gototopgototop

Referência em Fisioterapia na Internet

Referência em Fisioterapia na Internet

Buscador - Artigos

Publicidade

Banner
Banner
Banner
Banner
A Reeducação Psicomotora no Processo Ensino-Aprendizagem de Crianças Portadores de Paralisia Cerebral E-mail
Avaliação do Usuário: / 0
PiorMelhor 

The Re-education Psychomotor in Process Teach-Learning of Carryng Children of Cerebral Paralysis

 

ARTIGO DE REVISÃO:



Trabalho realizado por:

Denise Cristina Santos dos Anjos

Fisioterapeuta especialista em Biomecânica e Cinesioterapia Funcional pela Universidade Tiradentes, especialista em Didática do Ensino Superior pela Faculdade Pio X, mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe, professora de pós-graduação em psicomotricidade da Faculdade Pio X.


Contato: dnsanjos@gmail.com



RESUMO EM PORTUGUÊS:

RESUMO


À medida que a criança cresce suas habilidades motoras vão se aprimorando junto com a capacidade de controlar seus movimentos, a este desenvolvimento envolvem-se aspectos motores, psíquicos, cognitivos e afetivos, ambos constituem os alicerces dos estudos da psicomotricidade. Contudo, algumas crianças podem apresentar uma desordem neuropsicomotora proveniente da paralisia cerebral (PC) desenvolvendo, assim, dificuldades ou atrasos psicomotores. O objetivo deste estudo embasa-se na abordagem da reeducação psicomotora em vista as etapas de maturação do sistema nervoso ainda em desenvolvimento dessas crianças, englobando a estimulação e o aproveitamento da inervação recíproca utilizando desse modo o potencial da plasticidade neuroaxonal da arquitetura cerebral. Foi realizado um levantamento bibliográfico a respeito do tema estabelecendo correlação entre as técnicas envolvidas no processo de aprendizagem destas crianças, tal medida implicaria numa eficiente intervenção pedagógica implementando o desenvolvimento neuropsicomotor cuja debilidade dificulta o processo ensino-aprendizagem.




Palavras-chaves: reeducação psicomotora, paralisia cerebral e psicomotricidade.



RESUMO EM INGLÊS:



SUMMARY


To the measure that the child grows its motor abilities go if improving together with the capacity to control its movements, to this development motor, psychic, cognitives aspects are become involved and affective, both constitute the foundations of the studies of the psychomotor. However, some children can present a neuropsychomotor clutter proceeding from the cerebral paralysis (PC) developing, thus, difficulties or delays psychomotors. The objective of this study still bases in the boarding of the psychomotor re-education in sight the stages of maturation of the nervous system in development of these children, joining the stimulation and the exploitation of the reciprocal nerve growth using in this way the potential of the axonio neuron plasticity of the cerebral architecture. Correlation was carried through a bibliographical survey regarding the subject having established enters the involved techniques in the process of learning of these children, such measure would imply in an efficient pedagogical intervention implementing the neuropsicomotor development whose atony makes it difficult the process teach-learning.




Key Words: psychomotor re-education, cerebral paralysis and psychomotor.





INTRODUÇÃO


Durante toda a sua vida, o ser humano tem que se ajustar às mudanças causadas pelas transformações do seu próprio corpo e pelos fatores do meio em que vive. À medida que a criança cresce suas habilidades motoras vão se aprimorando junto com a capacidade de controlar seus movimentos, inicialmente movimentos abstratos e sem coordenação vão se transformando e tomando forma. Este desenvolvimento envolve aspectos motores, psíquicos, cognitivos e afetivos, ambos constituem os alicerces dos estudos da psicomotricidade, na verdade, existe uma interação entre a maturação desse diferentes sistemas por meio de uma coerência cronológica conjunta para que ocorra uma adequada organização motora.


Contudo, algumas crianças podem apresentar uma desordem neuropsicomotora proveniente, entre outras coisas, da paralisia cerebral e desenvolver dificuldades ou atrasos psicomotores. A paralisia cerebral (PC) é definida como um grupo heterogêneo de distúrbios cerebrais de caráter estacionário, causados por lesões não progressivas do encéfalo imaturo, podendo ocorrer nos períodos pré-natal, perinatal ou pós-natal, manifestando-se basicamente por alterações motoras, com padrões anormais de postura e de movimento, não obstante, vários distúrbios podem estar associados como retardo mental, deficiência auditiva, visual e sensorial, déficits de fala, distúrbios oromotores e de comportamento, etc (LIANZA, 2001).


Neste caso a abordagem da reeducação psicomotora no processo ensino-aprendizagem introduz peculiaridades decorrentes das etapas de maturação do sistema nervoso ainda em desenvolvimento, englobando a estimulação e o aproveitamento da inervação recíproca, utilizando desse modo o potencial da plasticidade neuroaxonal da arquitetura cerebral. Sendo assim, a implementação no desenvolvimento neuropsicomotor deve ser formulada a partir da neurofisiologia, principalmente do tônus e da motricidade apresentado por cada criança. O objetivo da presente pesquisa embasa-se na abordagem da psicomotricidade no processo ensino-aprendizagem direcionado às crianças com PC, visto que se percebe a sua importância frente às referências bibliográficas relacionadas à paralisia cerebral e a reeducação psicomotora.


Trata-se de um tema com relevância social, pretendendo atingir uma melhor compreensão das características condescendentes do processo patológico, visando a implementação de uma equipe multidisciplinar no processo pedagógico, além de melhorias na qualidade de vida e na independência das atividades da vida diária pelos acometidos. Diante destas razões, fez-se necessário um levantamento bibliográfico a respeito da psicomotricidade no processo ensino-aprendizagem de crianças com paralisia cerebral estabelecendo correlação entre as técnicas psicomotoras envolvidas no processo de aprendizagem destas crianças, além de considerar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. Tal medida implicaria numa completa e eficiente intervenção pedagógica implementando o desenvolvimento neuropsicomotor cuja debilidade dificulta o processo ensino-aprendizagem.




METODOLOGIA

Esta pesquisa de caráter qualitativo foi concretizada a partir de trabalho de campo retrospectivo, embasado por extensa revisão literária sobre o referido tema. Foram consultados diversos livros, periódicos e artigos em português, obtidos durante o período de 1985 a 2004. Parte da consulta foi conseguida em dados científicos disponibilizados nas páginas eletrônicas da Internet, utilizando-se as palavras-chaves: reeducação psicomotora, paralisia cerebral e psicomotricidade.




NEUROFISIOLOGIA DA APRENDIZAGEM


DIAMENT (1983) conceitua aprendizagem como sendo uma mudança de comportamento ou conduta resultante da experiência, ou seja, quando se fala em aprendizagem está implícito uma relação integrada entre indivíduo e seu meio ambiente da qual resulta uma plasticidade adaptativa de comportamentos e condutas. De acordo com HEBB (1979) o comportamento, a aprendizagem e a linguagem são fenômenos biológicos resultantes de processos anatômicos, fisiológicos e bioquímicos que ocorrem no sistema nervoso (SN) humano. Enfim, a aprendizagem representa uma resultante de complexas operações neurofisiológicas e neuropsicológicas e os mecanismos envolvidos envolvem uma serie de fatores.


A infância é entendida como um período decisivo do desenvolvimento, nesta fase a criança acumula grande quantidade de informações que constituirão os alicerces para todas as suas futuras aquisições. É preciso entender que o desenvolvimento infantil encontra-se influenciado por uma série de fatores, hereditários e ambientais, levando a um desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo entrelaçados no decorrer do processo de desenvolvimento do indivíduo (ROSA NETO, 2004). Neste sentido, COSTE (1992) afirma que o desenvolvimento refere-se aos comportamentos não aprendidos que surgem espontaneamente, sendo resultado da evolução anatômica e dos fatores sócio-ambientais.


Segundo LOPES (1999) o desenvolvimento do Sistema Nervoso (SN) é, talvez, o aspecto mais importante do desenvolvimento humano. SHEPHERD (1996) considera que 85% do crescimento cerebral possuem lugar durante a vida extra-uterina, sendo que nos dois primeiros anos de vida, novas células corticais são acrescentadas às células já existentes, estabelecendo inúmeras ligações. Este processo atinge 50% de potencial aos seis meses de vida e 75% ao final dos dois anos.


VYGOTSKY (1989) afirma que os processos de aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o nascimento. Novos processos tornam-se capazes de operar na interação da criança com o meio. O aprendizado seria um aspecto universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas superiores. O mesmo afirma que a linguagem tem raízes pré – intelectuais, sendo sustentada por ações como: choro, balbucio e sons inarticulados. Por volta dos dois anos, ocorre a relação entre pensamentos e linguagem. Surge, então, o pensamento verbal.


A fala tem como função primordial o intercâmbio social e a comunicação. Uma palavra não se refere a um objeto isolado, mas a um grupo de objetos. Assim, a palavra é uma generalização. Com o pensamento verbal, a criança inicia a fala egocêntrica, podendo passar da atividade coletiva para a individualizada. Comparando-se os autores, percebe-se que o pensamento verbal de VYGOTSKY (1989) surge aproximadamente com o simbolismo, ressaltado por ZORZI (1994) como fator primordial para o desenvolvimento da linguagem. Essa mesma etapa é definida por PIAGET (1982) como sendo o início do pensamento representativo.


O corpo cresce à medida que o sistema nervoso se modifica pelo crescimento. As conexões entre as células nervosas estão na dependência do uso da estimulação, pois a criança se desenvolve através de sua interação com o meio e com os adultos, que lhe oferecem condições e orientações necessárias para explorar tudo àquilo que a cerca, adquirindo assim, experiências que servirão de suporte para o conhecimento de seu corpo e de suas possibilidades de movimento. É graças às explorações motoras que a criança desenvolve consciência de si mesma e do mundo exterior, sendo que as habilidades motoras ajudam na conquista de sua independência (ROSA NETO, 2004).


As atividades motoras são um dos fatores de extrema importância para o desenvolvimento da criança em seus primeiros anos de vida, nos quais a criança explora o mundo que a rodeia com os olhos e as mãos. Sendo, por volta dos seis anos de idade, caracterizada uma eficiência mecânica, principalmente na coordenação e no controle do desempenho (GESELL, 1999).


DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR


O desenvolvimento psicomotor refere-se às mudanças ocorridas no desempenho motor e cognitivo, graças à interação dos processos de maturação e experiências vivenciadas no meio ambiente (LE BOULCH, 1992; GALLAHUE e OZMUN, 2003). Ele é caracterizado por uma maturação que integra o movimento, o ritmo, a construção espacial, mas também o reconhecimento dos objetos, das posições, da imagem/esquema de nosso corpo, e, por fim, a palavra (COSTE, 1992).


Segundo SCHWARTZMAN (2000) o desenvolvimento psicomotor nem sempre segue uma seqüência linear. Assim, pode-se encontrar crianças com sinais clínicos anormais, mas que apresentam desenvolvimento normal; crianças com atraso em algumas aquisições, mas com padrões motores normais do ponto de vista qualitativo e crianças nas quais há alterações qualitativas do movimento, sendo encontrados quadros desde crianças desajeitadas até casos de paralisia cerebral.


A esse respeito TANI (1978) afirma que o desenvolvimento psicomotor é o mesmo para todas as crianças, entretanto a ordem em que as atividades são dominadas depende mais do fator maturacional, enquanto que o grau e a velocidade em que ocorre o domínio estão mais na dependência das experiências e diferenças individuais, no qual diferentes crianças apresentam padrões distintos de desenvolvimento em termos de velocidade.


Assim, são diferentes as possibilidades de uma criança, seja ela deficiente ou não, que vive em um ambiente estimulante, daquela que se encontra num ambiente desprovida de recursos, logo a criança com atraso em seu desenvolvimento neuropsicomotor, geralmente, vivencia pouco as situações próprias do mundo infantil por não receber os estímulos e as oportunidades necessárias para um desenvolvimento mais amplo, apresentando falhas neste processo neuroevolutivo.


Para LAMPRÉIA (1985) são os estímulos que despertam os sentidos que permitem a criança ter uma percepção mais cabal de seu corpo, de suas possibilidades e limitações, ou seja, adquire noções de equilíbrio, coordenação, orientação espacial, orientação temporal, lateralidade, entre outros. Desta forma, as atividades psicomotoras ajudam as crianças em fase escolar em vários aspectos, como a prontidão para a aprendizagem da leitura e da escrita, que pressupõe a posse pela criança de uma série de capacidades, atitudes e motivações que devem, de alguma forma, permitir a aquisição de novas habilidades como a coordenação e velocidade da escrita, direção gráfica e ritmo da leitura. Portanto, a evolução neuropsicomotora envolve elementos básicos que serão pré-requisitos para aprendizagem e integração da criança (STOKOE, 1987).


Por isso, falhas nesta evolução acometem a motricidade, afetividade, intelectualidade e sociabilidade, sendo estes fatores predisponentes para alguns dos distúrbios da escolaridade (LAMPRÉIA, 1985). O desenvolvimento psicomotor da criança é, sem dúvida, indispensável para se entender a psicomotricidade. É a partir desses pontos de referência escalonados que se pode construir todos os testes infantis, e as escalas de quociente de desenvolvimento (QD); e, por conseguinte, pode-se avaliar e diagnosticar o atraso psicomotor existente, bem como traçar um perfil comparativo com o tratamento desenvolvido.


Foi Dupré, em 1909, que descreveu o termo “debilidade motriz” como um estado de desequilíbrio motor, percebendo que este desequilíbrio estava sempre associado a um déficit intelectual, o que em seguida mudou o termo para debilidade psicomotora. E somente em 1920, surgiu o termo Psicomotricidade (NEGRINI, 1994).


O aspecto estático da função motora pode considerar-se como resultante da atividade integrada de três sistemas neurológicos que, segundo AJURIAGUERRA, 1980, coloca como subsistemas: sistema piramidal, sistema extrapiramidal e sistema cerebelar. Para MEDINA; ANDRADE, 2004, a motricidade não é simplesmente a soma de um conjunto de três sistemas, inclui um todo, em que várias regiões do sistema nervoso estão envolvidas e interligadas, devendo, portanto, serem estudadas devido a seu alto grau de complexidade e à relação existente com os movimentos reflexos, automáticos e voluntários. Alguns estudiosos tentam explicar a correlação entre estas estruturas, no entanto, não apresentam um denominador em comum.




PARALISIA CEREBRAL


A expressão “Paralisia Cerebral” (PC) pode ser conceituada como encefalopatia crônica não evolutiva da infância que constitui um grupo heterogêneo, tanto do ponto de vista etiológico quanto à apresentação clínica e funcional. Apresenta predominantemente sintomatologia motora associada a diferentes sinais e sintomas (ROTTA, 2002). Segundo SHEPHERD, 1996, o termo Paralisia Cerebral designa um grupo de distúrbios cerebrais de caráter estacionário que são devidos a alguma lesão ou às anomalias do desenvolvimento (movimento e postura) ocorridas durante a vida fetal ou durante os primeiros meses de vida.


Existe relativa dificuldade em se determinar a incidência de PC, uma vez que não existem critérios diagnósticos uniformes e por esta não ser uma moléstia de notificação compulsória (DIAMENT; CYPEL, 1996). O diagnóstico clínico de PC baseia-se na história e na avaliação física e neurológica, isto é, nas manifestações motoras que constituem sua principal característica clínica (SOUZA; FERRARETTO, 1998). Exames complementares são realizados de rotina quando o paciente é inicialmente atendido, visando afastar etiologias infecciosas e outros distúrbios neurológicos (LIANZA, 2001).


A PC é de difícil diagnóstico nos recém nascidos, porque seu sistema nervoso continua a se desenvolver mesmo após a lesão. Os problemas motores transitórios podem ocorrer e se resolver sem deixar efeitos permanentes. Nos casos graves, a PC pode ser diagnosticada antes dos seis meses de idade, nos casos moderados em geral é diagnosticada com um ano de idade, e nos casos leves pode ser diagnosticada no momento que a criança começa a andar (RATLIFFE, 2000).


No Brasil, a estimativa provável da incidência deve ser mais elevada devido à precária situação de saúde geral e principalmente aos precários cuidados dispensados à gestante e ao recém-nascido, além disso, não dispomos de um órgão competente para este tipo de fiscalização (DIAMENT; CYPEL, 1996). Considera-se que o tipo de comprometimento cerebral e o quadro clínico desenvolvido pelos acometidos dependem do momento em que o agente atua, de sua duração e da sua intensidade.


Quanto ao momento em que o agente etiológico incide sobre o sistema nervoso central (SNC) em desenvolvimento, distinguem-se os períodos pré-natal, perinatal e pós-natal (SOUZA, 2000). No período pré-natal, os principais fatores etiológicos são infecções e parasitoses (lues, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, HIV); intoxicações (drogas, álcool, tabaco); radiações (diagnósticas ou terapêuticas); traumatismos (direto no abdômen ou queda sentada da gestante) e fatores maternos (doenças crônicas, anemia grave, desnutrição, genitoras em idade de risco) (ROTTA, 2002).


Também podem contribuir para o desenvolvimento da PC causas perinatais como prematuridade, baixo peso ao nascimento, icterícia grave, hemorragia intraventricular, desnutrição, asfixia devido ao trabalho de parto prolongado, apresentação pélvica e prolapso do cordão umbilical (RATLIFFE, 2000).


Dentre as causas pós-natais estão as meningoencefalites bacterianas, encefalopatias desmielinizantes pós-infecciosas e pós-vacinais, traumatismos cranioencefálicos, e convulsões (LIANZA, 2001). Segundo RATLIFFE, 2000, 85% dos casos de paralisia cerebral podem ser atribuídos às causas pré ou perinatais, enquanto 15% estão relacionados a fatores pós-natais.


A classificação da PC pode ser feita de várias formas levando em conta o momento lesional, local da lesão, a etiologia, a sintomatologia ou a distribuição topográfica. Contudo, a classificação baseada em aspectos anatômicos e clínicos é a mais didática e enfatiza o sintoma motor que é o elemento principal do quadro clínico (SOUZA, 2000). Segundo SHEPHERD, 1996, de acordo com os sinais clínicos a PC é comumente classificada em formas espástica, atetósica, hipotônica, atáxica e mista.


A espasticidade relacionada com a PC em geral é decorrente de lesão fixa no córtex motor do cérebro. Mais de 50% das crianças com PC têm tipo espástico. É caracterizado pelo aumento do tônus muscular que pode atingir todo o corpo, predominar em membros inferiores ou, ainda em um hemicorpo (MARCONDES, 1999). Geralmente, encontra-se hipertonia muscular extensora e adutora dos membros inferiores, hiperreflexia profunda, sinal de Babinsk, e déficit de força localizado ou generalizado dependendo da extensão do comprometimento (ROTTA, 2002).


A espasticidade é o resultado do desequilíbrio entre as ações das formações facilitadoras e das inibidoras dos centros supra-segmentares do tronco cerebral. Há limitação da capacidade motora, da coordenação e da manutenção postural devido à ausência de regulação de forças tônicas dos músculos agonistas e antagonistas por falha no mecanismo central de regulação, causada pela lesão cerebral (BARBOSA, 2002).


A criança com espasticidade pode ter hipotonia, hipertonia ou tônus normal no início da vida, os quais vão mudando conforme a criança amadurece (RATLIFFE, 2000). Um tipo de fraqueza muscular encontrada em todas as crianças com PC é a dos músculos da cabeça, do tronco, cinturas pélvica ou escapular ou de todos esses associados. Estes são os músculos ativados pelos mecanismos posturais. Se estes mecanismos estão ausentes e os músculos não podem ser ativados, não é surpreendente que eles estejam fracos. Nas crianças com PC a hipotonia de tronco e cervical pode ser vista junto a membros hipertônicos (LEVITT, 2001).


O termo atetose significa “sem posição fixa” e designa tanto os movimentos coreiformes ou tortuosos como a tendência de permanecer numa postura distônica fixa. A criança com atetose apresenta movimentos involuntários tanto em estado de repouso como durante os movimentos intencionais. Observam-se às vezes dificuldades em coordenar a respiração e a deglutição. Em geral, é decorrente de uma lesão nos gânglios basais do encéfalo (SHEPHERD, 1996).


A forma atáxica, é mais rara, e seu quadro característico incluem importantes alterações do equilíbrio e da coordenação motora, associadas à hipotonia muscular nítida (ROTTA, 2002). Embora não esteja diretamente relacionada ao tônus muscular e sim às reações de equilíbrio, esta forma decorre de uma lesão no cerebelo, que monitora e dá a modulação fina da posição dos músculos para a precisão e o equilíbrio (RATLIFFE, 2000).


Mais comum, porém mais difícil de ser identificada, a forma mista segundo SHEPHERD, 1996, é aquela em que se encontram combinações das formas espástica, atetóide e atáxica. Também apresenta incoordenação motora, não por lesão cerebelar, mas pela possível presença das distonias e discinesias.


De acordo com a distribuição topográfica, pode-se também classificar a PC em tetraplégica (ou tetraparética), hemiplégica (ou hemiparética) e diplégica (ou diparética). A monoplegia pura ou a triplegia, provavelmente não existem, embora alguns casos pareçam enquadrar-se nessas categorias (SHEPHERD, 1996). Fraqueza significa que um músculo não pode exercer força normal. Os neurologistas utilizam as palavras paralisia ou plegia para significar perda total da contratilidade, ou seja, qualquer manifestação que signifique menos que perda total, é considerada paresia (ROWLAND, 2002).


Embora foco de numerosos e diversos estudos, ainda hoje não se determinou uma definição do quadro clínico desenvolvido em decorrência de lesões cerebrais precoces. Estas lesões atingem difusamente o cérebro ainda em desenvolvimento, com intensidades também variáveis. Além disso, o cérebro, em sua fase de maturação, detém uma característica peculiar denominada de plasticidade neuronal, a qual lhe confere a faculdade de reequilibrar total ou parcialmente, as falhas ou funções afetadas, o que dificulta a quantificação destas. Isto produz quadros patológicos múltiplos com clínicas também diversificadas (BARBOSA, 2002).


O déficit de fala está presente em quase 50% das crianças com PC. Os principais transtornos da linguagem e da fala nessas crianças podem afetar a respiração, por alterações na coordenação fono-respiratória e anomalias das contrações dos músculos, manifestando-se com uma respiração irregular, superficial e com discordância entre os movimentos torácicos e diafragmáticos (MARTÍN; RIEGO, 2001).


A incontinência salivar ou “baba” está mais relacionada com a inabilidade do portador de PC de deglutir e de fechar a boca, do que uma secreção exagerada das glândulas salivares. A inconveniência dessa situação está no fato de que essa secreção provoca dificuldades na higienização e hipersensibilidade na região da mucosa labial (SOUZA; FERRARETTO, 1998).


As anormalidades da função oromotora podem ainda levar a alterações na capacidade de alimentar-se bem, o que pode contribuir substancialmente para desnutrição ou má nutrição. Até um terço dos pacientes com PC hemiplégicos e diplégicos e mais de dois terços de quadriplégicos podem ser encontrados desnutridos (BRADDOM, 1996).


Não existe apenas um método ou sistema de tratamento / intervenção para a paralisia cerebral. Cada criança tem suas necessidades individuais as quais se modificam de acordo com a idade; não é licito concluir que uma técnica que se revelou eficaz em alguns casos servirá também para outros, embora certos problemas sejam mais específicos de determinadas formas de paralisia cerebral. As decisões terapêuticas precisam basear-se no exame do paciente (BURNS; MACDONALD, 1999).


Não sendo curativo o tratamento da PC, deve-se estabelecer objetivos em função das potencialidades físicas, psíquica, intelectual e social da criança. Basicamente, o tratamento clínico visa a profilaxia de complicações que agravam a incapacidade. Para tanto, cuidados devem ser tomados quanto à postura, pois as extremidades afetadas tendem a posturas anormais, dado o desequilíbrio de ação entre músculos agonistas e antagonistas (DIAMENT; CYPEL, 1996).


Ao perceber os primeiros sinais de anormalidades do desenvolvimento, é importante tentar antecipar a formação de padrões patológicos, impedindo-os de se formarem, e evitar que as condutas da criança fixem esses padrões. O tratamento precoce é importante porque aproveita as etapas de maturação no sistema nervoso em desenvolvimento, com estimulação e aproveitamento da inervação recíproca, utilizando o potencial da plasticidade neuroaxonal da arquitetura cerebral. Sendo assim, o tipo de tratamento deve ser formulado a partir do conceito da paralisia cerebral, da sua fisiopatologia e do desenvolvimento funcional do SNC, principalmente do tônus e da motricidade (LIANZA, 2001).


Atuar sempre de forma a estimular o prosseguimento do desenvolvimento neuropsicomotor e atenuar ou mesmo afastar as condições desfavoráveis, que dificultem ou impeçam o desenvolvimento normal do sistema nervoso. A fisioterapia é essencial para treinar a deambulação, distender músculos espásticos e evitar deformidades (ROWLAND, 2002). Os princípios de tratamento de muitos terapeutas na área são centrados em grande parte na espasticidade, rigidez, atetose ou ataxia vistas em crianças com PC. Entretanto, para terapia, é muito mais importante concentrar-se na perda de função global que estes e outros problemas físicos criam para estas crianças (LEVITT, 2001).


Há diversos profissionais que serão necessários na assistência aos portadores de PC, necessitando de uma equipe multidisciplinar integrada para otimizar este tipo de atendimento. Em certos casos, a cirurgia ortopédica pode promover a participação mais ativa da criança no treinamento da sua motricidade. Esta é indicada quando se trata de corrigir a luxação do quadril, a escoliose estrutural grave ou de mobilizar os tecidos moles que sofreram contratura ou se tornaram rígidos (SHEPHERD, 1996).


O tratamento medicamentoso é utilizado para atenuar o distúrbio motor e as crises convulsivas. Dentre os fármacos usados para a redução do tônus muscular e controle dos movimentos involuntários, destacam-se o baclofeno (para espasticidade), benzoexol, benzotropina e derivados da levodopa (para outros problemas relacionados ao tônus) (STOKES, 2000).



REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA


Na educação, o processo ensino-aprendizagem cursaria com atividades especificas ao quadro clinico apresentado. Nesse contexto, a psicomotricidade torna-se um recurso inestimável para o desenvolvimento da criança. PICQ; VAYER (1988) citam as seguintes funções a serem trabalhadas pela educação psicomotora: a consciência do próprio corpo; domínio do equilíbrio, o controle e a eficácia das diversas coordenações globais e parciais; o controle da inibição voluntária e da respiração; a organização do esquema corporal e a orientação no espaço; estruturação espaçotemporal correta e maiores possibilidades de adaptação ao mundo exterior.

LE BOULCH (1983), define Psicomotricidade como uma Ciência que estuda a conduta motora como expressão do desenvolvimento da totalidade do homem. Objetivando a descoberta do seu corpo, pelo indivíduo e a sua capacidade de movimento-ação. Então, a Psicomotricidade é um trabalho de desenvolvimento global. VAYER (1982), afirma que “associando os potenciais intelectuais, afetivos, sociais, motores e psicomotores da criança lhe dão segurança, equilíbrio e permite o seu desenvolvimento organizando corretamente suas relações com os diferentes meios”.


A reeducação psicomotora normalmente acontece em clínicas e seria uma estratégia de ajuda, onde através de exercícios psicomotores e jogos, procura alterar déficits no desenvolvimento psicomotor (ARAÚJO, 1992). Nesse sentido a psicomotricidade, através da reeducação psicomotora busca uma organização funcional da conduta e da ação, atingindo o indivíduo de uma maneira integral.


Uma estratégia de intervenção em psicomotricidade é o ato de brincar, este inclui jogos, brincadeiras e o brinquedo propriamente dito. A atividade lúdica ou a capacidade de brincar tem um papel fundamental na estruturação do psiquismo da criança. É no brincar que a criança une elementos de fantasia e realidade e começa a distinguir o real do imaginário. Brincando, a criança desenvolve não só a imaginação, mas também fundamenta afetos, elabora conflitos e ansiedades, explora habilidades e, à medida que assumem múltiplos papéis, fecunda competências cognitivas e interativas (ANTUNES, 2004).


Além disso, a aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades ocorre de forma natural e agradável. Sendo o brincar fator estimulante e propiciador de um bom desenvolvimento motor, social, emocional e cognitivo. A maioria dos profissionais que trabalham com crianças com PC costuma pensar em objetivos para habilidades individuais como movimento, percepção e cognição. No entanto, como as ocupações são interações entre a criança e o meio ambiente, deve-se gerar tanto capacidade de desenvolvimento interno quanto habilidade para ajustar a criança no meio. Brincar é um meio natural em que a criança adquire as capacidades para ajustar-se as dimensões espaciais, temporais e sociais do ambiente (MEDINA; ANDRADE, 2004).


Uma criança com encefalopatia crônica não-progressiva pode se relacionar de várias formas, não apenas com a coordenação de um sorriso ou, então, com um abraço esperado, mas principalmente com um olhar de entendimento. O seu corpo é parte de toda sua vivência e experiência adquirida desde o nascimento e tudo isso se expressa no seu dificultoso desenvolvimento neuromotor. A abordagem da criança com encefalopatia crônica não-progressiva deve ser única e específica, seu tratamento detalhado pelo terapeuta, que em todo momento manterá o papel de um grande observador de gestos e significados (MEDINA; ANDRADE, 2004).


Na realidade, vários problemas de reeducação não aconteceriam junto à leitura, escrita e matemática se a psicomotricidade fosse utilizada como principal meio educativo, associada a exercícios gráficos e de manipulação. A educação básica, através do movimento, associada a jogos e atividades esportivas que deveria ocupar em lugar de destaque no ensina da criança de 6 a 12 anos. A proposta deste método é a formação do indivíduo. A formação geral que entendemos proporcionar não é uma cultura abstrata e sim um meio para dominar as dificuldades que o indivíduo enfrentará futuramente no trabalho, lazer e sociedade.


É também um importante meio de prevenção dos problemas de adaptação escolar, mas com o surgimento de novos métodos educativos a tendência para solucionar os atuais problemas de formação, é a utilização cada vez maior do movimento como meio educativo.



PLANO DE TRABALHO PSICOMOTOR


1. Utilização das dificuldades apresentadas pela criança com o propósito de despertar a vontade de tentar resolvê-las:


- Propor várias situações educativas para que a criança adapte-se ao determinado gesto.


- Oferecer vários exercícios com a finalidade de facilitar a estruturação perceptiva.


- Jogos livres, para que a criança possa criar e expressar sua espontaneidade.



2. Exercícios de Coordenação Motora:


- Coordenação viso-motora - importante para a escrita - exercícios de destreza e precisão.


- Coordenação dinâmica geral - esse trabalho enriquece as reações da criança através da resolução de problemas concretos.



Os trabalhos de coordenação motora na infância funcionam como um sistema de movimentos coordenados entre si em função de um objetivo. Os trabalhos de coordenação global permitem a aquisição de uma série de habilidades motoras cujo caráter não é estritamente automático e nos quais os movimentos se adaptam grosso modo ao objeto.



3. Estruturação do Esquema Corporal:


- Afirmação da lateralidade e orientação;


- Conhecimento e tomada de consciência das diferentes partes do corpo;


- Consciência das atitudes globais e associação dos segmentos unindo-os ao trabalho respiratório e relaxamento.



4. Ajustamento Postural:

- Requer equilíbrio, boa tonalidade muscular, flexibilidade.


5. Percepção Temporal:


- Relação da percepção com a educação.


- Relação da percepção das estruturas rítmicas.

 

6. Percepção do espaço e estruturação espaço temporal:

- Orientação e localização de objetos no espaço e apreciação de trajetória.

- O mundo e os objetos, e o mundo e as pessoas.



7. Pedagogia dos Exercícios de Coordenação Global



Oferecer a criança condições para a realização de seus ensaios e erros. A criança aproveitará seus conhecimentos perceptivos em forma de intuição, e quase sempre inconscientes. O psicopedagogo (ou educador) impedirá toda realização estereotipada, variando as conduções de execução dos mesmos exercícios, devendo aceitar os erros da criança, pois sua correção é sempre convertida num fator de progresso. Deverão ser lentamente progressivas, atraentes agradáveis, variadas em suas modalidades de aplicação, o trabalho psicomotor para que a criança possa adaptar-se.



CONCLUSÃO

Através desta pesquisa, podemos concluir que o desenvolvimento neuropsicomotor cursa com o amadurecimento da criança, envolvendo aspectos motores, psíquicos, cognitivos e afetivos, ambos constituem os alicerces dos estudos da psicomotricidade. As crianças portadoras de paralisia cerebral possuem um certo grau de comprometimento neuropsicomotor o que levará ao comprometimento do processo ensino-aprendizagem na qual a interação de uma equipe multidisciplinar auxiliará no incremento de um método pedagógico voltado para as reais necessidades destas.


Logo, faz-se necessária uma intervenção globalizada, a partir da integração de uma equipe multidisciplinar, voltada para otimização das funções neuropsicomotoras acometidas pela patologia o que resultará em uma implementação do processo ensino-aprendizagem das crianças portadoras de paralisia cerebral com, consequente, acréscimo da qualidade de vida das mesmas.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


AJURIAGUERRA, Julian de. Manual de psiquiatria infantil. São Paulo, SP: Masson, 1980.

ALVES, F. Como aplicar a psicomotricidade: uma atividade multidisciplinar com amor e união. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak editora. 2007.


ANTUNES, C. Uma nova concepção sobre o papel do brincar. Páginas abertas, ano 29, n. 21, p. 34-5, 2004.


ARAÚJO, V.C. O jogo no contexto da educação psicomotora. São Paulo, SP: Cortez, 1992.


BARBOSA, Sandra. Fisioterapia Respiratória: Encefalopatia Crônica da Infância. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2002.


BOBATH, K. Uma base neurofisiológica para o tratamento da paralisia cerebral. São Paulo, SP: Editora Manole, 1989.


BRADDOM, Randall L. Physical Medicine & Rehabilitation. Philadelphia, Pennsylvania: W. B. Sauders Company, 1996.


BURNS, Yvonne.; MACDONALD, Julie. Fisioterapia e Crescimento na Infância. São Paulo, SP: Santos Livraria Editora, 1999.


CLASSIFICAÇÃO: INTRODUÇÃO E ESPASTICIDADE. Curso Bobath - Tratamento Neuroevolutivo. Sônia Manacero, 1997.


COSTA, A. C. Psicopedagogia e psicomotricidade: pontos de intersecção nas dificuldades de aprendizagem. 2. ed. Petrópolis: Vozes. 2002.


COSTE, J. C. A Psicomotricidade. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1992.


DIAMENT, A. J. Neurofisiologia da aprendizagem. Arq. Pediatria (São Paulo)5:83-93, 1983.


DIAMENT, Aron; CYPEL, Saul. Neurologia Infantil. 3. ed. São Paulo, SP: Atheneu, 1996.


GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 2. ed. São Paulo, SP: Phorte, 2003.


GESELL, A. A criança de 0 a 5 anos. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1999.


HEBB, D. O. Psicologia. 2ª ed. São Paulo, SP: Atheneu, 1979.


LAMPRÉIA, C. A prevenção no atraso do desenvolvimento: a prevenção na psicologia. Ciência e Profissão. Vol. 05, n. 01. Rio de Janeiro, 1985.


LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor do nascimento até 6 anos. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.


LEVITT, Sophie. O Tratamento da Paralisia Cerebral e do Retardo motor. 3. ed. São Paulo, SP: Manole, 2001.


LIANZA, Sérgio. Medicina de Reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2001.

LOPES, V. P. Desenvolvimento Motor. Capturado em 1999, pelo site <http://www.ibp.pt/vlopes/des.Mot/desenv.Motor.htlm>.

MARCONDES, Eduardo. Pediatria Básica. 8. ed. São Paulo, SP: Sarvier, 1999.


MARTÍN, C. Serrano; RIEGO S. Santos Del. Comunicación Vocal y no Vocal em la Parálisis Cerebral Infantil. Madri, E: 35 (2), 2001.


MEDINA, E. C.; ANDRADE, M. S. A abordagem psicopedagógica na intervenção fisioterapêutica em criança com encefalopatia crônica não-progressiva. Carderno de psicopedagogia. Vol. 3, n.6. São Paulo, SP, 2004.


NEGRINE, A. Aprendizagem e Desenvolvimento Infantil: perspectivas psicopedagógicas. Porto Alegre, PR: Prodil, 1994.


PIAGET, J. Psicologia da criança. São Paulo, SP: Difel, 1982.


PICQ, L.; VAYER, P. Educação psicomotora e retardo mental. 5. ed. São Paulo, SP: Manole, 1988.

RATLIFFE, Katherine T. Fisioterapia na Clínica Pediátrica – Guia para a Equipe de Fisioterapeutas. São Paulo, SP: Santos, 2000.


ROSA NETO, F.; POETA, L. S.; COQUERE, P. R. S.; SILVA, J.C. da. Perfil motor em crianças avaliadas em um programa de psicomotricidade. Temas sobre desenvolvimento. v. 13, n. 74, p. 19-24, 2004.


ROTTA, Newra Tellechea. Paralisia Cerebral, novas perspectivas terapêuticas. Jornal de Pediatria. Vol. 28, Supl. I, p. 49. Rio de Janeiro, RJ, 2002.


ROWLAND, Lewis P. Merrit – Tratado de Neurologia. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2002.


SCHWARTZMAN, J.S. O desenvolvimento motor normal. Temas sobre o desenvolvimento. V. 09, n. 52, p. 51-6, 2000.


SHEPHERD, Roberta B. Fisioterapia em Pediatria. 3. ed. São Paulo, SP: Santos Livraria Editora, 1996.

SOUZA, S.E.M. Tratamento das Doenças Neurológicas. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2000.

SOUZA, Ângela Ma. da C.; FERRARETTO, Ivan. Paralisia Cerebral - Aspectos Práticos. 2. ed. São Paulo, SP: Editora Memnon, 1998.


STOKOE, P. Expressão corporal na pré-escola.3. ed. São Paulo, SP: Summus, 1987.

TANI, G. Educação Física na pré-escola e nas quatro primeiras séries do ensino de primeiro grau: uma abordagem de desenvolvimento. São Paulo, SP: Kinesis, 1978.

VAYER, P. A Criança Diante do Mundo: na idade da aprendizagem escolar. Porto Alegre, RS: Artes Médicas. 1982.


VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1989.

ZORZI, J.L. Linguagem e desenvolvimento cognitivo: a evolução do simbolismo na criança. São Paulo, SP: Pancast Editora, 1994.

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em 14/09/2010.


Artigos Relacionados:
 
 
Joomla 1.5 Templates by Joomlashack