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Lúpus Erimatoso Sistêmico E-mail
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Trabalho Acadêmico realizado por:

Aline Fernandes.

Aline Santos Andrade.

Rodrigo Paes Alves.

Luciano Silva Pinto.

Marcelle Narciso.

Renata de Oliveira.

* Trabalho apresentado á disciplina Fisioterapia Reumatologia I, do quinto período do curso de
Fisioterapia, da Universidade Salgado de Oliveira.Universidade Salgado de Oliveira - São Gonçalo - Niterói - 2011.


Orientador:

Prof. Blair José Rosa Filho.

 

Introdução

O Lúpus é uma doença crônica, auto-imune, que causa inflamações em várias partes do corpo, especialmente na pele, juntas, sangue e rins.

Possivelmente os fatores hormonais seriam responsáveis pela maior incidência do Lúpus entre as mulheres, particularmente o estrogênio estaria relacionado à doença, costuma ocorrer de 10 a 15 vezes mais nas mulheres adultas do que nos homens adultos. Acredita-se que mulheres de origem africana, indígena ou asiática desenvolvam a doença com mais freqüência do que mulheres brancas.

No estado normal nosso sistema imunológico produz proteínas chamadas anticorpos, que tem a função proteger o organismo das eventuais agressões, sejam dos vírus, das bactérias, de células cancerígenas e outros corpos estranhos. Estes agentes agressores, capazes de determinar a produção automática de anticorpos, são então chamados antígenos.

O Lúpus causa uma desordem imunológica, levando o sistema imunológico defensivo a uma perda da capacidade de diferenciar os antígenos e suas próprias células e passa a direcionar anticorpos contra combater o próprio organismo.


Características

•    Erupções cutâneas
•    Erupções no malar (maçãs do rosto)
•    Erupção discóide (em forma de disco)
•    Manchas vermelhas protuberantes
•    Fotossensibilidade
•    Reação à luz do sol com erupções cutâneas
•    Ulcerações Orais
•    Feridas no nariz e na boca, normalmente sem nenhuma dor
•    Artrite
•    Artrite não erosiva, envolvendo duas ou mais juntas periféricas (artrite que não destrói os ossos próximos às juntas)
•    Seroenterite
•    Pleurite ou pericardite

Causas

As causas do Lúpus não são totalmente conhecidas, mas apesar do desconhecimento de suas causas, é sabido que alguns fatores estão envolvidos no seu aparecimento, de ordem ambiental (infecções, medicamentos, exposição a raios ultravioletas), genética e emocional (estresse). O estresse e a depressão são gatilhos para o início da sintomatologia no Lúpus, pois promovem uma alta ativação fisiológica mantida que ao longo do tempo pode provocar alterações no Sistema Imunológico que tornam a pessoa mais vulnerável à enfermidades infecciosas ou à doenças auto-imunes e ainda pode ocorrer de forma contrária, tornando seu sistema imune super ativo o que resultará no surgimento das doenças auto-imunes, nas quais seu sistema imune ataca suas próprias células, além de agravar os sintomas de uma doença auto-imune.

Diagnóstico

Pelo fato do lúpus ser uma doença crônica com períodos de crises e remissões, qualquer exacerbação da doença pode levantar novas questões para o paciente ter que lidar, por isso o diagnosticada pode levar um certo tempo até que seja definitivo. Toda essa espera deixa o paciente pode ser confuso ou frustrado pela aparente incapacidade dos médicos para confirmar o diagnóstico. O paciente com lúpus terá, com grande probabilidade, lidado intimamente por um longo tempo com seus sintomas antes que conheça suas causas, provavelmente irá expressar sentimentos de frustrações após descrever o que está sentindo, os outros não respeitarem os seus conhecimentos ou não compartilharem a convicção de que algo está errado.

Lúpus - Afecções Psicossomáticas

Quanto mais avançam os meios de investigação da patologia, mais se evidencia relevância dos fatores psicológicos na etiologia e desenvolvimento de um grande número de doenças até então não consideradas como psicofisiológicas.

O Lúpus remete para a idéia de uma experiência emocional que pode vir a desencadear manifestações corporais, funcionando a dor como um sistema de alarme e o corpo, como expressão dessas emoções, como se o corpo falasse sem palavras.

Os pacientes devem ser alertados que esse estado emocional pode ser induzido pelo próprio Lúpus, pelos medicamentos usados no tratamento e pelas vivenciais com alguma relação com essa doença crônica. A depressão ocorre com freqüência no curso do Lúpus, pode estar relacionada ao estresse ou ao contrário, é ela que agrava e desencadeia os sintomas e crises agudas é uma questão de difícil resposta. Numa doença como o Lúpus a Depressão  está relacionada aos abalos emocionais causados pelo estresse e tensão associados ao fato de ter que lidar com a doença, os sacrifícios e esforços necessários aos ajustes que o paciente deve fazer na sua vida e os vários medicamentos usados no tratamento do Lúpus, como por exemplo os corticosteróides.

A raiva, medo, depressão, confusão, pesar, isolamento, culpa, ansiedade, tristeza podem ser aumentados caso o paciente sinta falta de apoio por parte dos familiares, médicos ou dos amigos. Esses sentimentos aumentam o estresse que, por sua vez, pode exacerbar a doença.

Muitos pacientes com Lúpus se recusam a admitir que estejam em um estado depressivo e negam com veemência que estão se sentindo infelizes, intimidados ou deprimidos. Eles pretendem transmitir uma imagem de coragem, determinação ou coisa assim. Nesses casos os pacientes apresentam a depressão "disfarçada" ou atípica. Eles resistem ao reconhecimento pessoal do estresse emocional e da depressão clássica substituindo os sentimentos típicos por vários outros sintomas físicos. Sim, porque sintomas físicos sempre têm um elogioso aval da sociedade.

Tratamento

Por se tratar de uma doença auto-imune e sistêmica não há um remédio para o Lúpus que funcione da mesma forma como um antibiótico funciona para acabar com uma infecção. O tratamento do Lúpus engloba uma série de medidas, entre medicamentos e normas para que se viva bem:

Exercícios e Repouso

As articulações tem estruturas que devem ser bem cuidadas. Quando inflamadas precisam de períodos de repouso intercalados com os de atividade, evitando-se lesões. Também deve-se dar atenção à postura e posições de trabalho e lazer. Por isso, exercícios regulares podem ajudar a prevenir fraqueza muscular e fadiga.

Medicamentos

Não existem programas de tratamento iguais para todos os pacientes. Considera-se o grau de evolução da doença bem como as queixas de cada paciente. Muitas vezes são utilizados vários remédios ao mesmo tempo para controlar os sintomas.

No geral, são usados os medicamentos sintomáticos (antiinflamatórios, corticosteróides) e imunossupressores que visam diminuir a a ação do sistema imune, dependendo da área afetada.

O tratamento preventivo é importante para que se previna crises agudas da doença que podem por em risco a vida do paciente. Deve-se evitar a exposição solar e o uso de bloqueador solar (fator acima de 30) é obrigatório. Evitar aglomerações e locais susceptíveis a infecções.

Conclusão

O lúpus é uma doença crônica que desafia definições fáceis. Pode passar um bom tempo até se obter um diagnóstico. As dificuldades do diagnóstico aliadas à séria natureza crônica da doença expõem o paciente, sua família e sua equipe médica a muitos desafios. Para pacientes com lúpus, os aspectos psicológicos podem ter um importante papel ao se viver com a doença.

Os profissionais de saúde precisam estar preparados para esses aspectos para poderem cuidar muito bem de pessoas com lúpus. Pelo fato do lúpus ser uma doença crônica com períodos de crises e remissões, qualquer exacerbação da doença pode levantar novas questões para o paciente ter que lidar.


Bibliografia

1.    GÊNERO E PSICANÁLISE: um diálogo possível? Uma reflexão sobre a interdisciplinaridade a partir da experiência do Gaplúpus  - Nadia Regina Loureiro de Barros Lima - Universidade Federal de Alagoas
2.    Aspectos psicologigos do lúpus
http://www.camarpho.hpg.ig.com.br/LOBO/psicologico.htm
3.  LÚPUS ERITEMATOSO
http://gballone.sites.uol.com.br/psicossomatica/lupus.html
4.   http://www.clinica-de-reumatologia.com.br/doencas/lupus

 

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em 26/12/2011.


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