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A detecção precoce ainda é o melhor remédio E-mail
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A partir dos 50 anos, todos devem se submeter a exames preventivos de câncer colorretal

Antes de falar sobre as inovações no diagnóstico e tratamento do câncer de cólon (intestino grosso) e reto (porção terminal do intestino), o dr. Paulo Hoff, uma das principais autoridades em câncer colorretal do mundo, aponta que a falta de detecção precoce continua sendo um grave problema, especialmente em países em desenvolvimento. Diversas causas levam a isso, desde as dificuldades econômicas até o atraso cultural, passando pela barreira do medo, ou seja, o temor que muitas pessoas têm de descobrir doenças ocultas.

É comum ouvir dizer que quem vai muito ao médico acaba encontrando doenças. Os médicos, no entanto, insistem e alertam que o exame preventivo continua sendo o melhor remédio, especialmente quando se trata de câncer, moléstia de alto risco. Isso porque a detecção precoce altera a história natural da doença.

Geralmente, os pacientes procuram o médico quando o câncer já se encontra nos estágios 3 ou 4, os mais avançados. "Essa é a média no Brasil, infelizmente", lamenta o especialista, observando que ainda faltam programas de detecção precoce, embora a situação tenha melhorado nos últimos anos.

Quando as doenças surgem no interior do corpo, nem sempre os sinais são os melhores conselheiros, pois podem ser tardios. Há um exame muito simples que, quando feito uma vez por ano, pode reduzir em 30% as chances de alguém morrer de câncer colorretal. Trata-se do teste de sangue oculto nas fezes, proveniente de sangramento de pólipos benignos ou de tumores benignos ou malignos. Se o teste acusar resquícios de sangue, recomenda-se um exame mais detalhado, chamado colonoscopia, que permite visualizar as paredes do cólon e, se necessário, retirar uma pequena amostra de tecido para biópsia. Quem não quiser fazer o teste de sangue oculto todo ano poderá optar pela colonoscopia a cada cinco ou dez anos.

"Hoje, a medicina já cura 60% dos casos de câncer em todo o mundo"
DR. HOFF

Checar aos 50 anos - O dr. Hoff, no entanto, deixa um importante alerta. "Toda pessoa acima de 50 anos deveria fazer uma avaliação de seu cólon, independentemente de estar incluída ou não em um grupo de risco". A situação ganha relevância ainda maior quando há repetições da doença na família, sugerindo a chamada hereditariedade. Nesses casos, a prevenção deve começar bem antes. Famílias com grande índice de câncer devem procurar seu médico e pedir instruções, pois existem várias síndromes e a checagem é diferente para cada uma delas.

As recentes descobertas relacionadas ao código genético, explica o dr. Hoff, possibilitaram a identificação de alterações que tornam algumas famílias mais propensas a certas doenças. "Hoje, identificando-se o indivíduo com câncer de cólon ou reto, é possível checar toda a família e direcionar a detecção precoce especificamente para as pessoas que têm risco aumentado", analisa. Com isso, podem-se desenhar mecanismos de detecção específicos para determinada doença e determinada família.

No campo da detecção precoce não-invasiva, o dr. Hoff informa que está em desenvolvimento um exame por imagem que, em breve, deverá substituir a incômoda colonoscopia. Por enquanto, esse exame vem sendo empregado experimentalmente nos Estados Unidos e na Europa, mas é provável que seja uma realidade universal dentro de pouco tempo.

Novas drogas - Ao mesmo tempo, o especialista revela que surgiram cinco novos quimioterápicos para câncer de cólon e reto nos últimos cinco anos. São eles: irinotecano, oxaliplatina, capecitabina, uracila-tegafur e raltitrexato. Duas dessas drogas (capecitabina e uracila-tegafur) são em forma de pílulas e tão efetivas quando as drogas endovenosas. "É um avanço, pois são mais confortáveis para o paciente, mais efetivas e menos tóxicas", frisa.
Segundo o oncologista, a sobrevida média de um paciente com câncer avançado é, hoje, três vezes superior à verificada na década de 60 do século passado. Essa melhoria foi possível graças ao avanço da quimioterapia convencional. "O próximo grande passo será aliar os conhecimentos atuais à medicina molecular para desenhar medicações que ataquem exclusivamente os tumores e preservem as células normais", explica. E acrescenta que já existem anticorpos desenvolvidos contra o câncer de cólon e reto, com eficácia comprovada, e que devem estar disponíveis já no próximo ano.

Cada câncer, um câncer - Quando alguém pergunta quando vai surgir, finalmente, a cura definitiva para o câncer, o dr. Hoff responde que é um erro muito comum ver o câncer como doença única. Câncer, explica, são várias doenças com características similares, de modo que nunca vai existir um tratamento único para todo tipo de câncer. Alguns tipos são altamente curáveis, mas para cada um deve-se desenvolver um tratamento específico. "Hoje, a medicina já cura 60% dos casos de câncer em todo o mundo", destaca.
Para cada câncer será preciso entender a sua origem molecular, descobrir o que está errado e, assim, produzir um tratamento específico. Por isso, o oncologista volta a frisar que cada câncer é um câncer. "Muitas variáveis precisam ser analisadas e é aí que sai a receita de bolo e entra a arte da cura", conclui, dando a entender que nunca vai existir uma pílula mágica única para a cura da doença.

NOVA DROGA CORTA ALIMENTAÇÃO
DAS CÉLULAS MALIGNAS E AUMENTA SOBREVIDA

Quanto vale acrescentar alguns meses na vida de um doente que tem os dias contados? Somente o paciente sabe o que isso representa para ele. Uma nova esperança está a caminho. No início de junho, em Chicago (EUA), a indústria farmacêutica suíça Roche, por meio do recém-adquirido laboratório Genentech, líder no segmento de biotecnologia, apresentou, no congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), estudo inédito que comprova a eficácia do Avastin® (bevacizumab) contra o avanço das células cancerígenas em tumor colorretal.

Diante da importância da descoberta, o Food and Drugs Administration (FDA), órgão americano que regulamenta alimentos e medicamentos, determinou prioridade à possível aprovação da droga. Se tudo correr bem, é possível que o medicamento esteja no mercado já em 2004. Com a aquisição de 60% das ações do laboratório americano Genentech, a Roche adquiriu o direito de comercializar o Avastin® (bevacizumab) em todos os países do mundo, exceto nos Estados Unidos.

Combinado com o IFL, um tratamento padrão comumente usado para o tratamento do câncer colorretal nos Estados Unidos, o Avastin® (bevacizumab) aprovou um princípio que existe há 30 anos, mas que, até então, acumulava mais fracassos que sucessos. A tese, denominada antiangiogênese, procura bloquear os vasos sanguíneos que irrigam e alimentam as células cancerígenas. Desta vez deu certo. Trata-se do primeiro medicamento a cortar o suprimento de sangue e oxigênio dos vasos que alimentam o tumor, inibindo o seu crescimento. O anticorpo, denominado monoclonal, é uma nova categoria de medicamento desenvolvida a partir da biotecnologia.

A droga pode estender em meses a vida dos pacientes em estados avançados, assim como reduzir o tamanho dos tumores, evitando, ao mesmo tempo, alguns dos efeitos colaterais agressivos da quimioterapia convencional. Os 400 pacientes que receberam Avastin® (bevacizumab) no teste clínico viveram, em média, 20,3 meses, comparado com 15,6 meses para os pacientes que receberam apenas quimioterapia. A extensão de dois ou três meses torna um remédio contra o câncer bem-sucedido. Por isso, os cinco meses proporcionados pelo Avastin® (bevacizumab) superaram as expectativas.


Escrito por Jaime Silva

Fonte: http://www.daycare.com.br/index.shtml

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