10 minutos de eletroestimulação (FES), com freqüência de 30Hz, sustentação de 5 segundos, e com rampa e repouso habilitado, foram coletados novos valores no EMG com o objetivo de verificar se houve aumento significativo do recrutamento de fibras de RF e VL.
Em 16/03/2007 foi realizado uma nova coleta no EMG, os valores obtidos são: RF – Valor Máximo de 374,49µV, Valor Médio – 229,62µV, e em VL – Valor Máximo – 203,28µV e Valor Médio – 96,91µV.


Abstract

This work compared the staple fiber conscription of the femoral Rectum (RF) and Vast lateral (VL), by means of the electromyography (EMG), before and after the use of the electric stimulation (FES).

EMG - the electrodes had been placed in the femoral Straight muscle and vast lateral of the right inferior member, Patient M.F.S.M carried through a Isometric contraction of quadriceps against the resistance of the physiotherapist per 5 seconds. The value collected in the EMG in 02/03/2007, in RF was: Maximum value - 105,96µV, Average Value - 25,37µV, and in VL was: Maximum value - 126,39µV and the Average Value - 24,43µV.
Later 5 (five) sessions of 10 minutes of electric stimulation (FES), of 30Hz, sustentation of 5 seconds, and with slope and rest after frequently qualified, had been collected new values in the EMG with the objective to verify if it had significant increase of the staple fiber conscription of RF and VL.

In 16/03/2007 a new collection in the gotten EMG, values was carried through is: RF - Maximum value of 374,49µV, Average Value - 229,62µV, and in VL - Maximum Value - 203,28µV and Average Value - 96,91µV.

Introdução

Osso: tecido vivo que confere suporte e estrutura a corpo. O osso, é frequentemente encarado como sendo a substância morta, desidratada e frágil dos modelos de esqueleto. Na realidade, ele é uma substância capaz de adaptação mecânica e sujeita a remodelagem constante.

Assim como as cartilagens, ligamentos, sangue e tendões, os ossos fazem parte do tecido conjuntivo, e são compostos de três partes: uma componente fibrosa, uma substância matriz e a componente celular.

Aproximadamente 40% dos ossos, consistem em substância orgânica. O osso é considerado uma matéria composto, visto que suas propriedades diferem das propriedades de seus compostos isolados.

Fratura: Tem sido definida como lesão traumática grave, com falha óssea subjacente. Embora as pesquisas, tenham progredido muito no decorrer de dez anos, os clínicos pouca coisa podem fazer, para acelerar o processo da consolidação da fratura. Ao contrário disso, cabe a ele, retirar todos os possíveis obstáculos que possam impedir ou retardar o processo de cura.

O membro inferior é composto de 31 ossos, entre eles, o fêmur, considerado o maior osso do corpo humano, a tíbia e a fíbula, além dos ossos do pé, 40 músculos, ligamentos, tendões, e estruturas específicas como, por exemplo, os meniscos.

Além de servirem como suporte para nosso corpo, os membros inferiores, também são responsáveis, pelos movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, e rotações medial e lateral da perna, e principalmente pela nossa marcha.

A coxa, formada pelo acetábulo do osso do quadril e o fêmur, é composto também pelos músculos: Glúteo Máximo, Médio e mínimo, responsáveis pelo movimento de abdução e rotação medial da coxa; Piriforme, Obturadores internos e Externos, Gêmeos (Superior e Inferior), e quadrado femoral, responsáveis pelos movimentos de Rotação femoral e adução da coxa. Sartório, Quadríceps Femoral, responsáveis pela extensão da perna. Bíceps Femoral, Semitendíneo e Semimembranáceo, responsáveis pelos movimentos de Flexão e rotação medial da perna e extensão da coxa. Grácil Pectíneo, Adutores (longo, curto, magno e mínimo) responsáveis pelos movimentos de adução, extensão e rotação lateral da coxa. O músculo articular do joelho, responsável pela tração da cápsula articular durante a extensão da perna. Os músculos tibial anterior, extensor longo o hálux,extensor longo dos dedos, Fibulares ( terceiro, longo e curto), gastrocnêmio Sóleo, plantar, poplíteo, tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux, Extensores curtos dos dedos e do hálux, Abdutor do hálux, Flexor curto dos dedos, abdutor do dedo mínimo, quadrado plantar, lumbricais, flexor curto do hálux, adutor do hálux, flexor curto do dedo mínimo, Interósseos dorsais e interósseos plantares, responsáveis pelos movimentos dos dedos e pé.

Ao sofrer uma fratura, o osso, consequentemente, causa uma lesão de partes moles, pois uma vez fraturado, o osso, pode desviar-se em alta velocidade em um ângulo de 90 graus ou mais, durante o traumatismo, voltando em seguida a uma posição mais próxima á normal, seja espontaneamente (graças às propriedades elásticas das partes moles), seja em conseqüência da reposição intencional. O deslocamento rápido das extremidades da fratura através de um músculo vizinho traumatiza o tecido mole e causa muitas vezes hemorragia abundante e aumento de volume da região em torno da fratura. A imensa capacidade destrutiva desses eventos, explica porque os músculos da região afetada, no caso região de membro inferior direito, foram tão danificados.

É evidente a restrição funcional da marcha devido à diminuição de ADM e força muscular, adotando uma postura antálgica.


Objejtivo

Este trabalho teve como objetivo, comparar o recrutamento de fibras do Reto femoral (RF) e Vasto lateral (VL), por meio da eletromiografia (EMG), anteriormente e posteriormente o uso da eletroestimulação (FES).


Materiais e Métodos

Amostra
Um individuo do sexo feminino, com idade de 46 anos com fratura de fêmur distal e tíbia proximal participou do estudo. A Paciente M.F.S.M. realizou cirurgia em fêmur com colocação de placas e pinos na região lateral, e a tíbia foi fixada com placas e pinos em região lateral e medial. O segmento inferior direito encontra-se com diminuição de ADM e força muscular. Ver goniometria (tabela 1), e força muscular (tabela 2)


Goniometria

Articulação

Movimento

Graus

 

D

E

Art. Joelho

flexão

90º

133º

Art. quadril

flexão

44º

60º

Art. Tornozelo

dorsiflexão

32º

32º

Art. Tornozelo

Plantiflexão

20º

20º

(tabela 1) Coletado no dia 08/02/2007


Força Muscular

Músculo

Ação

Grau

 

D

E

Iliopsoas

flexão

3

4

Quadriceps

extensão

2

4

Isquiotibial

flexão

3

4

Tibial anterior

dorsiflexão

4

4

Tríceps sural

plamtiflexão

4

4

Fotos retiradas em 13/02/2007

 

 

Fotos tiradas em 13/02/2007

 

Instrumentação

Um eletromiógrafo EMGS marca: miotec, modelo miotoo 400, 4 canais com programa: miograph para monitorar a atividade elétrica dos músculos selecionados. Eletrodos: Ag/ClAg da marca 3M circulares e auto-adesivos. O eletromiógrafo foi conectado a um computador (PC Pentium). Os sinais eletromiográficos foram coletados na freqüência de 200 Hz.

Para eletroestimulação foi utilizado o aparelho FES_991 QUARK de 2 canais, corrente de saída máxima por canal 100ma de pico por canal. Série 157, 60hz, 30va.
Para exercícios Isométricos foi utilizado durante a terapia Thera-band amarelo da marca PARCI.


Procedimento

Inicialmente a paciente M.F.S.M., já realizava exercícios isométricos em terapia desde o dia 08/02/2007 duas vezes por semana. Em seguida no dia 02/03/2007 foi coletado os primeiros valores da EMG. Foi explicado a Paciente o movimento a ser realizado. Após a preparação da pele, um par de eletrodos de superfície do tipo Ag/ClAg da marca 3M, circulares e auto-adesivos, foi posicionado na área de maior volume do ventre muscular do RF e do VL. E um eletrodo “terra” na face medial da tíbia, logo abaixo da tuberosidade da tíbia. A preparação da pele constituiu apenas com algodão embebido em álcool. Os eletrodos foram posicionados nos ventres musculares de cada músculo, e seguiram a orientação das fibras musculares. Após a fixação dos eletrodos na pele por meio auto-adesivo do eletrodo, a paciente realizou três contrações isométricas máximas de extensão de joelho contra a resistência do terapeuta de 5 segundos de duração, partindo de seu ponto de repouso a 90º de flexão de joelho.


Exercícios

Os exercícios realizados na fisioterapia foram do tipo isométrico. Sustentado por 5 séries de 15 segundos no seu limite articular. Respeitando o tempo de um minuto de descanso entre uma série e outra, e 3 séries de 10 segundos com exercícios isométricos com thera band amarelo (PARCI), Exercícios de cadeia cinética fechada (CCF) e equilíbrio, e 5 seções de 10 minutos de Eletroestimulação (FES).


Descrição dos exercícios

Fisioterapia

1)    Paciente M.F.S.M. sentada na maca, segmento contra lateral apoiado, realiza extensão de joelho direito ativamente até seu limite, realizando uma contração isométrica durante 15 segundos, com descanso de 1 minuto entre uma série e outra, se repetindo por 5 séries.

2)    Paciente sentada na maca com Thera band fixado em tornozelo, Terapeuta vai realizar uma extensão de joelho passivamente até o limite articular da paciente e pedir uma contração isométrica, sustentado por 3 séries de 10 segundos, por um minuto de descanso entre uma série e outra.

3)    Exercícios de CCF, paciente apoiada na parede com dois apoios, vai realizar uma flexão de coxa e sustentar por 10 segundos, evoluindo para CCF com um apoio, sustentando por 10 segundos, com 1 minuto de descanso entre uma série e outra, 3 séries para cada.

4)    Equilíbrio foi realizado em cama elástica paciente em pé, realiza movimentos saltatórios pequenos alternando o apoio.
Eletroestimulação (FES)

1)    FES- 30Hz, 10 minutos, sustentação 5 segundos, rampa e descanso habilitado. Paciente em Decúbito Dorsal, com leve flexão de joelho, aproximadamente 35º, com dois eletrodos em RF, e dois em VL. A cada estimulação dada pelo FES a paciente realiza uma contração ativa de quadríceps. Foram realizadas 5 seções de eletroestimulação.


Discussão

Após aplicação da eletroestimulação (FES), nos ventres musculares dos músculos Reto Femoral e Vasto Lateral, com a finalidade de observar se haveria ou não aumento de recrutamento de fibras musculares no movimento de extensão do joelho, pudemos observar que nos canais 1 e 2, que se localizaram em reto femoral, e vasto lateral respectivamente houve uma melhora significativa no recrutamento das fibras.

 

Canal

Valores

02 / 03 / 2007

16 / 03 / 2007

1. Reto Femoral

Máximo

105,95 mV

374,49 mV

 

Médio

27,37 mV

229,62 mV

2. Vasto Lateral

Máximo

126,39 mV

203,28 mV

 

Médio

24,43 mV

96,91 mV

 

Sendo assim, foi possível observar um aumento no recrutamento das fibras dos músculos Reto Femoral e Vasto Lateral, como vemos nos Gráficos 1 e 2

Gráfico 1 – Reto Femoral

 

 

 

Gráfico 2 – Vasto lateral

 


Conclusão

Após eletromiografia, podemos observar que o aumento do recrutamento das fibras, é realmente fidedigno, mas é importante ressaltar que a paciente não utilizou somente a eletroestimulação (FES), utilizou-se também de exercícios terapêuticos, então fica evidenciado que o FES tem uma ação eficaz juntamente com a terapia, sendo assim, é preciso realizar um estudo somente com a eletroestimulação (FES) para comprovar sua eficácia.


Referências Bibliográficas


ABRAHAMS. P.H, et al. Atlas colorido de anatomia humana de McMinn – 4 edição – São Paulo – Editora Manole.
KOPF – MAIER. P, Wolf-Hridegger, Atlas de anatomia humana – 5 edição – Rio de Janeiro – Editora Guanabara Koogan.
GARBELOTTI JR. S.A PELOZO JR., Caderno de anatomia funcional do aparelho locomotor – 1 edição – São Paulo – Gráfica Windmill
LIPPERT. L.S. Cinesiologia clínica para fisioterapeutas – 3 edição – Rio de Janeiro – Editora Guanabara Koogan.
HALL. J.J, Biomecânica básica – 1 edição – Rio de Janeiro – Editora Guanabara Koogan
LEITE. P.F. Fisiologia do Exercício – 4 edição – São Paulo – Robe Editorial
KISNER. C, COLBY. L.A, Exercícios Terapêuticos – 4 edição – São Paulo – Editora Manole
MALONE. T at al. Fisioterapia em ortopedia e medicina no esporte – 3 edição – São Paulo – Livraria e Ediora Santos
RASH. P.J. Cinesiologia e anatomia aplicada – 7 edição – Rio de Janeiro – Editora Guanabara Koogan
BIENFAIT. M. Desequilíbrios estáticos – 4 edição – São Paulo – Summus editorial
GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica – 10 edição – Rio de janeiro – Editora Guanabara Koogan.
BIREME . www.bireme.br
BIBLIOTECA COCHRANE. www.cochrane.bireme.br
MED PORTAL. www.medportal.com.br
SCIELO BRASIL. www.scielo.org.

 

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em 03/05/2011.


Artigos Relacionados: