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Diabetes Mellitus: Índice diabético nos indivíduos da terceira idade no Centro de Abastecimento de Barreiras Bahia em 2006 E-mail
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Trabalho realizado por:

Jucimara Oliveira.
Karine Silveira.
Nayara Fernandes.
Simone da Cruz.

Acadêmicas do curso de Fisioterapia na Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB.

Orientadoras:

Prof.ª Ms. Luciane Jóia - Prevenção e Saúde.

Prof.ª Maria Felícia R. Mota Silva - Metodologia Científica.

 

Resumo:

O diabetes costuma ser uma doença que avança lenta e sorrateiramente. Quando os primeiros sintomas aparecem pode ser tarde demais. Infarto, derrame, insuficiência renal, cegueira, paralisia, amputação de pernas ou pés e impotência sexual estão entre os seus efeitos mais devastadores. Trata-se de uma epidemia global emergente caracterizada como um distúrbio do metabolismo da glicose, no qual esta se acumula no sangue causando hiperglicemia, ou seja, níveis elevados de glicose. Pode dever-se à falta ou ausência ou, ainda, ao mau funcionamento da insulina. Manifesta-se de duas formas, a diabetes tipo I, sendo a mais grave, rara que se inicia geralmente na infância quando ocorre uma destruição das células produtoras de insulina, e a diabetes tipo II, mais comum na fase adulta desenvolvida a partir de hábitos comportamentais. O diagnóstico precoce previne complicações graves e, até mesmo, fatais. O objetivo do presente estudo foi investigar a incidência de diabetes referida na população de 40 anos ou mais no Centro de Abastecimento do Município de Barreiras, bem como a predisposição destes indivíduos a esta patologia. Os resultados obtidos demonstram que, a quantidade de indivíduos sem o conhecimento sobre o seu próprio estado de saúde (se possuem ou não a doença) é equivalente à quantidade de indivíduos com diagnóstico de diabetes. Isso significa que a falta de informação promove negligência quanto aos cuidados exigidos pela doença, levando ao aumento das complicações. A enfermidade tem um peso importante na maior causa de óbitos por doença no país, os distúrbios cardiovasculares.

Unitermos: Promoção da Saúde - Diabetes - Incidência

Introdução

O Diabetes é um distúrbio do metabolismo da glicose, no qual esta se acumula no sangue causando a hiperglicemia, ou seja, níveis elevados de glicose. Pode dever-se à falta ou ausência de insulina (o principal hormônio produzido pelo pâncreas, que faz com que a glicose seja aproveitada como fonte de energia pelas células do corpo) ou ao mau funcionamento da insulina, podendo o nível desta estar até mesmo elevado (HALPERN, 2000). Geralmente, em pacientes obesos o quadro de diabetes mellitus é produzido pela insuficiência de insulina, acompanhada de uma hiperglicemia. Como explica Geraldo Brasileiro filho  “ (...) Na obesidade a secreção de insulina encontra-se aumentada para fazer face ao aumento da demanda. Se a demanda supera a capacidade secretora do pâncreas, estabelece-se o diabetes”.

As duas formas mais comuns do diabetes são o tipo I e o tipo II, que têm em comum a hiperglicemia, embora as duas doenças sejam muito diferentes tanto no ponto de vista de gêneses da doença como do ponto de vista do tratamento.

A literatura define o diabetes tipo I como a forma mais grave da doença que se inicia geralmente na infância ou na adolescência, quando ocorre uma destruição das células produtoras de insulina. Há várias teorias que tentam explicar o motivo desta falência de células pancreáticas produtoras de insulina como infecção viral, estresse emocional, produção de anticorpos contra células do próprio organismo, entretanto sem uma conclusão definitiva. O nível desse hormônio cai virtualmente a zero e há dependência de reposição da insulina por injeções subcutâneas. Habitualmente não existem outros casos de diabetes na família e o componente genético, nesse caso, não é importante. (HALPERN, 2000).

O diabetes tipo II inicia-se na idade adulta em geral após os quarenta anos, e há um forte componente familiar, com vários familiares afetados na maioria dos casos. Ao menos nos primeiros anos da doença não há necessidade do uso da insulina, podendo-se controlar os níveis de glicose com uso de medicamentos. Esse tipo de diabetes pode ser desencadeado por um forte estresse físico como um infarto cardíaco, um acidente vascular encefálico (AVE), ou até mesmo uma pneumonia; um estresse emocional; o uso abusivo de medicações contendo cortisona; e ganho excessivo de peso (HALPERN, 2000).

Os principais sintomas do diabetes são a diurese abundante, sede e fome excessivas. São comuns ainda a fraqueza, as micoses e as alterações visuais. No primeiro tipo da doença é comum o emagrecimento do indivíduo, já no segundo tipo, em geral está presente a obesidade. De acordo com o endocrinologista prof. Dr Alfredo Halpern, apud Leonel (2000) a  obesidade é um fator que faz com que a insulina funcione mal. Nesse tipo de diabetes a prevenção é, de certo modo, possível. Se existem casos de diabetes na família, o indivíduo deve evitar o aumento de peso, adotando hábitos de vida saudáveis, tanto em relação a atividades físicas como em relação ao comportamento alimentar.

Segundo o endocrinologista Dr Leão Zagury (2005), presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, os custos, do ponto de vista econômico, são muito altos e que se não forem tomadas medidas imediatamente os resultados econômicos , futuramente, serão desastrosos. A educação em diabetes representa uma nova revolução, cujo impacto pode ser comparado com o mesmo provocado pela introdução dos antibióticos e a insulina no Brasil.

Para investigação do índice de Diabetes, realizamos uma pesquisa de campo na cidade de Barreiras, centro urbano regional, está localizada no oeste da Bahia a 853 km de Salvador e 622 Km de Brasília. Com uma população de aproximadamente 138, 037 mil habitantes distribuídos numa área de 7.895 quilômetros quadrados, é um importante entroncamento rodoviário entre o norte, nordeste e centro-oeste do país. A intensa atividade agrícola, com aporte de capital e tecnologia de ponta, criou reflexos em praticamente todos os setores da atividade econômica e social. No setor de saúde existem hospitais e postos de saúde, que oferecem atendimento gratuito à população, inclusive aos pacientes diabéticos, através de um programa de prevenção à hipertensão e ao diabetes.

A orientação dos indivíduos, sobretudo aqueles enquadrados na terceira idade, na prevenção do diabetes, é de dever do profissional de saúde e portanto do fisioterapeuta.

Objetivos:

Objetivo Geral:

  • Investigar a incidência de diabetes referida na população de 40 anos ou mais na cidade de Barreiras, bem como a predisposição destes indivíduos a esta patologia.

Objetivos específicos:

Investigar a incidência de diabetes referida na população de 40 anos ou mais no Centro de Abastecimento de Barreiras, bem como a predisposição destes indivíduos a esta patologia, através da mensuração de:

  • Hábitos Alimentares;
  • Prevenção e Saúde;
  • Prática de atividade Física;
  • Índice Glicêmico;
  • Conhecimento sobre a doença.

Material e Método

Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, que foi realizada no ano de 2006, envolvendo os indivíduos da terceira idade, que compreende a faixa etária acima de 40 anos, foram escolhidos aleatoriamente no Centro de Abastecimento na cidade de Barreiras.A cidade possui um total de 138.037 habitantes (IBGE, 2006), 21.522 habitantes pertencem a faixa etária escolhida, em média 15,5% da população. Na pesquisa foram entrevistadas 0,6% dos indivíduos que compõem o grupo etário determinado, cerca de 125 pessoas.

De acordo com as Diretrizes Nacionais e Internacionais para a Pesquisa de Seres Humanos do Conselho para a Organização Nacional de Ciências Médicas (CIMS) e da resolução número 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (Brasil, 1996) observou - se os seguintes princípios éticos: as pessoas foram informadas sobre o procedimento de ser desenvolvido, da preservação da privacidade envolvida e o livre arbítrio dos mesmos a aceitarem ou não a sua participação nessa pesquisa. Em caso de resposta positiva, foi requisitado consentimento formal após informação destas ou representantes devidamente habilitados para tal.

O questionário, elaborado pelos acadêmicos que faz parte deste projeto contém perguntas referentes aos dados sócio-demográficos dos indivíduos da terceira idade, seus hábitos alimentares, os cuidados com a saúde, a prática de exercícios, a predisposição ao diabetes e o conhecimento destes em relação à doença.

A pesquisa de campo teve duração de fevereiro a julho de 2006. A aplicação do questionário foi feita com o entrevistador ao lado do entrevistado, em horário pré-estabelecido por este. Os dados serão analisados no programa ESTATÍSTICO SPSSS (Estatistical Package of  the Social Sciences), onde serão realizadas as análises descritivas.

Resultados

No primeiro semestre de 2006, foi realizada uma pesquisa de campo com o objetivo de investigar a incidência de diabetes na população de 40 anos ou mais na cidade de Barreiras, bem como a predisposição destes indivíduos a esta patologia. Através de um questionário com perguntas referentes aos dados sócio-demográficos dos indivíduos na terceira idade, seus hábitos alimentares, os cuidados com a saúde, à prática de exercícios e ao conhecimento destes em relação à doença.

Em um total de 125 entrevistados, a faixa etária pesquisada foi de 40 à 83 anos. Classificados em quatro classes que se dividem de:

*   40 a 83 anos: com 25,6% (32) dos entrevistados;

*   54 a 63 anos: com 44% (55) dos entrevistados;

*   64 a 73 anos: com 24,8% (31) dos entrevistados;

*   74 a 83 anos: com 5,6% (7) dos entrevistados.

Sendo a obesidade um importante fator de risco que predispõe a diabetes, tornou-se relevante questionar o peso dos indivíduos pesquisados, onde 17,6% (22) dos entrevistados pesavam de 42 a 54 quilos; 37,6% (47) pesavam de 55 a 65 quilos; 27,2% (34) pesavam de 66 a 77 quilos; 16,8% (21) pesavam de 78 a 95 quilos e 0,8 % (1) pesou de 96 a 105 quilos. È considerável também identificar a altura dos mesmos, tendo como resultados: 25,6% (32) dos entrevistados com altura entre 1,46 e 1,59 m; 56% (70) com altura entre 1,60 e 1,70 m e 18,4% (23) com altura entre 1,71 e 1,87 m.

Entre 125 entrevistados, 52% (65) eram do sexo feminino e 48% (60) eram do sexo masculino. Dentre estes, 87,2% (109) moram em Barreiras e 12,8% (16) moram nos municípios adjacentes. A quantidade de moradores por residência ficou de 34,4% (43) em até 3 pessoas; 44% (55) de 3 a 5 pessoas; 14,4% (18) de 5 a 9 pessoas e 7,2% (9) com mais de 9 pessoas, dentre os 125 entrevistados.

Para complemento do questionário sócio-econômico, questionou-se aos indivíduos pesquisados sobre sua renda familiar e escolaridade. Dentre os 125 entrevistados 37,6% (47) apresentam renda de até um salário mínimo; 28,8% (36) de dois a três salários; 20% (25) de três a cinco salários; 8,8% (11) de cinco a dez salários e 4,8% (6) não responderam. Em questão à escolaridade 44% (55) tem o primeiro grau incompleto; 12% (15) tem primeiro grau completo; 9,6% (12) segundo grau incompleto; 15,2% (19) tem segundo grau completo, 4,8% (6) tem terceiro grau incompleto; 9,6%(12) tem o terceiro grau completo e, dentre estes, 4,8% (6) nunca freqüentaram a escola. Os dados acima estão descritos na tabela 1:

 

Tabela 1: Dados Sócios – Demográficos.

  Questionamento

Freqüência

Porcentagem (%)

          Idade:

 

 

           40 - 53

32

25,6

          54 - 63

55

44

          64 - 73

31

24,8

          74 - 83

7

5,6

           Total:

125

100

 

 

 

            Peso:

 

 

           42 - 54

22

17,6

           55 - 65

47

37,6

           66 - 77

34

27,2

           78 - 95

21

16,8

           96 - 105

1

0,8

           Total:

125

100

 

 

 

           Altura:

 

 

        1,46 - 1,59

32

25,6

        1,60 - 1,70

70

56

        1,71 - 1,87

23

18,4

           Total:

125

100




            Sexo:

 

 

          Feminino

65

52

          Masculino

60

48

           Total:

125

100




  Mora em Barreiras:

 

 

             Sim

109

87,2

             Não

16

12,8

           Total:

125

100

 

 

 

Quantos moradores:

 

 

Até 3

43

34,4

3 a 5

55

44

5 a 9

18

14,4

Mais de 9

9

7,2

Total:

125

100

 

 

 

Renda  (salário):

 

 

1

47

37,6

2 a 3

36

28,8

3 a 5

25

20

5 a 10

11

8,8

Total:

119

95,2

Não responderam:

6

4,8

Total:

125

100




Escolaridade:

 

 

1º Grau incompleto

55

44

1º Grau completo

15

12

2º Grau incompleto

12

9,6

2º Grau completo

19

15,2

3º Grau incompleto

6

4,8

3º Grau completo

12

9,6

Total:

119

95,2

Não responderam:

6

4,8

Total:

125

100

 

 

A saúde definida como o estado do individuo cujas funções orgânicas, físicas e mentais estão em condições normais é conseqüência de hábitos comportamentais e hábitos alimentares. Diante disso, interrogou-se aos indivíduos sobre hábitos comuns como, se são fumantes, se consomem frutas, legumes e frituras diariamente, bem como, a ingestão de bebida alcoólica, pratica de exercícios e histórico familiar. Como mostra a tabela 2:

Tabela 2: Dados sobre hábitos preventivos na população do Centro de Abastecimento de Barreiras (2006)

 

Questionamento

Freqüência

Porcentagem (%)

Fumantes:

 

 

Sim

34

27,2

Não

91

72,8

Total:

125

100

 

 

 

Frutas:

 

 

Sim

113

90,4

Não

11

8,8

Total:

124

99,2

Não responderam;

1

0,8

Total:

125

100

 

 

 

Frituras e gorduras:

 

 

Sim

56

44,8

Não

69

55,2

Total:

125

100

 

 

 

Bebida alcoólica

(semanal):

 

Sim

2

1,6

Não

94

75,2

As vezes

1

0,8

1 vez

8

6,4

2 vezes

11

8,8

3 vezes

4

3,2

7 vezes

4

3,2

Total:

124

99,2

Não Responderam:

1

0,8

Total:

125

100

 

 

 

Exercício Físico:

 

 

Sim

56

44,8

Não

69

55,2

Total:

125

100

 

 

 

Esforço Físico:

 

 

Sim

72

57,6

Não

53

42,4

Total:

125

100

 

 

 

Obesidade Familiar:

 

 

Sim

37

29,6

Não

88

70,4

Total:

125

100

 

Na intenção de obter-se dados mais precisos sobre a diabetes, foi proposto questões diretamente relacionadas ao objetivo geral do projeto. As quais se associam com fatores característicos da doença, bem como, a identificação e conhecimento pessoal sobre a patologia.

Com 125 indivíduos pesquisados, 20,8% (26) possuem algum ferimento de difícil cicatrização e 79,2% (99) não possuem. A respeito da saúde individual obteve-se 80% (100) de entrevistados considerando-se saudáveis e 20% (25) não se considera saudável.

Dessa forma, na faixa etária pesquisada ir ao médico freqüentemente é fundamental, tanto para a prevenção quanto para o tratamento de diversas patologias comuns na terceira idade. Dentre os 125 indivíduos que responderam ao questionário, 67,2% (84) vão ao médico freqüentemente e 32,8% (41) não vão ao médico pelo menos uma vez ao ano. Negligenciando também a realização do exame de índice glicêmico, onde 31,2% (39) não o fazem e 68,8% (86) já o fizeram.

Dos entrevistados, 114, que corresponde a 91,2% declararam saber o “conceito” de diabetes e 11 pessoas, correspondendo a 8,8% declararam não conhecer a doença. Constatou-se também que 36% (45) têm algum membro familiar diabético e 63,2% (79) não têm e 0,8% (1) não souberam responder.

Com 89,6% (112) entrevistados tem o conhecimento sobre a maior freqüência da diabete em idosos e 10,4% (13) desconhecem essa informação, em um total de 125 pesquisados. E com relação à incidência do diabetes entre os entrevistados 17,6% (22) declararam ser diabéticos; 67,2% (84) declararam não ser diabéticos e 15,2% (19) não souberam responder. Como mostra a tabela 3:

 

Tabela 3: Conhecimento sobre Diabetes entre os indivíduos de 40 anos ou mais no Centro de Abastecimento de Barreiras (2006).

 

Questionamento

Freqüência

Porcentagem (%)

Ferimento:

 

 

Sim

26

20,8

Não

99

79,2

Total:

125

100

 

 

 

Saudável:

 

 

Sim

100

80

Não

25

20

Total:

125

100

 

 

 

Freqüência ao médico:

 

 

Sim

84

67,2

Não

41

32,8

Total:

125

100

 

 

 

Exame de índice glicêmico:

 

Sim

86

68,8

Não

39

31,2

Total:

125

100

 

 

 

Conceito de diabetes:

 

 

Sim

114

91,2

Não

11

8,8

Total:

125

100

 

 

 

Familiar com Diabetes:

 

 

Sim

45

36

Não

79

63,2

Total:

124

99,2

Não responderam:

1

0,8

Total:

125

100

 

 

 

Freqüência em idosos:

 

 

Sim

112

89,6

Não

13

10,4

Total:

125

100

 

 

 

Você é diabético?

 

 

Sim

22

17,6

Não

84

67,2

Não Sei:

19

15,2

Total:

125

100

 

Discussão

A modernidade traz consigo além do conforto, do luxo e da facilidade na realização de tarefas, o aumento do sedentarismo e a predominância de uma alimentação com déficit nutricional, proporcionando o aparecimento cada vez maior de doenças cardíacas e metabólicas. Segundo Bárbara Soalheiro (2003), dos casos de diabetes 90% podem ter uma ligação estreita com hábitos de vida e alimentação. Com a presente pesquisa constatou-se que 55% dos entrevistados, em um total de 125 indivíduos, não praticam nenhum tipo de atividade física. Resultado semelhante foi verificado por Rafael Kensk (2002) em uma pesquisa realizada em São Paulo, demonstrando que os sedentários correspondem a 46% da população. A variação dos resultados é explicada pela diferença do número total de entrevistados das respectivas pesquisas sendo que, a relatividade percentual dos dados não nega a predominância da inatividade física.

A inatividade física contribui para o acúmulo de açúcar no sangue. Durante a ginástica, o organismo utiliza parte da glicose como energia, e, como esse efeito tende a perdurar mesmo depois do exercício, a prática regular de atividade física evita a alta nas taxas de glicemia (KARINA PASTORE 2003). Dessa forma a monitorização da taxa de glicose é um fator importante, principalmente em indivíduos da terceira idade, para prevenção e controle do diabetes, visto que, quanto mais velho, mais propenso à referida patologia. Nesta pesquisa observou – se que 31,2% dos indivíduos entrevistados nunca se submeteram ao exame de índice glicêmico. A Associação Brasileira de Diabetes realizou um estudo submetendo 21 milhões de pessoas ao exame de glicemia, identificando que dentre estes, um milhão de indivíduos são diabéticos. O experimento demonstrado traz significante relevância a realização do exame para o diagnóstico precoce, evitando as possíveis complicações devastadoras trazidas pela diabetes. Pesquisas mostram que, no Brasil, o diagnóstico só é feito de cinco a sete anos depois de a diabetes do tipo 2 se instalar. Isso faz com que as pessoas fiquem sem tratamento durante um período longo e, por isso, desenvolve complicações. ( FADLO FRAIGE FILHO, 2002)

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), 12% da população brasileira é diabética, e que um número equivalente de indivíduos deve ter a doença, mas ainda não sabe disso. De igual modo 17,6% dos entrevistados no Centro de Abastecimento de Barreiras são diabéticos e 15,2% não sabiam se eram ou não portadores da doença podendo ser comparado com os resultados obtidos pela federação, a variação da porcentagem se deve à diferença do total de entrevistados.

Os dados indicam um número considerável de indivíduos diabéticos, demonstrando a necessidade da intervenção adequada das complicações relacionadas a doença, através de uma equipe de saúde na qual se insere o profissional fisioterapeuta, com a realização de campanhas educativas relacionadas ao estilo de vida, bem como, atuando nas fases mais incapacitantes das complicações do diabetes que culminam com os episódios das descompensações glicêmicas acompanhada das vasculopatias.

 

Considerações Finais

Com a investigação da incidência de diabetes verificou-se que os indivíduos possuem algum conhecimento referente a doença, mesmo que popularmente sem conceitos científicos, mas conhecimentos estes que os possibilitam precaver os fatores de risco e condições de identificar os sintomas. Pode-se verificar nas respostas dadas no questionário, que os entrevistados também se preocupavam em efetuar o exame de índice glicêmico, tendo controle de qualquer alteração no nível de glicose no sangue e que possuem hábitos alimentares relativamente saudáveis, considerando a condição sócio-econômica da classe.

Apesar da maioria não realizar atividade física regularmente, os indivíduos praticavam algum tipo de esforço físico relacionado ao trabalho, porém não tinham consciência da eficácia das atividades físicas na manutenção de uma vida saudável.

 

Bibliografia:

v     LEONEL;Carla...[ et al]; Medicina: mitos e verdades. 4ª Ed. São Paulo: editora CIP, 2000.

v     PASTORE, Karina; NEIVA, Paula. Diabetes : o inimigo oculto. Revista veja. Editora Abril: nª 4. Edição 1787. 29 de janeiro de 2003.

v     DIABETE: tudo que você precisa saber para não desenvolver a sua. Revista Super Interessante. Editora Abril, edição 180. Setembro de 2002.

v     KENSKI, Rafael. A ciência de ser saudável. Revista Super interessante. Editora Abril, edição 182. Novembro de 2002.

v     ATIVIDADE Física, Diabetes e Obesidade. Sociedade Brasileira de Diabetes . Disponível em:  http://www.diabetes.org.br/. Acesso em: 08 de novembro de 2006.

 

 

Obs:

- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.

- Publicado em 15/07/07.

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