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Equoterapia em Crianças Portadoras de Encefalopatia Crônica Imprimir E-mail
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Trabalho realizado por:

Igor Leonel - Danyelle Baptista - Cryslaine Miranda da Silva - Daiane Magalhães da Silva - Marcus Vinicius da Silva Martins.

Universidade Salgado de Oliveira – Campus: São Gonçalo.


* Artigo dos alunos do curso Fisioterapia - 3º Período - Assunto: Equoterapia - 05/2013.

Disciplina: Recursos Terapêuticos Manuais


Orientador:

Prof. Blair José Rosa Filho.

 

Resumo

A Equoterapia tem sido uma pratica terapêutica adotada para tratar vários tipos de distúrbios. O deferido estudo abordou a temática Encefalopatia Crônica utilizando como tratamento a equoterapia. Com base nessa afirmação foi realizada uma pesquisa em uma instituição do município de Niterói que oferece esse tipo de tratamento. Nesse artigo mostra as principais características da EC, e como a intervenção terapêutica através da equoterapia pode promover o desenvolvimento neuropsicomotor dessas crianças. Na equoterapia o cavalo é visto como elemento cinesioterapêutico , sensório- perceptivo e motivador. O seu movimento rítmico, preciso e tridimensional ao caminhar é comparado com ação da pelve humana no andar. Esse movimento faz com que se desenvolva o equilíbrio, a adequação do tônus, o controle da postura, a coordenação, a fala e a linguagem. Sendo assim a equoterapia melhora também a autoconfiança, a auto-estima, a motivação, a atenção e a concentração da criança com Encefalopatia Crônica, além de benefício motor, a melhora do déficit cognitivo e da interação social.

 

1 – Introdução

A Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância (ECNPI) ou Paralisia Cerebral (PC) é uma lesão do sistema nervoso central ainda imaturo que se manifesta clinicamente por alterações do movimento, da postura, do equilíbrio e coordenação. Essa doença pode ocorrer no período pré – natal, perinatal ou na primeira infância, caracterizada principalmente por paralisias, espasticidade e/ou movimentos involuntários dos membros, e menos frequentemente hipotonia e ataxia.

A equoterapia promove em seus praticantes, benefícios neuromotores gerados através do descolamento constante do centro de gravidade, estimulado pelo movimento do cavalo ao passo, ativando os sistemas vestibular, articular, e muscular, visual, cerebral e reticular (Medeiros; Dias, 2002). A equoterapia não consiste apenas em exercícios de estimulação neuromuscular, visto tratar- se de um método terapêutico que envolve o ser humano por completo. Paciente e cavalo participam ativos dos exercícios. E a equipe formada por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, instrutores de equitação, são fundamentais para conduzir e levar o bom termo a terapia ao longo do tempo. Cabe ao psicólogo conhecer todos esses profissionais que estarão trabalhando juntos de forma interdisciplinar, como o cavalo, o praticante, e todo o material empregado nas técnicas e exercícios utilizados na equoterapia. Cabe a ele conhecer também o praticante, assim identificando suas limitações e potencialidades, além de conhecer muito bem o cavalo, suas características, para obter uma visão precisa das coisas possíveis dentro do tratamento. A interação de toda a equipe permite que cada um entenda a abordagem de seu colega, possibilitando assim um trabalho associado.

Toda a harmonia em equipe é muito importante, principal objetivo da atuação interdisciplinar. O psicólogo ajuda na desenvoltura da equipe, para uma perfeita harmonia entre todos e obter um ótimo resultado no trabalho. A Fisioterapia na Equoterapia tem como finalidade proporcionar ao praticante portador de deficiência, a prevenção e o tratamento de patologias, bem como a reabilitação e desenvolvimento de seu estado atual através do uso do cavalo, principalmente através do movimento tridimensional e multidirecional. Fonoaudióloga atuando na equipe de Equoterapia. Com seus conhecimentos ele vai procurar adaptar os exercícios da sua área para a sessão de Equoterapia, de acordo com as necessidades de cada paciente, aproveitando a estimulação no meio ambiente e do cavalo, proporcionando uma terapia lúdica e prazerosa. Outro aspecto trabalhado pelo profissional da fonoaudiologia é a Psicomotricidade. A função do pedagogo na Equoterapia é de auxiliar no processo de aprendizagem que se desenvolve no ambiente escolar, de forma que facilite o desenvolvimento do praticante, como um todo, buscando solucionar algumas dificuldades que venha prejudicar o processo ensino aprendizagem.

Na sessão de Equoterapia trabalha-se desde afetividade, segurança, socialização, auto-estima, psicomotricidade, articulações de fala, ludicidade, disciplina, como também situações de ensino-aprendizagem, raciocínio lógico- matemático, perspectivas motoras, sensórias e formação moral. Dentre as funções do equitador podemos destacar: a escolha do cavalo, o treinamento para montaria em rampa/mesa/solo dos dois lados, treinamento do cavalo para aceitar a movimentação e mudança de posição do praticante sem alterar-se, ensinar os membros da equipe a montar, conduzir o cavalo em várias andaduras, exercitar o animal, zelar pela limpeza e organização do picadeiro, acostumar o cavalo com os materiais, brinquedos e sons utilizados pelos mediadores, verificar a limpeza e o trato dos condutores com os cavalos e da manutenção dos materiais de limpeza e cocheiras, orientar a colocação dos arreios e discutir com a equipe cada detalhe, cada progresso e atitude dos praticantes e principalmente, cabe ao equitador a responsabilidade pela segurança e integridade física do praticante.

O equitador tem um papel importante, já que o cavalo é uma ferramenta principal do tratamento na equoterapia, o equitador tem que ter o conhecimento geral do cavalo, desde a doma até a lida do dia.

Apesar do aspecto assistemático das observações foi possível caracterizar a importância do trabalho interdisciplinar cujo o foco é o paciente, constante assim a melhora dos clientes atendidos no tocante à interação social, na coordenação global, equilíbrio uma melhora nos aspectos comportamentais e emocionais nos praticantes da Equoterapia.

Com esse estudo, podemos observar e ter uma melhor compreensão acerca do assunto, podendo assim, beneficiar o físico e mental das crianças portadoras de EC, resultado por fim o objetivo principal que é a melhoria de qualidade de vida destas.

 

2. Metodologia

O método de pesquisa utilizado foram através de diversos livros, sites da internet e no centro de equoterapia Conviver (Várzea das Moças - Niterói – RJ). São analisados os dados coletados através do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI)

O objetivo é apresentar a equoterapia como um possível método terapêutico da EC, que é a baseado na pratica de atividades eqüestres e técnicas de equitação que utilizam o cavalo como instrumento cinesioterapêutico. O movimento rítmico e o processo tridimensional do cavalo , que ao caminhar se desloca para frente / trás , para aos lados e para cima/baixo pode ser comparado com a ação da pelve humana no andar , com isso a equoterapia pode contribuir de forma positiva para

Reabilitação de crianças proporcionando benefícios físicos e psicomotores, pós trabalha o equilíbrio e a coordenação motora e melhora a postura, o alongamento, a flexibilidade muscular, a dissociação se movimenta e a consciência corporal, ou seja, esquema e a imagem corporal (LERMONTOV, 2004).

Existem na literatura informações consistentes que fundamentam e justifiquem a abordagem terapêutica da EC através da Equoterapia, com seus variados enfoques: terapêuticos, educativos/ reducativos e para esportivos. Entretanto, a equoterapia tem um longo caminho a seguir. Por ser uma pratica não muito falada no Brasil, não encontram muitas publicações cientificais nacionais acerca do tema.

Devido ao contato com um menino de cinco anos portador de EC Surgiu o nosso interesse em fazer um levantamento de da os teóricos a fim de atualizar, ou seja, levantando a profundo no tema dando abordagem da Equoterapia como o tratamento, a qual tem excelentes resultados fazendo com que se escolhe o tema.

 

3. Resultados

Cada praticante apresenta um caso específico e, por isso, precisamos formular um programa personalizado, organizado de acordo com as necessidades e potencialidades de cada um. No caso do Fabrício ( a crianças que acompanhamos), a fisioterapeuta Érica Duarte , (pesquisadora da UERJ) e fisioterapeuta do Centro Conviver , utilizou o Pedi (Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade) no inicio e durante o tratamento.

 

TABELA DE DIFERENÇA ENTRE PEDI 1 E 4

ESCORE CONTÍNUO POR CRIANÇA (PEDI 4 – PEDI 1 = diferença)

 

A tabela acima mostra uma grande melhora no quarto clinico do Fabrício, o resultado da equoterapia, foi positivo, ele conseguiu uma grande melhorar ao sentar, abrir as mãos, já não baba mais, antes era constante, e até a pneumonia não se apresenta bastante.

 

4. Discussão

Os relatos encontrados na pesquisa de campo confirmam os dados encontrados na literatura.

A equoterapia requer esforço e paciência não só daqueles que recebem o tratamento, mas por parte de todos que convivem com a pessoa praticamente, onde a confiança obtida durante a prática dos exercícios terapêuticos permite acelerar o processo de desenvolvimento de potencialidades, responsável pela integração social e pessoal do portador de deficiências ou dificuldades (BRENTEGANI, 2008). Através da pesquisa estrutural relatamos os seguintes dados.

Os dados da tabela abaixo relatam as informações dos do Fabrício no Possibilidades com a Equoterapia para os praticantes portadores da Encefalopatia Crônica: as crianças com EC têm como principal característica o comprometimento motor, que influencia no seu desempenho funcional. Existem diversos exercícios que podem ser utilizados na Equoterapia para ajudar na reabilitação. Para utilizá- los adequadamente, deve-se avaliar esta criança classificando – a por dois critérios: (1) pelo tipo de disfunção motora, ou seja, pelo quadro clínico resultante do tipo de EC apresentado pela criança, discinética (atetóide, coréico e distônico), atáxica, espástica ou mista; e (2) pela topografia dos prejuízos, ou seja, localização do corpo afetado, que inclui tetraplégica ou quadriplegia, monoplegia, paraplegia ou diplegia e hemiplegia. (GONZALEZ E SEPÚLVEDA, 2002).

O objetivo da fisioterapia é a inibição da atividade reflexora anormal para normalizar o tônus muscular e facilitar o movimento normal, com isso haverá uma melhora da força, da flexibilidade, da amplitude de movimento (ADM), dos padrões de movimento e, em geral, das capacidades motoras básicas para a mobilidade funcional. As metas de um programa de reabilitação vão reduzir a incapacidade e otimizar a função (MEDEIROS & DIAS, 2003).

 

5. Conclusão

A EC é um distúrbio do tônus, do movimento, da postura resultante de uma lesão encefálica não progressiva destacam –se a falta de controle muscular seletivo, o desequilíbrio entre a atividade muscular agonista e antagonista, rações de equilíbrio pobres e co- contração ausente ou em excessão, o que interfere no desenvolvimento do controle postural e dificulta a realização das atividades funcional. A equoterapia não consiste apenas em exercícios de estimulação neuromuscular, visto tratar-se de um método terapêutico que envolve o ser humano por completo. Paciente e cavalo participam ativos dos exercícios. E a equipe formada por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, instrutores de equitação, são fundamentais para conduzir e levar o bom termo a terapia ao longo do tempo.

 

Referências Bibliográficas

Internet disponível em http://www.brjb.com.br/files/brjb_105_4201003_id2.pdf. Acesso em 24 abril de 2013

MEDEIROS, M. A equoterapia com abordagem psicomotora nos portadores de encefalopatia crônica da infância. internet disponível em WWW.equoterapia.org. Acesso em 24 de abril de 2013

LERMONTOV, Tatiana; A Psicomotricidade na Equoterapia. São Paulo: Idéias e Letras, 2004.

BRETEGENI, Thais Rocha. A Equoterapia no ponto de vista psicológico. Disponível em: HTTP://www.equoterapia.com.br/artigo-12.php . Acesso em: 01 maio de 2013.

GONZAÁLEZ, R.C; SEPÚLVEDA, R. F.C Tratamento de La Espasticidade em Paralisia Cerebral com Toxina Botulinica. Revista de neurologia, v34, n.1, p. 52-59, 2002.

MEDEIROS, Tatiana; SANTOS, Maria Tereza Botti Rodrigues dos Doença periodontal num grupo de portadores de Paralisia Cerebral. 4ed. Curitiba, 2003.

Internet disponível em http://www.equoterapia.com.br/artigos/artigo-12.php. Acesso em 01 maio de 2013.

 

 

Obs:

- Todo direito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em 08/08/2013.


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