Como o fisioterapeuta pode contribuir para a saúde e a vida social de um paciente na terceira idade
O início de um novo ano é a época em que as pessoas começam a fazer planos para uma vida melhor. E para se ter uma vida saudável é fundamental um conjunto de atividades, como alimentação saudável a exercícios físicos. Para quem já chegou à terceira idade essas recomendações passam a ser consideradas necessidades básicas.
Ao chegar perto dos 60 anos o corpo começa a ter uma diminuição da capacidade funcional. O envelhecimento traz algumas limitações específicas e é aí que entra o papel de um profissional de grande importância nessa fase da vida: o fisioterapeuta. Ele é o responsável por ensinar ao idoso como ter mais qualidade de vida dentro de suas limitações.
Para isso são desenvolvidos programas com fins terapêuticos e que podem começar até mesmo antes da chamada ‘terceira idade’. “Considera-se Terceira Idade aquele individuo que tem mais de 60 anos, porém os programas de acompanhamento ao idoso podem ser freqüentados por pessoas a partir de 45 anos, pois são programas alegres, recreativos, mas sempre com um fim terapêutico. Todo idoso deve participar de alguma atividade em grupo, ter convivência e rotina de atividades a cumprir. Isso contribui para o melhor funcionamento do corpo e também ajuda no combate à sensação de inutilidade, evitando a depressão e doenças típicas da terceira idade como o Alzheimer”, afirma a Dra. Ana Paula Medeiros, que é fisioterapeuta e atende grupos específicos da terceira idade em Fortaleza (CE).
Dentro desses programas é trabalhado não apenas a coordenação motora do paciente, mas também o equilíbrio, a força e a memória. Em alguns casos até mesmo a musculação é indicada ao idoso, desde que com acompanhamento de um educador físico responsável. O mínimo recomendado para um paciente saudável são trinta minutos de caminhada três vezes na semana. Porém essa recomendação varia de acordo com o estado físico, mental e de saúde do paciente.
De acordo com a Dra Ana Paula, a fisioterapia atua como um todo. “Eu, particularmente, defino essa área como o carro-chefe na visualização dos resultados. Trabalho com pacientes idosos que tem problemas cardíacos e/ou respiratórios, sequelados de Acidente Vascular Cerebral (AVC), Parkinson, Alzheimer e Escleroses, e nesses casos a fisioterapia é bastante benéfica para evolução deles.”
A fisioterapia tem como principal objeto de estudo o movimento humano, mas o fisioterapeuta pode ir além e atuar na vida social e no campo emocional de um paciente, re-estabelecendo a sua segurança e auto-estima. “Trabalho há quatro anos no serviço público de saúde do município de Guaiúba (CE), neste período pude observar que a maioria dos pacientes, acima de 60 anos, que procuraram a fisioterapia não tinham noção alguma de como esse profissional poderia ajudá-los. Foram por indicação médica e sempre chegavam céticos no tratamento por meio não medicamentoso. Porém, após a conclusão e reabilitação eles se sentiam inseguros em receberem alta, muito deles relatavam incapacidade de parar a fisioterapia, e outros chegavam a se abalar emocionalmente a ponto de terem de retornar ao médico. Percebendo isso, criei as datas comemorativas da fisioterapia, onde todos os ex e atuais pacientes se reúnem para festas em determinadas datas para confraternizar e assistir a palestras educativas. Isso deixou-os mais independentes, pois eles tem a garantia de que o vínculo com a fisioterapia ainda existe”, conta a fisioterapeuta. Para ela, a sua profissão é a chave que abre a porta para uma vida saudável e ativa, que só começa depois dos 60 anos. “Os idosos de uma forma geral, mesmo aqueles mais ‘ranzinzas’ só precisam de atenção, carinho, respeito, cuidados especiais, atividades físicas, recreativas e estímulos para seguir adiante com saúde e alegria”, finaliza.
SERVIÇO:
Dra. Ana Paula Medeiros Clínica Really Fisio
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